Hypéretè ὑπηρέτης
(hypéretès), “servo” , “ajudante”,
“assistente”; (ihypèreteó), “servir”, ‘ ‘prestar, serviços”, “ser útil”.
Esta palavra que aparece nos textos do N.T. tem
trazido siginificativa controvérsias, há pelo menos três propostas que aqui
iremos apresentar. Ela ocorre aproximadamente 20 vezes, com duas variantes hypéretès,
e ihypèreteó.
A primeira vem significar ‘servo’, ´é traduzida
como ‘ministro’, quanto a isto não há embates e mudanças a esta tradução da
palavra. Ela ganha controvérsia quando tentam associar hypèretès a uma
espresseão marítima, ‘remador’, ou um ‘remador’ inferior.
Dentre eles Klaus Hess[1],
D.A. Carson vai discordar desta definição de ‘remador’, Carson afirma que “Há
mais de um século, R. C. Trench[2]
popularizou o conceito de que vinjpérriç deriva do verbo kpèaoiò,
"remar".[3] Carson
continua afirmando que Trench descreveu que “O significado básico de ὑπηρέτης
então, é ‘remador’. Trench diz explicitamente que um ὑπηρέτης ‘originalmente
era o remador (de épêosso)’".
Carson continua denunciando que tal ideia está
equivocada ao mencionar ainda o exagero colocado da seguintes forma por “A. T.
Robertson e J. B. Hofmann foram além e afirmaram que morfologicamente ὑπηρέτης
vem de duas palavras gregar, a primeira hypo e eretes”[4]
Carson concorda que eretes é mencionado
por Homero como ‘remador’, Hess cita Heródoto referindo-se o termo como
‘remador’, Carson continuando com Hofmann ao explicvar que para este “ Hofmann
faz uma clara associação com a morfologia, concluindo que um ὑπηρέτης era basicamente um ‘sub-remador’, ‘assistente
de remador’ ou ‘remador subalterno’". Carson denuncia que Trench não tinha
ido tão longe: ele não identificou em irô qualquer subordinação.
Carson cita também Leon Morris, concluindo que um ὑπηρέτης
era um servo de nível inferior; e William Barclay avançou ainda mais e
definiu ὑπηρέτης como o remador no banco
mais baixo de um barco de três remos.[5]
Concordando com Carson, chegamos a seguinte
conclusão “nunca é aplicado a "remador" na literatura clássica e
certamente não é empregado assim no Novo Testamento.”[6]
Continuando com Carson “O ὑπηρέτης no Novo Testamento é um servo, e geralmente
há pouco ou nada que o distinga de um διάκονος.”[7]
A conclusão que chegamos, conforme descrito por
Hess “é que no N.T. normalmente sigfica o “servo” (armado) de uma pessoa de
autoridade, um ‘oficial’ do tribunal da justiça”.[8]
O termos ocorre apenas em: Mateus 5:25 (NVI
guarda; ARC oficial; NVT oficial, ARA oficial da justiça) ; 26:58 (ARC criado;
NVI e NVT guarda, ARA serventuário); Marcos 14:54 (NVT e NVI guarda, ARC
servidor, ARA serventuário) ; 14:65 (ARC servidor; NVI e NVT guarda); Lucas 1:2
(NVI e NVT servo, ARC ministro) ; 4:20 (ARC ministro, ARA, NVI e NVT
assistente); João 7:32 (ARC servidores, NVI e NVT guarda); 7:45 (NVI e NVT
guardas, ARC servidores); 18:3 ( ARC oficiais, NVI guardas); 18:12 ( ARC
servos, NVI guardas); 18:18 (ARC servos, NVI guardas); 18:22 (NVI guardas, ARC
criados; 18:36 (ARC servos, ARA ministros, NVI servos); 19:6 (NVI guardas, ARC
guardas); Atos 5:22 ( NVI guardas, ARC servidores) ; 5:26 ( NVI guardas, ARC
servidores) ; 13:5 (ARA auxiliar, NVI
auxiliar, ARC cooperador); 26:16 (NVI servo, ARC e ARA ministro); 1 Coríntios 4:1
ARC e ARA ministro, NVI e NVT servo).
Podemos observar que ὑπηρέτης é usado a ofício
religioso 5 vezes, destas 1 para um oficial da sinagoga Lc 4.20, nos demais a
cristãos Lc.1.2; At. 13.5, 26.16 e ICo4.1. Nos demais, sempre se referindo a funcionário
de Roma ou dos sacerdotes.
Concluimos que Carson estava certo, nos textos do N.T. ὑπηρέτης em nenhum momento
foi usado a algum trabalhador ou pertencendo a serviços marítmos, ou de
remador, e ὑπηρέτης junto com διάκονος, realça nosso serviço a Deus como
aqueles que servem ao propósito do Reino de Deus.
[1] Dicionário internacional de Teologia
do Novo Testamento. Colin Brown, Lothar Coenen (orgs.); tradução Gordon Chownl.
-- 2. ed. - Sâo Paulo: Vida Nova, 2000. Pg. 984, vol 2.
[2] R.
C. Trench, Synonyms of the New Testament (1854; Marshalltown: NFCE, s/d), 32;
In, CARSON; D. A..A Exegeses e Suas Falácias, 2007; Pg 27.
[3] CARSON; D. A..A Exegese e
Suas Falácias, 2007; Pg 27.
[4] A.
T. Robertson, Word Pictures in the New Testament, 4 vols. (Nashville: Broadman,
1931), 4:102; J. B. Hofmann, Etymologisches Wõrterbuch des Griechischen
(Munique, Oldenbourg, 1950), s. v. In CARSON; D. A..A Exegese e Suas Falácias,
2007; Pg 27.
[5]
CARSON; 2007; Pg 27.
[6]
CARSON; 2007; Pg 27.
[7]
CARSON; 2007; Pg 27.
[8] Dicionário internacional de Teologia
do Novo Testamento. Colin Brown, Lothar Coenen (orgs.); tradução Gordon Chownl.
-- 2. ed. - Sâo Paulo: Vida Nova, 2000. Pg. 985, vol 2.