segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Três Modelos do Dispensacionalismo.

 

Ultra dispensacionalismo ou dispensacionalismo extremo

Em geral, o ultradispensacionalismo é conhecido como o movimento dos estudantes fiéis da Bíblia que leva o dispensacionalismo além de onde a maioria dos dispensacionalistas param. A principal característica do ultradispensacionalismo é a perspectiva relativa ao início da igreja. Ao contrário do dispensacionalismo convencional, que argumenta que o início da igreja ocorre em Atos 2, o ultradispensacionalismo acredita que a igreja começou mais tarde; o grupo moderado sugere Atos 9 ou 13, e o mais extremo sugere Atos 28. O grupo extremo segue EW Bullinger (1837-1913), um estudioso de renome; na verdade, o dispensacionalismo inicial às vezes era chamado de bullingerismo. Outros neste grupo incluem Charles H. Welch de Londres, sucessor de EW Bullinger; AE Knoch; Vladimir M. Gelesnoff e Otis Q. Sellers. Bullinger ensinou que os Evangelhos e Atos estavam sob a dispensação da lei, e que a igreja realmente começou com o ministério de Paulo depois de Atos 28:28. Os livros do Novo Testamento onde a revelação sobre este conceito de igreja é estabelecida são Efésios, Filipenses e Colossenses. Bullinger identificou três períodos no Novo Testamento: (1) o tempo dos Evangelhos, quando o evangelho era apenas pregado aos judeus e autenticado pelo batismo nas águas; (2) o período de transição em Atos e nas epístolas do Novo Testamento, correspondendo ao tempo em que os judeus ainda eram oferecidos para participar da "igreja / noiva", e autenticado por duplo batismo na água e no Espírito; (3) o período em que judeus e gentios formam um só corpo em Cristo, autenticado apenas pelo batismo no Espírito. Como a igreja gentia se relaciona com Cristo por meio do Espírito, o batismo e a Ceia do Senhor não têm importância para a igreja. Segundo Bullinger, esses ritos estão relacionados à carne. O grupo moderado afirma que a igreja começou em Atos 9 ou 13. Ele se identifica com J C O'Hair, Cornelius R. Stam e Charles F. Baker, autor de Uma Teologia Dispensacional . Grace Bible College em Grand Rapids é a principal escola ultradispensacional afiliada aos ministérios Grace Gospel Fellowship e Worldwide Grace Testimony. Stam ensinou que a igreja começou em Atos 9 com a conversão de Paulo. O “Corpo da Igreja” só poderia começar com o início do ministério paulino, porque Paulo era o ministro dos gentios. Visto que não houve mais oferta do reino a Israel depois daquela data, J C O'Hair ensinou que a igreja começou em Atos 13:46 com a declaração: "Voltamo-nos para os gentios." Porque os seguidores de O'Hair começam a igreja no cenário de Atos, eles observam a Ceia do Senhor, mas não o batismo nas águas.

 

Dispensacionalismo revisado ou modificado

O dispensacionalismo revisado ou modificado data de aproximadamente 1950-1985. Os dispensacionalistas revisados ​​trouxeram algumas modificações à teologia dispensacionalista clássica, incluindo um relaxamento de algumas das distinções mais nítidas entre Israel e a igreja. Os dispensacionalistas revisados ​​não enfatizavam o dualismo eterno e a separação dos povos celestiais e terrestres como os dispensacionalistas clássicos faziam. No entanto, eles enfatizaram que havia dois grupos antropológicos - Israel e a Igreja que sempre permaneceram distintos. Esses dois grupos são estruturados de maneira diferente, com funções e responsabilidades dispensacionais diferentes, mas a salvação que cada um recebe é igual. Para a maioria dos dispensacionalistas revisados, não há duas novas alianças, mas apenas uma. A igreja atualmente participa da nova aliança, enquanto Israel experimentará o pleno cumprimento da nova aliança em um futuro milênio terreno. A distinção entre Israel e a Igreja, continuará por toda a eternidade, mesmo que ambos os grupos herdem o reino milenar e o estado eterno. Além disso, os dispensacionalistas revisados ​​sustentam que não há sentido em que Jesus estava sentado ou governando do trono de Davi durante a era da igreja. Portanto, o reino davídico de Jesus é futuro. Teólogos-chave do dispensacionalismo revisados ​​incluem John Walvoord, Dwight Pentecost, Charles Ryrie, Charles Feingberg e Alva J. McClain. A distinção entre Israel e a Igreja, como grupos distintos, continuará por toda a eternidade, mesmo que ambos os grupos herdem o reino milenar e o estado eterno.

 

Dispensacionalismo progressivo

A metade da década de 1980 testemunhou o ressurgimento de uma nova forma do dispensacionalismo: o dispensacionalismo progressivo. Frequentemente vinculado à inauguração do Grupo de Estudo Dispensacional em 1986, o dispensacionalismo progressivo ofereceu modificações adicionais à teologia dispensacionalista. O que você quer dizer com progressivo? O título dispensacionalismo progressivo refere-se ao relacionamento progressivo das dispensações umas com as outras. Charles Ryrie observa que: “O adjetivo 'progressivo' se refere ao princípio central de que as alianças abraâmica, davídica e da Nova Aliança estão sendo cumpridas progressivamente hoje (bem como tendo cumprimento no reino milenar).

De acordo com Craig Blaising e Darrell Bock, uma das principais diferenças entre dispensacionalistas anteriores e progressistas é como os progressistas veem a igreja:

“Os progressistas não vêem a igreja como uma categoria antropológica na mesma classe de termos como Israel, nações gentílicas, judeus e povo gentio. A igreja também não é uma raça da humanidade (em contraste com os judeus e gentios) nem uma nação que compete ao lado de Israel e das nações gentias. A igreja é precisamente a mesma humanidade redimida antes da vinda de Cristo.

Essa crença de que a igreja é composta de "humanidade redimida" significa que os dispensacionalistas progressistas veem mais continuidade entre Israel e a igreja do que os outros dois campos do dispensacionalismo. Eles enfatizam que tanto Israel quanto a Igreja constituem o "povo de Deus" quando eles vêm para a salvação e ambos estão relacionados às bênçãos da nova aliança. Essa igualdade espiritual, entretanto, não significa que não haja distinções funcionais entre Israel e a igreja. Os dispensacionalistas progressistas não igualam a igreja a Israel e ainda veem uma identidade diferente e um papel futuro para o Israel étnico em um reino milenar por vir. Além disso, dispensacionalistas progressistas como Blasing e Bock vêem até mesmo um aspecto já/ainda não do reinado de Davi de Cristo, vendo o reino davídico inaugurado durante a presente era da igreja. Robert L. Saucy parece ter uma perspectiva da intermediária de que há um sentido em que Jesus está no trono de Davi. Mas para todos os dispensacionalistas progressistas, o cumprimento total deste reino davídico aguarda Israel no futuro milênio. Teólogos-chave para o dispensacionalismo progressivo incluem Craig A. Blaising, Darrell L. Bock e Robert L. Saucy.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

TEORIA DA FORMAÇÃO BÍBLICA

 

Crítica bíblica , disciplina que estuda questões textuais, composicionais e históricas em torno do Antigo e do Novo Testamentos. A crítica bíblica estabelece a base para uma interpretação significativa da Bíblia .

Critica da Forma (Al. Formgeschichte, lit. história da forma). O método exegético de estudar formas literárias na Bíblia a fim de determinar feições características e padrões regulares nas passagens que as distinguem de outros tipos de literatura. Concentra-se nas unidades literárias menores nos textos bíblicos (e.g. parábolas, histórias de milagres, ditados de Jesus), géneros ou formas que receberam sua forma inicial através de tradição oral antes de serem incorporados em contextos literários maiores, sendo talvez modificados por isso. A crítica da forma investiga os gêneros literários, o contexto histórico (Sitz im Leben), os processos de transmissão oral e adaptação editorial. Estuda as unidades literárias individualmente, sem relacioná-las ao contexto (imediato ou maior) procurando, assim, determinar ou não a autenticidade do trecho.

O pioneiro da Crítica da Forma no estudo bíblico foi H. Gunkel, em seu livro Schopfung un Chaos (1895), mas seu trabalho mais difundido é a análise dos tipos literários dos salmos, em seus livros Die Psalmen (1926) e Eileintung in die Psalmen (1933, concluído por J. Begrich). No campo do Novo Testamento o primeiro nome a surgir foi o de M. Dibelius que, em 1919 publicou seu livro, Die Formgeschichte des Evangeliums. Nesse mesmo ano foi publicado o livro de K. L. Schmidt, Der Rahmen des Geschichte Jesus. Todavia, foi R. Bultmann que, com seu livro Die Geschichte der synoptischen Tradition (1921) conseguiu difundir o método na pesquisa teológica do Novo Testamento (especialmente com relação aos evangelhos). Além desses pioneiros, muitos outros teólogos têm feito uso da técnica, embora criticando as conclusões anteriores, como O. Cullmann e Joachim Jeremias, entre outros.

Entre os pressupostos desta técnica exegética tem parte a negação da inspiração da Bíblia e a negação de que um autor possa usar mais de um estilo ou mudar em parte seu vocabulário. Bultmann afirma que, objetivamente a Bíblia é um produto das antigas influências históricas e religiosas (História das Religiões) e deve ser avaliada exatamente como qualquer outra obra literária antiga. A premissa básica do método, aplicado aos Sinóticos, é que eles são produto do trabalho editorial da Igreja Primitiva, que colecionou e uniu as várias tradições orais independentes e até contraditórias que circulavam na época. Consequentemente, os evangelhos não são tidos como documentos históricos fidedignos pois apenas demonstram o esforço de editores no sentido de unir as tradições num esquema histórico sequencial.

Além desses problemas (e suas implicações), a Crítica da Forma, embora pretenda ser um método científico, trabalha com base nos “resultados” da História das Religiões e da Crítica Literária, o que dirige suas conclusões geralmente à direção oposta das afirmações bíblicas. Um problema final, é que os utilizadores deste método muitas vezes chegam a conclusões opostas, que demonstram a incerteza da eficácia do método. O Estudo das formas literárias na Bíblia pode ser de valor para a exegese, mas deve ser desvestido das pressuposições que negam a autoridade final da Escritura.

 

Crítica das Fontes. Uma divisão da exegese do AT e do NT, que se ocupa com a investigação de fontes ou estratos por detrás dos textos existentes. Isto se pratica não somente no Pentateuco e nos Evangelhos Sinóticos, mas também nos livros históricos tais como 1 e 2 Sm, 1 e 2 Rs. Procura descobrir o papel dos redatores na produção do texto final, as fontes ou estratos diferentes a fim de determinar e avaliar as características e peculiaridades de um texto comparado com seu pano de fundo histórico.

É comum identificar a Crítica das Fontes com a Crítica Literária. Esta porém, é agora considerada uma designação mais geral, incluindo a Crítica das Fontes, análise de estilo e outros aspectos.

Para determinar se um texto é uma unidade ou não, a Critica das Fontes procura os seguintes elementos: (a) mudanças no estilo literário, (b) variações de vocabulário e fraseado, (c) mudanças no ponto-de-vista teológico ou histórico ou religioso, (d) duplicações, (e) alegadas inconsistências lógicas, temáticas ou cronológicas.

Na Bíblia, há exemplos claros do uso de fontes, p. ex., os livros de Reis e Crónicas — que citam textualmente as fontes que utilizaram. Porém, a Crítica das Fontes tem sido geralmente controlada por pressuposições filosóficas e teológicas contrárias ás Escrituras e a história de Israel (p. ex., não deve ser assumido que a menor ocorrência de referências antropomórficas a Deus represente um estágio posterior ou mais sofisticado da fé de Israel). Isso tem frequentemente, levado os críticos a resultados inconsistentes e até contraditórios.

Uma outra dificuldade, que a Crítica das Fontes compartilha com a Crítica da Forma, Crítica da Redação e com a História da Tradição, é que os métodos usados são empanados pelas pressuposições teológicas de seus utilizadores e pela falta de critérios científicos de estudo que tenham base numa definição correta dos métodos de tradição, redação e composição usados pelos habitantes do antigo Oriente.

Crítica Histórica (Gr. krinô, separar, distinguir, decidir, julgar). Um ramo da exegese que examina textos bíblicos à luz de métodos e critérios científicos para a investigação da história. Segundo Ernst Troeltsch (1865-1933) cuja abordagem tem colocado linhas básicas para boa parte do pensamento alemão com respeito ao assunto, a crítica histórica inclui: (1) O historiador deve ser independente e autónomo. Ele deve julgar todas as tradições de modo crítico, embora aborde sua matéria com compreensão simpática. Além disto, no campo da história, somente são possíveis os julgamentos prováveis. (2) O senso da probabilidade depende da capacidade do historiador de discernir a analogia entre eventos aqui e agora e eventos do passado. Quando não há analogia, é questionável o evento alegado. (3) O princípio da correlação: todos os acontecimentos históricos se vinculam numa correlação permanente. Qualquer evento individual é causalmente vinculado aos demais. Isto tem dado origem a um ponto de vista fechado do mundo, pelo qual tudo é interpretado em termos de causas históricas e naturais finitas, e em que não se aceitam eventos sobrenaturais ou ações de Deus. Mais recentemente, W. Pannenberg e outros têm argumentado que esta abordagem precisa ser declarada de forma nova e modificada, porque julga a questão de antemão ao impor sobre os dados as limitações da experiência do historiador e, portanto, não permite que os dados históricos falem por si mesmos.

A crítica histórica não é de si mesma hostil ao texto da Bíblia. Pelo contrário, reivindica a justificativa que, sendo que a Bíblia testemunha sobre o que aconteceu na história é importante vê-la na perspectiva histórica.

 

Crítica literária (Lat. littera, letra). Uma divisão da exegese, ocupada com as origens de escritos bíblicos, especialmente os livros que, segundo alguns pensam, se baseiam em várias fontes (tais como o Pentateuco e os Evangelhos). Procura distinguir entre os componentes literários originais de um texto e de acréscimos posteriores. A capacidade do exegeta para resolver questões literárias o capacita a colocar uma obra no seu contexto histórico no mundo do Antigo Testamento ou do Novo Testamento.

Infelizmente, porém, a Crítica Literária frequentemente tem negado a autenticidade de materiais bíblicos e, inclusive, a historicidade de vários eventos, em virtude de suas pressuposições a respeito da teologia do AT considerando a religião de Israel como fruto de um processo evolutivo e, mais recentemente, considerando o AT apenas como testemunho humano dos atos de Deus, negando assim a revelação proposicional e a inspiração bíblica. Todavia, liberta dessas falsas pressuposições, há um lugar para a Crítica Literária na exegese bíblica.

 

Crítica Textual. Uma divisão da exegese que leva em conta o fato de que os textos bíblicos vieram a nós através de numerosos manuscritos ou códices. Frequentemente diferem entre si quanto a algum pormenor. A tarefa da crítica textual é estudar os textos existentes à luz das diferentes versões ou leituras variantes, levando em conta partes que foram estragadas ou que são parcialmente defeituosas e que podem ser traduzidas apenas em parte. Seu alvo é reconstruir a leitura original do manuscrito de acordo com princípios cientificamente formulados. A prática da crítica textual exige um conhecimento de diferentes manuscritos e suas famílias, conhecimento da letra empregada nos manuscritos, e das características de Heb. e Gr.

Colin Brown, Lothar Coenen (orgs.). Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento; tradução Gordon Chownl. -- 2. ed. - Sâo Paulo: Vida Nova, 2000.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Aspectos biográficos de Jacó Armínio.


 

Um vulto histórico surge quando este decide se apresentar as circunstâncias que o cercam, trazendo consigo uma solução heroica, ou se apresentando a um sistema que considera equivocada, assim foi Armínio, quando se lançou a combater o movimento da predestinação da reforma protestante, principalmente a posição de Beza sobre a predestinação[1], este marco foi o debate de Armínio e Gomaro. Para Bangs os debates do século XX entre Católicos e evangélicos, metodistas e batistas, liberais contra os neo-ortodoxos “ não aconteceram  sem ecoar os primórdios do século XVII quando Armínio e Gomaro debateram as questões de graça, livre-arbítrio e predestinação, em Rapenburg em Leiden”[2]

Para Olson “Armínio é um dos teólogos mais injustamente ignorados e grosseiramente mal interpretados da história da teologia cristã.”[3] classificado com Pelagiano, Sociniano, Bangs o destaca como um dos teólogos mais conhecidos e menos estudados na história do cristianismo. Seus escritos têm sido negligenciados por calvinistas e arminianos igualmente. Calvinistas não terem gostado dele por causa de sua oposição à teologia escolástica predestinação. As maiorias dos arminianos têm negligenciado porque lembra mais do Calvinismo do que eles gostam. Erudito  Bangs  diz que a maioria tratamentos modernos de Armínio assume uma definição do Arminianismo que não vêm de Armínio. 

Alguns proclamam Armínio como um herói, outros irão denunciá-lo como um herege,  pode, no entanto, ser mais preciso para descrevê-lo como um enigma. Comentando sobre o caráter enigmático de Armínio, Carl Bangs escreve:

Alguns calvinistas, descobrindo que seus escritos não produzem as heresias que eles esperavam, o acusaram de ensinar heresia em segredo, heresias não publicadas. Muitos arminianos, considerando-o muito calvinista, desistira dele, reputando-o como um pensador de transicional, um ‘precursor’ de uma ou outra pessoa – Simão Episcópio, Phillip van Limborch, ou John Wesley.[4]

Armínio é um teólogo muito mal compreendido. Ele é frequentemente avaliado de acordo com boatos superficiais. Muito tem sido escrito sobre Calvino, enquanto poucos trabalhos têm sido feitos sobre Armínio. Olson assim o defende de suas acusações:

Jacó Armínio é lembrado nos anais da história da igreja como o controverso pastor e teólogo holandês que escreveu inúmeras obras, acumulando três grandes volumes, defendendo uma forma evangélica de sinergismo (crença na cooperação divino-humana na salvação) contra o monergismo (crença de que Deus é a realidade totalmente determinante na salvação, que exclui a participação humana). Armínio certamente não foi o primeiro sinergista na história do cristianismo; todos os pais da igreja, gregos dos primeiros séculos cristãos e muitos dos teólogos medievais ... eram sinergistas de algum tipo.[5]

A história de Armínio começa por tragédias pessoais. O seu pai, um ferreiro ou armeiro, morreu em batalha quando ele era apenas um bebê. Certo pastor chamado Theodorus Æmilius então o adotou, mas ele também morreu em 1574 quando Armínio tinha apenas 15 anos de idade. No ano seguinte, a sua mãe e os seus irmãos foram mortos no Massacre Espanhol em Oudewater, a sua cidade natal.

Jaco Arminio, nasceu no dia 10 de outubro de 1559 [6] em Oudewater  sul da Holanda, seus  pais foram Harmen Jacobszoon e Elborch Jacobsdochter. Ele foi nomeado originalmente James Hermanns (ou Hermanson). Seu pai Harmen trabalhou como “wapensmid-fabricante de espadas, armaduras e armas, o que era uma posição importante em Oudewater,”[7] esta cidade possuía uma posição de destaque militar na época que antecederam a Guerra de Independência da Holanda de 1568-1648.

Herman morreu durante a infância de Armínio, colocando sua família em dificuldades financeiras. Felizmente no entanto Elborch logo herdou alguma propriedade em Oudewater; Armínio também herdou uma propriedade aos seis anos de idade que foi alugado para sustentar a família. Desde que ele era exigido por lei obter um guardião masculino legal para supervisionar processos financeiros da família, o primo de Elborch Heer Dirk Amelgerszoon (ou, Theodorus Æmilius), o pároco local, assumiu o comando sobre o jovem Armínio, levando-o em sua casa, em Utrecht , onde ele pessoalmente viu a educação precoce do jovem em teologia, latim e grego. Æmilius tornou-se um mentor para Armínio.  Ao observar o desenvolvimento do jovem Armínio, ele organizou sua inscrição na Escola St. Jerome em Utrecht, uma escola que era famosa por sua fundação em piedade bíblica reformada e a tradição humanista renascentista. Ele estudou um vasto currículo, incluindo; lógica, dialética, retórica, filosofia e literatura clássica (Platão, Xenofonte, Cícero, Aristóteles, Homero, Plutarco e Terence), matemática, física, hebraico antigo, latim, grego, estudos bíblicos dos Evangelhos oferecidos em latim e ou grego, a história da igreja, patrística (São João Crisóstomo, Basílio, o Grande, Atanásio).[8] Escola começou a cada dia, de manhã cedo até tarde da noite, sete dias por semana, e aos domingos e feriados religiosos foram dedicados à Bíblia ou um Padre da Igreja. Armínio teria sido necessário para aprender cada um destes temas completamente em seus níveis conjunto necessário, e esta educação lançou as bases para futuros estudos teológicos de Armínio.   

Os estudos Armínio no St. Jerome Escola terminou com a morte de Æmilius no início de 1575, sendo substituído por seu primo Roelof van Roijen van Schadenbroek (ou, Rudolfus Snellius), que refugiou na cidade Hesse-Cassel, na Alemanha[9], ele era um homem de grande renome no ensino da matemática e das línguas.[10] Antes de Armínio chegar à Hesse-Cassel teve o relatório do massacre espanhol da cidade natal Oudewater, que o fez retornar constatando a veracidade dos fatos, e toda sua família morta, depois de confirmar o destino de sua família, Armínio voltou para Hesse-Cassel via Marburg, cerca de 100 quilómetros a pé, por um tempo curto, pois votaria a Holanda para a cidade de Leiden.

 O príncipe Guilherme I de Orange tinha conseguido liberado Leiden da ocupação espanhola e estabeleceu uma nova universidade em 8 de fevereiro 1575. O estabelecimento da Universiteit Leiden (ou, da Universidade de Leiden) foi um evento significativo para o povo holandês. Como a primeira instituição acadêmica inteiramente Protestante da Holanda, a universidade ficou como um símbolo da libertação e da nacionalidade para todos holandeses. Isto levou Armínio para se deslocar para a cidade de Roterdã, uma cidade livre e refúgio para os protestantes, onde viveu sob o telhado de Pedro Bertius, o Velho, o pastor da igreja reformada, em preparação para ir para Leiden. A universidade atraiu vários intelectuais holandeses notáveis ​​sob quem Armínio estudadas após o início em 1575, inclusive; Hermannus Reynecherus, professor de estudos hebraicos (sob cujo telhado em Leiden Armínio viveu junto com outros estudantes), Casper Janszoon Coolhaes, um eminente teólogo de seu tempo, e Lambert Danæus, respeitado professor de teologia, filosofia e estudos patrísticos. Foi em Leiden que nome latino de Armínio, Jacobus Arminius, foi usado pela primeira vez.[11]

Armínio se destacou muito bem em seus estudos, ganhando o respeito de seus pares de tal forma que "Sempre que alguma coisa estava a ser escrito ou falado, ou qualquer dúvida resolvido, Armínio tinha certeza de ser consultado."[12] Em 1578 Rudolfus Snellius primo Armínio foi contratado pela universidade para dar palestra de Matemática, que Armínio estudou-o no mesmo ano. Armínio estudou ainda  astronomia e poesia. Em Leiden seu pensamento também foi influenciado pela Ramism, uma teoria lógica filosófica desenvolvida pelo humanista francês, lógico e reformador educacional Pierre de la Ramée (ou, Petrus Ramus),[13] que procurou fazer da lógica em uma disciplina mais prático em oposição ao que ele percebeu para ser a mera teorização da lógica aristotélica clássica, pois o mesmo era um crítico de Aristóteles. Por volta de 1581 Armínio graduou-se com 22 anos de idade, altura em que os burgomestres de Amsterdã e clero local começou a se interessar por Armínio, pois ele tornou-se conhecido como um estudante brilhante. Eles recomendaram que De Hooftluiden van het Kraemers Gildt (ou, Aliança do Merchant of St. Martin)[14] para futuros estudos no exterior sob o seu patrocínio se ele prometer seus serviços à Igreja Reformada em Amsterdã após a conclusão de seus estudos, uma oferta que Armínio rapidamente aceitou. Sob o patrocínio da Aliança do Comerciante Armínio foi enviado para a Universidade de Genebra, na Suíça para estudar sob a coordenação do Teodoro Beza, o filho-de-lei do humanista francês e reformador religioso João Calvino que tinha ensinado em Genebra, durante o século XVI . Armínio assinou o registro de Genebra, em 1 de Janeiro de 1582, de se matricular como um estudante das artes liberais com foco na teologia. [15]

Armínio prosseguido os seus estudos em Genebra, com rigor, e foi lá onde conheceu Johannes Uitenbogard que se tornaria amigo ao longo da vida, e defensor de Armínio. Armínio estava ativamente envolvido em Genebra, e chegou a defender Ramism em debates públicos, diálogos e palestras privadas, a pedido de seus pares. Este, porém, conseguiu causar ofensa em relação a certos acadêmicos de Genebra como o filósofo aristotélico Petrus Galesius que se tornaram tão hostil para com Armínio que ele foi forçado a suspender seus estudos em Genebra, e mover-se para a Universidade de Basel, no verão de 1583, um movimento do qual foi aprovado pelo burgomestres. Em Basileia, Armínio participou de algumas palestras públicas tradicionais, em que estudantes maduros podem apresentar exposições teológicas. Enquanto expondo alguns capítulos do Livro de Romanos, Armínio chamou a atenção de Johannes Jacobus Grynaeus, professor de literatura sagrada e decano da Faculdade de Teologia, rapidamente se tornando seu aluno favorito. Armínio alcançou tão alta estima pelo departamento de teologia em Basel, ele foi oferecido para ser divinitatis médico, uma oferta que ele recusou por causa de sua juventude.[16]  Grynaeus no entanto aprovado de Armínio tanto que no dia 3 de setembro de 1583, ele escreveu uma carta aberta aos burgomestres de Amsterdã, elogiando-o publicamente.

De acordo com a carta Grynaeus ', Armínio prosseguiu os seus estudos na Universidade de Basileia de uma maneira boa e respeitável, e sua disciplina em relação ao estudo da teologia foi notável. Grynaeus também recomendou-o para o ministério na Igreja Reformada e para a formação teológica futuro, o que era um elogio significativo por um distinto professor de teologia que se provaram essenciais para e ao longo da carreira depois de Armínio.

Em 1583, Armínio voltou a Genebra para terminar seus estudos, que o faria em 1586, Armínio após uma licença de sete meses viajou para a Itália com um amigo chamado Adrian Junius, chegando primeiro a Pádua e depois para Roma, no entanto, os adversários Armínio espalharam rumores de sua viagem que ele beijou chinelo do pontífice[17], reuniu-se com os jesuítas e, secretamente consultou com o cardeal Belarmino. Armínio foi convocado para Amsterdam no Outono de 1587 pelos burgomestres em conta estas reivindicações, mas todos eles foram provados sem fundamento pelas letras de ambos Grynaeus e Beza e pelo testemunho de Adrian Junius. Em 4 de fevereiro de 1588, Armínio foi chamado para o ministério em Amsterdã, em cumprimento do acordo que fizera com seus patronos. Suas funções na Oude Kerk e Nieuwe Kerk incluídos conduzir as orações, dando sermões e realização de outros discursos públicos sob o olhar atento do clero mais velhos. As pessoas acharam que ele seja um bom pregador tal e homem piedoso que no dia 28 de julho, foi proposto que Armínio deve tornar-se o pastor da Oude Kerk em Amsterdam, uma proposta para a qual todos os burgomestres deu consentimento. Armínio aceitou esta vocação no dia 11 de agosto de 1588, tornando-se o primeiro Hollander nativo para exercer ministério de tempo integral na Igreja Reformada em Amsterdã. Ele tinha vinte e nove anos de idade.[18]

Após a ordenação pastoral, Armínio começou uma série de sermões em 6 de novembro de 1588 a setembro 1601,  pregando através de Romanos e alternando com Malaquias na forma tradicional dos pastores holandeses.  Armínio também assumiu várias funções eclesiásticas, e civis.

Foi durante seu pastorado na Oude Kerk que Armínio viu pela primeira vez Lijsbet Laurensdochtor Reael, filha do estimado Laurens Reael. Lijsbet, nascido no 22 de agosto de 1566, era uma mulher educada de uma família respeitada em Amsterdã. Em setembro de 1590 eles se casaram, Armínio teve doze filhos por Lijsbet, três dos quais morreram na infância: Engeltje 14 de junho de 1593; Harmen 24 de dezembro de 1594; Pieter 7 de outubro de 1596; Jan 25 de agosto de 1598; Laurens 11 de maio de 1600 (morreu na infância); Laurens 20 de setembro, 1601; Jacob 20 de junho de 1603.; Willem  2 de maio 1605; Daniel 28 de novembro de 1606 e Geertruyd 12 de setembro de 1608. [19]

A dedicação aos estudos em Basiléia e Genebra lhe trouxeram louros, foi muito bem recomendado pelos reitores destas universidades aos burgomestres, que estes logo o aproveitaram. Armínio se destacou também que durante o período em que esteve em Amsterdã foi alcançando destaque, relacionamentos e influências com os mais altos postos da política e nos grandes comércio holandês, agora o rapaz órfão cresce, se destaca, e ganha posições, conforme Bangs:

 “ Em 1590 o órfão de Ouderwater, já não era uma pessoa solitária, sem vínculos de relacionamento de apoio, e dependente de caridade ... estava envolvido em uma ampla rede de relacionamento profissional, político, econômico e familiar que se estendia a todos os cantos das mais importantes família de Amsterdã”[20]

Logo que assumiu o pastorado começou sua série de mensagens e exposições principalmente em Romanos, conforme Bangs citando Brandt,[21] em 1591 Armínio revela sua oposição a predestinação de Beza, e foi neste momento que surge seus primeiros passos a sua doutrina do livre-arbítrio, trazendo consigo também inúmeros desafetos. Para Bangs fica evidente que Armínio já ao assumir o ministério, não concordava com o sistema rígido de predestinação calvinista, continuando Bangs “ de fato,  ele jamais concordou com a doutrina”[22]. Para Bangs esta posição estava levando para o centro de um tumulto, que realmente ocorreria no futuro de sua vida.

Como consequência Bangs data que “no dia 11 de fevereiro de 1592, as 15 horas, presumivelmente na torre da câmera”[23] como Bangs declara “foi a primeira controvérsia Arminiana”[24], provocada por Plancius, dias antes sem a presença dos burgosmestres e anciãos representados, que acusava Armínio de pelagianismo, e dependente demasiadamente da patrística, além de ter-se desviado da Confissão Belga, além do Catecismo de Heildeberg.[25] Neste primeiro momento Armínio se defende, mas será na Câmera que se dará oficialmente as questões contra Armínio. Armínio apela pela liberdade da consciência, que ficou favorável a Armínio, neste caso não a concordância dos pensamentos de Armínio, mas a de liberdade religiosa holandesa.

A controvérsia prosseguiu em 22 de abril, sem a presença de Armínio, ficou decidido que Armínio deveria se esclarecer seus posicionamentos, sendo que apenas dia 6 de maio que Armínio foi notificado, dia 20 de maio Armínio faz um desafio, conforme Bang “em alta voz”[26], a discursão se prolongou e no dia 27 de maio Armínio faz novo desafio, e acusa Plancius de ignorar o pecado original, revertendo as acusações deste a sua posição teológica.[27]

O pastorado para Armínio exigiu muito dele, além de seus compromissos familiares, especialmente em 1602, quando a Peste Negra varreu a Holanda. Como todo o distrito de Amsterdã foi consumido pela peste, Armínio escreveu ao seu amigo Uitenbogard do medo que ele tinha para sua família, exortando seu amigo para orar por ele. Armínio intensificada como um líder cristão na comunidade durante esses dias escuros; ele levou os cristãos de todos os lugares ao redor da cidade em orações públicas e muitas vezes ele entrou várias casas tanto de rios como de pobres para incentivá-los a perseverar. Casper Brandt escreve, "seu nome merece um lugar entre aqueles que têm o direito de ser apontados como exemplos para a imitação de todos os ministros da Igreja cristã".[28]

Considerando que a praga trouxe sofrimento, ele também produziu oportunidade na vida de Armínio. Não só tinha isso afetou Amsterdã, mas também se espalhou para outras partes da Holanda, como Leiden, onde matou dois dos professores de teologia na universidade, Lucas Trelcatius o Velho no dia 28 de agosto e Francis Junius no dia 23 de outubro. Isto deixou dois assentos vagos aberto em Leiden, e muitos professores e ministros propuseram que deve ser dada a Armínio uma delas. Armínio no entanto não se considerava ser o melhor para a posição e havia aqueles que se opunham a tal proposta. No entanto, Armínio encontrou seus defensores nos curadores Amsterdã e seu amigo Uitenbogard. Portanto, Johannes Oldenbarneveldt, o primeiro-ministro da Holanda, convocou uma reunião em Haia com a Academia Leiden para discutir a elegibilidade de Armínio. Como a doença impediu Armínio de assistir, Uitenbogard falou em seu nome com Franciscus Gomarus e a faculdade Leiden.

Antes de ser empossado de sua nova função exigiu-se de Armínio o título de doutorado, foi quando passou por um exame, que conforme Bangs foi registrada por carta pelo próprio Armínio, e no dia 19 de junho de 1603, estava diante dele Gomarus (que viria a ser seu futuro desafeto), Grócio e Merula[29]. Quando foi aprovado. Mas ainda haveria outro evento que seria um debate público, que ocorreu em 10 de julho de 1603. Sendo que Gomarus não esteve presente, pois neste debate Armínio afirmaria que a “presciência de Deus não predetermina o que é conhecido. Deus sabe de antemão algumas coisas como necessárias, outras como contingentes”[30]. Posição contrária a doutrina reformada da época, principalmente contrária ao supralpsarismo benzana.

Armínio se mudou com sua família de Amsterdã a Leiden, em sua carreira acadêmica Armínio promoveu palestras diárias, aulas particulares e também debates pelo qual ele veio a ser reconhecido como um acadêmico respeitável. Armínio também escreveu muito durante seus anos de Leiden, incluindo duas de suas mais famosas publicações teológicas; On the Nature of God e a Opera Theologica.[31]  

Nos anos que se seguiram deu-se início os debates entre Armínio e Gomarus, segundo Bang foi em 31 de outubro de 1604 que ela se tornou séria[32], quando Gomarus pediu uma disputa pública sobre a predestinação, sendo que a fez fora de ordem e não sendo parte da agenda, elabora uma defesa, sem mencionar Armínio, com os mesmos posicionamento de Beza. Armínio no dia seguinte via a escrever Exame das Teses de Gomaro sobre Predestinaçã[33]

No entanto a controvérsia seguiu-se de tal modo que por 1608 uma conferência foi chamado entre Gomarus e Armínio em Haia, onde discutiram seus desacordos sobre a soteriologia a discussão que chamou a atenção tanto de leigos, à autoridades da Igreja e da academia holandesa.  Durante a conferência de Armínio sofrido um surto de doença grave que o forçou a ficar acamado em sua casa em Leiden, cortando a conferência em 21 de agosto de 1609. Gomarus e Armínio, portanto, foram encomendados pelos burgomestres para colocar as suas próprias posições para escrever com uma refutação da opinião contrária, uma tarefa que Gomarus concluída, mas Armínio não o fez devido à gravidade progressiva da sua tuberculose que agora o atormentava constantemente através de febre, tosse, dificuldades respiratórias, alimentar, e para dormir, artrite e perda de visão em seu olho direito. Embora a saúde física de Armínio foi se deteriorando, ele manteve sua fé e espíritos e deu consolo para sua esposa Lijsbet, incentivando-a a colocar a sua confiança em Deus. Alguns dos amigos mais próximos Armínio como Johannes Uitenbogard, Adrian Borrius, Petrus Bertius e seu ex-aluno Simon Episcopius viria a visitar Armínio em sua casa para consolá-lo, discutir teologia, e orar juntos.

 

Na segunda-feira dia 19 de outubro de Jacobus Arminius de Oudewater pacificamente morreu rodeado sua esposa, filhos e amigos. Ele tinha cerca de 50 anos de idade. Seu sepultamento ocorreu no Pieterskerkhof em Leiden na quinta-feira dia 22 de outubro, seguidos por uma funerária Oration falado por Bertius no Grande Auditório da Universidade de Leiden, a pedido dos amigos de Armínio. Estiveram presentes os burgomestres, Gomarus e outros amigos e parentes de Armínio de Haia, Amsterdã e Oudewater, sua cidade natal, incluindo Rudolfus Snellius, seu velho amigo de juventude. Foi, como Casper Brandt escreve, uma perda realmente triste, não só para a academia, mas também para a comunidade cristã. Assim Armínio morreu, velho e cheio de anos: um homem cristão cujo legado vive na vida da Igreja Reformada. [34]



[1] Para HÀGGLUND “Teodoro Beza quem perpetuou a tradição calvinista pura. Beza desenvolveu a doutrina da predestinação mesmo mais rigidamente que Calvino e lhe conferiu posição mais central ainda em sua cosmovisão... Conhecida como Supralapsária.” HÀGGLUND, Beng. História da Teologia; Traduzido do inglês por MÁRIO L. REHFELDT e GLÁDIS KNAK REHFELDT 6ª Edição, Concórdia Editora, Porta Alegre, RS – 1999 (P. 229-30). Para Gonzales Jerome Zanchi (1516-1590)  estabeleceu uma predestinação baseada na pré-ciência e onipotência, GONZALEZ, Justo L.. Uma história do pensamento cristã; tradução Paulo Arantes, Vanuza Helena Freire de Mattos.  São Paulo : Cultura Cristã, 2004. (p. 274).

[2] BANGS, Carl O.. Armínio – Um estudo da Reforma Holandesa; Tradução Wellington Carvalho Mariano. 1ª edição – São Paulo Ed Reflexão, 2015. (P. 19).

[3] OLSON, Roger E. História da teologia cristã: 2 000 anos de tradição c reformas; tradução Gordon Chown. São Paulo: Editora Vida, 2001.(p.466).

[4] BANGS, Carl O.. Armínio – Um estudo da Reforma Holandesa; Tradução Wellington Carvalho Mariano. 1ª edição – São Paulo Ed Reflexão, 2015. (P. 20).

[5] OLSON, ROGER E .. Teologia Arminiana Mitos e Realidades; Ed Editora Reflexão, xxxxx

[6] A data de nascimento de Armínio é um ponto de desacordo entre os estudiosos. Biografia do século XVII, Brandt coloca-lo em 1560 (cf. The Life of James Arminius, 1854, p.11 ), no título BREVE BIOGRAFIA

DE JACÓ ARMÍNIO, no volume 1 da Obras de Armínio publicado pela CPAD também reforça esta data. Bangs no seu trabalho século XX no entanto favorece 1559 como a data mais provável, uma vez que é mais próxima ao popularmente realizada 1560. Quanto ao dia de nascimento 10 de outubro, que é registrada por Brandt é posta em dúvida por Bangs, mas isso não é um problema sério de contenção.

[7] BANGS, Carl O.. Armínio – Um estudo da Reforma Holandesa; Tradução Wellington Carvalho Mariano. 1ª edição – São Paulo Ed Reflexão, 2015. (P. 31).

[8] BANGS, Carl O.. Armínio – Um estudo da Reforma Holandesa; Tradução Wellington Carvalho Mariano. 1ª edição – São Paulo Ed Reflexão, 2015.

[9] Caspar Brandt, The Life de James Armínio (1854).

[10] As Obras de Armínio, Trd. Degmar Ribas, 1ª edição CPAD. Rio de Janeiro 2015.

[11] BANGS, Carl O.. Armínio – Um estudo da Reforma Holandesa; Tradução Wellington Carvalho Mariano. 1ª edição – São Paulo Ed Reflexão, 2015.

[12] BRANDT, Caspar, The Life de James Armínio (1854).

[13] De acordo com BANGS, Petrus Ramus possuía uma divergência com Beza, por isto não lecionou em Genebra, os pontos de divergência era a lógica aristotélica e a questão da ceia (p. 68,69).

[14] BANGS menciona que este encontro foi o primeiro contato de Armínio com seu futuro sogro, e possivelmente a sua futura esposa, na época com 12 anos.(p. 75)

[15] BANGS, Carl O.. Armínio – Um estudo da Reforma Holandesa; Tradução Wellington Carvalho Mariano. 1ª edição – São Paulo Ed Reflexão, 2015.

[16] BANGS.

[17] BANGS explica que isso provavelmente se refere ao Papa Sisto V (P. 91)

[18]  BANGS, Armínio (2015), P. 131.

[19] BANGS, Armínio (2015), P. 145.

[20] BANGS, Armínio (2015), P. 151.

[21] BANGS, Armínio (2015), P. 161.

[22] BANGS, Armínio (2015), P. 160.

[23] BANGS, Armínio (2015), P. 164.

[24] BANGS, Armínio (2015), P. 165.

[25] BANGS, Armínio (2015), P. 164.

[26] BANGS, Armínio (2015), P. 168.

[27] BANGS, Armínio (2015), P. 170.

[28] Caspar Brandt, The Life de James Armínio (1854). pp.89-93.

[29] BANGS, Armínio (2015), P. 295.

[30] BANGS, Armínio (2015), P. 296.

[31] BANGS, Armínio (2015), p. 300

[32] BANGS, Armínio (2015), P. 308.

[33][33] A mesma ênfase do autor Bangs, p. 309. BANGS, Armínio (2015).

[34] Caspar Brandt, The Life de James Armínio (1854).