quinta-feira, 7 de julho de 2016

LIDERANÇA E ACONSELHAMENTO PASTORAL

LIDERANÇA CRISTÃ

INTRODUÇÃO.
Não há uma pessoa que não esteja de alguma forma sob a liderança de alguém, a presença de uma liderança é um ponto indiscutível, seja até mesmo no lar há a presença de alguém liderando ou conduzindo-a, em um grupo de pessoas alguém sempre se destacará na liderança, seja até em um passeio para se divertir. Em uma organização na sua formação, um líder será apresentado para representa-la, e até mesmo com validade jurídica.
Na Bíblia podemos também verificar que em cada época havia uma necessidade da existência de um líder, principalmente a situação em a nação de Israel se encontrava ou pelo problema que estava sofrendo, surge alguém para conduzi-la e a se organizar a fim de superar estes desafios que, de alguma forma, os estava prejudicando.
Existe um livro da Bíblia que caracteriza bem esta afirmação que estamos apresentando, é o livro de Juízes, a ausência de um líder era um sinal de seus declínios e de perdas, fosse político, militar e até mesmo espiritual. Na referência 2.10, diz assim “E depois toda aquela geração se reuniu a seus pais; após ela surgiu outra geração, mas esta não tinha conhecimento nem ao Senhor, nem à sua obra que ELE realizara em favor de Israel”, lemos também 21.25 “Naqueles dias não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto ao seus olhos.” Por isto DEUS levantou juízes mas isto não foi o suficiente, Jz2.16,17. “Então o SENHOR levantou juízes, mesmo assim eles não quiseram ouvir os juízes.” A falta ou ausência de liderança provocará uma ‘anarquia’ política , social e também religiosa.[1]
Com esta introdução queremos demonstrar em primeiro lugar que na igreja a liderança é algo pertinente como instituição e como organização espiritual também. Em segundo lugar o ofício de liderar não é uma tarefa fácil, mesmo com a aprovação divina, e por ELE chamado e qualificado para conseguir este exercício.
Atualmente existe um desejo de liderar ou ser líder na igreja por motivos que nos deixa assustados, alguns buscam a liderança pelo status, outros por vaidade, alguns o poder pelo poder, líderes sem propostas espirituais, líderes sem perspectiva de estabelecer algo que a igreja necessita e que ele tem ou possui os meios deste resgate. Não, pessoas desejam liderança para promover um continuísmo, a fim de impor seu autoritarismo egocêntrico, sem se preocupar em uma re-leitura da sociedade atual, do novo modelo cultural em que estamos inseridos, o propósito deste trabalho é firmemente denunciar este sentimento errado de se desejar liderar nossas igrejas, precisamos de uma liderança transformadora, renovada, resgatar a credibilidade espiritual de nossos cultos, trazer a relevância e a reverência de uma vida cristã atual, tornar a preocupar nossos membros a exercer uma espiritualidade bíblica, realizar a vontade de DEUS com amor e paixão pelas almas em pecado, resgatar uma utopia cristão, um idealismo evangelístico. E tantas outras coisas.
Uma liderança transformada e comprometida, com as questões bíblicas, conseguirá transformar a atual situação.
O Desenvolvimento da Autoridade nas Escrituras
Pode-se verificar que desde o AT, o princípio de autoridade já estava presente no meio do povo de Deus. Ela não foi uma invenção das comunidades cristãs. O AT reconhecia a autoridade de Profetas e Profetisas (Cf. Ex 14.10-14; 15.20; 17,1-7; Dt 18.15; 34.10; Jz 4.4; 1Sm 7.8; 2Rs 22.14; Is 6.8; 61.1-3; Jr 1.4- 7; Ez 2.1-5), Sacerdotes (Cf. Ex 28; Lv 8,1ss), Juízes (Cf. Ex 18.13-27[2]; Jz 2,16.18), Reis (Cf. 1Sm 8.5; 12.1; 15.1; 16.1.12-13; 2Sm 2,7; 1Rs 1.34,39,43,48), e todos instituídos por Deus com a missão de falar, conduzir e julgar o Seu Povo.
De fato, os reis e os sacerdotes assumiam um papel mais importante. Os reis recebiam a incumbência de apascentar o povo de Deus (Cf. 2Sm 5.2). Eles intercediam pelo povo perante Deus (Cf. 1Rs 8.30-54) e representavam Deus presente no meio do povo (Cf. Is 7.14) . Eles tinham o poder de abençoar o povo em nome de Deus (Cf. 2Sm 6.18; 1Rs 8.55). De acordo com Franz-Josef Nocke, a sua ordenação era entendida como uma ordem direta do próprio Deus, mediante atos simbólicos (Cf. 1Sm 10.1; 2Sm 2.4 – unção; Sl 110.1; 132.11 – entronização), em que Deus realizava a sua eleição (Cf. 1Sm 10.1; 16.13) [3].
Com efeito, os sacerdotes possuíam algumas funções semelhantes aos reis, como abençoar o povo em nome de Deus (Cf. Nm 6,22-27), mas, também, exerciam outras funções diferentes, a saber: oferecer sacrifícios (Cf. Lv 1-7); instruir o povo (Cf. Lv 10.11); observar as leis de purificação (Cf. Lv 13); realizar os serviços no santuário (Cf. Lv 24.3-9); e, até, as funções de juiz (Cf. Dt 17.8- 13). Porém, havia uma peculiaridade em relação ao ministério sacerdotal. Ele estava reservado apenas aos filhos de Aarão da tribo de Levi (Cf. Ex 28).
Aos profetas cabia a interpretação dos sinais, bem como, o anúncio das mensagens divinas. Não aqueles do templo, que eram pagos para profetizar, mas, os profetas de Deus que advertiam aos reis contra os enganos, às vezes, arriscando as suas próprias vidas (Cf. Is 8.18; Jr 16.1-13; 32.1-15). Contudo, profetizavam pela sua própria vocação divina (Cf. Jr 1.4-5; Am 7.14-15). E, por fim, os juízes, eram levantados por Deus em um período em que “cada um fazia o que queria” (Jz 17.6; 21.25), para livrar o povo de Israel das mãos dos seus opressores (Cf. Jz 2.16.18).
Assim como no AT, também no NT, o princípio de autoridade foi instituído por atos divinos, Jesus foi considerado profeta (Cf. Mc 6.4; Lc 24.19; Jo 6.14). Isso implica dizer que Jesus tinha como missão principal proclamar o Reino de Deus (Cf. Mc 1.14-15; Mt 4.12-17; Lc 4.14-15). Jesus recebeu todo poder no céu e na terra e o concedeu aos seus discípulos para cumprirem essa missão (Cf. Mc 16.15; Mt 28.18-20). De acordo com Millard Erickson, Cristo não somente concede, mas transmite essa autoridade aos seus discípulos e a Igreja, por intermédio do Espírito Santo [4]. Os discípulos não foram enviados por seu próprio poder. A partir dos Evangelhos (Cf. Mc 3.13-19; Mt 10.2-4; Lc 6.12-16) e também de Atos (Cf. 1.13), pode-se conferir a eleição dos discípulos feita por Cristo. Cristo os comissionou (Cf. Mt 28.18-20). Ele é o Senhor da Igreja, foi Cristo que a edificou para Si  (Cf. Mt 16.18). Ele instituiu a Igreja como o novo “Povo de Deus”, o “Corpo de Cristo”, o “Templo do Espírito”[5], através da nova aliança (Cf. Mc 14.22-25; Mt 26.27-28; Lc 22.15-20; 1Cor 11.23-25) [6]. Jesus Cristo confiou o governo da Igreja aos seus apóstolos a fim de que estes continuassem fazendo discípulos de todas as nações (Cf. Mt 28.18-20), e edificassem o seu Corpo (Cf. 1Cor 14.4.5.12; Ef 4.12). Cristo chamou para Si todos aqueles que Ele quis (Cf. Mc 3.13). De acordo com o evangelista Marcos, Jesus chamou os seus discípulos para estarem com Ele, aprenderem Dele e receberem Dele o poder para pregar a Boa Nova de salvação e a autoridade para expulsar demônios (Cf. Mc 3.14-15). De fato, parece que Cristo concedeu a Pedro supremacia em relação aos demais discípulos (Cf. Mt 16.18-19), pedindo-lhe que confirmasse a fé dos seus irmãos (Cf. Lc 22.32), e o mandando apascentar as suas ovelhas (Cf. Jo 21.15-17). Porém, conquanto se reconheça que na Igreja apostólica, houvesse uma hierarquia: Pedro, os Doze, os outros apóstolos, Paulo, e outros homens com diversas funções, e que exerciam ainda que em segundo plano, parte ativa no ministério hierárquico, não parece seguro afirmar que a hierarquia já estivesse instituída. Ele também delegou o mesmo poder a todos os discípulos e também a Igreja (Cf. Mt 18.17-18; Jo 20.23). Ou seja, não está claro que Jesus Cristo quisesse enfatizar a necessidade de um líder eclesiástico soberano acima de todos, o que caracterizaria um modelo de autoridade monárquico. Todavia, ao que parece, o modelo de autoridade pretendido por Jesus, apesar de conter o aspecto hierárquico, era um colegiado: “Como o Pai me enviou também eu vos envio” (Jo 20,21) e soprou sobre todos eles o Espírito Santo (Cf. Jo 20,22).
Dessa forma, entende-se que todos os apóstolos deveriam cooperar para o pastoreio da Igreja de Cristo. Ao que parece, Cristo enviou os seus discípulos a fim de que eles dessem continuidade à missão que o próprio Jesus recebera do Pai. A missão dos discípulos consistia, sobretudo, em proclamar a Boa Nova de salvação, pois “o Reino de Deus já chegou a vós” (Mt 12.28).
Todavia, Cristo sabia que os seus discípulos e, posteriormente, a sua Igreja jamais teriam condições de cumprir essa missão, sozinhos. Por isso, determinou que eles aguardassem em Jerusalém, a descida do Espírito (Cf. Lc 24.49; At 1.4). E, avisou-lhes de que receberiam o poder do Espírito (Cf. At 1.8). Com a descida do Espírito Santo, no Dia de Pentecostes (Cf. At 2.1-13), a promessa de Jesus Cristo aos seus apóstolos foi cumprida e, historicamente, a Igreja foi concretizada. Mais do que isso, todo poder e autoridade que haviam sido dados a Jesus no céu e sobre a terra (Cf. Mt 28.18) e transmitido aos seus discípulos, por conseguinte, foi estendido a toda Igreja de Cristo (Cf. At 15.23-29; 1Cor 6.2-4; 12.28; Ef 4.11-16).
Ademais, para que a missão fosse cumprida até que Jesus voltasse (Cf. 1Cor 1126), fazia-se necessário que outros apóstolos trabalhassem em conjunto com o grupo dos Doze. Isso pode ser comprovado no NT com o surgimento de outros homens que passaram a ser reconhecidos com o título de apóstolos: Paulo (Cf. 1Cor 15.9); Barnabé, Judas e Silas (Cf. At 14.14; 15.22); Silvano e Timóteo (Cf. 1Ts 1.1); Tiago de Jerusalém (Cf. Gl 1.19) Andrônico e Júnia (Cf. Rm 16.7). Com efeito, as Igrejas cristãs primitivas reconheciam a autoridade apostólica concedida por Cristo, a ponto dos apóstolos administrarem os bens na comunidade cristã (Cf. At 2.44-45; 4.34-35; 5.12-13). Dessa forma, foram surgindo vários líderes eclesiásticos com a responsabilidade de conduzir a comunidade que, historicamente, originou-se do povo de Israel e pertencia a Deus e Deus a ela; formada por aqueles que foram batizados em nome de Cristo, celebravam o seu corpo eucarístico e entendiam que Ele era a única Cabeça; e, que foram agraciados com os dons do Espírito, recebendo Dele poder para ser sinal de Deus na terra Seja como for, evidentemente, o princípio de autoridade nas Igrejas cristãs é imprescindível para que essa possa cumprir sua missão. Contudo, não se deve desprezar a realidade social que a cerca. Isso implica dizer que não cabe a hierarquia das Igrejas impor regras e normas, ou responder a perguntas que a sociedade não fez. Ao contrário, as hierarquias têm a responsabilidade de procurar respostas, juntamente com a sociedade, às crises e aos sofrimentos que a humanidade enfrenta. As Igrejas devem ser o sinal de Deus na história concreta.
Para tanto, elas devem considerar as realidades humana, social, política, teológica e espiritual que as cercam. Mais do que isso, uma eclesiologia que não atenta para um contexto histórico-social, teológico e para a ação do Espírito Santo, mediante a fé, deixa de ser sinal de Deus presente e atuante na terra, e o que é pior, perde a sua autoridade.
Todavia, o reconhecimento da autoridade eclesiástica, bem como, das hierarquias não deve restringir, limitar ou extinguir a ação do Espírito (Cf. 1Ts 5.19). Além disso, não se deve esquecer que Cristo é o Senhor da Igreja, que o Espírito Santo continua soprando sobre ela, e que a hierarquia é necessária para conduzir a Igreja de Cristo. A autoridade eclesiástica é proveniente de Cristo. E a ênfase recai sobre a comunidade de fé que existe concretamente pela ação do Espírito Santo

UMA CRISE DE AUTORIDADE.
Atualmente hoje estamos presenciando uma crise de diversos aspectos na liderança ou no nosso ofício nas igrejas, podemos destacar um princípio de que a nossa sociedade com sua atitude pragmática, tem influenciado profundamente esta liderança, permitindo o surgimento de aproveitadores da situação, pois hoje cada vez mais nas membresia busca-se um líder que lhe diga ou lhe ofereça resultados imediatistas, instantâneo, sem se preocupar com a verdade sobre quem o está liderando. Outro ponto são as chamadas membresia ‘órfãs’ o líder é um ausente nas vidas e nos processos de seus membros, ao ponto de lhe dar um ofício de não contrariedade aos seus membros, algo bem utilitário, abandonando o pastoreio pessoal e  personalizado.
Desta forma  o líder ou pastor abandona uma liturgia espiritual e direcionada a DEUS, para algo mais ao agrado de seu membro, ou do cliente religiosos, já que ele paga o dízimo, transformamos o nosso culto em ‘programas gospel’. Desta forma pastores se transformam em prestadores de serviço, antes o que era congressos de pastores está se transformando em palestras de tendência mercadológica, simpósio de marketing, tudo a fim de agradar seus consumidores. Também como conseguir aumentar suas receitas e a frequências em seus cultos de ouvintes, também método de se tirar uma boa oferta para aumentar a receita da igreja, planos de satisfação pessoal, o que antigos chamavam de ‘busca de DEUS’, agora estes membros tem o direito de se queixar no procon ou em programa de televisão.
Como afirmou Rubem Amorese crise de autoridade é também crise de submissão, uma consequência da crise de amor,[7] a despeito das inovações e das tendências deste mundo precisamos colocar a nossa liderança segundo os padrões da Bíblia, não podemos permitir que a sociedade e suas manias nos pressione de como exercer nosso ministério, quando for necessário ceder cederemos, mas quando alguma coisa não estiver  correta a disciplina deve ser o meio pelo qual iremos corrigir para se acertar, não vamos ficar com medo de perder os membros que frequentam nossos cultos , no final é ele que está cedendo de forma errada e é o ministro quem dará a DEUS por sua tarefa e mordomia da sua liderança.
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DA CHAMADA MINISTERIAL:
A chamada ministerial é totalmente licenciada por DEUS :  Hb. 5.4 ; Mt4.19 ; At13.2 Através destas passagens fica bem definido que ninguém pode se auto intitular ministro ou exercer alguma liderança sem que reconheça ser antes uma escolha divina.
A chamada para o ministério é personalizada (Gl 2.7-9). Cada ministro possui um ministério definido e seu grupo tem definido por DEUS a exercer seu ministério.
A chamada para o ministério é uma realidade espiritual: Somente pessoas de condição espiritual bem definida poderá enxergar a sua chamada, é a descoberta e o desejo de  exercer o seu ministério até mesmo no sua plena função ministerial. Is 6.7,8.
A chamada ministerial é um ato soberano; Ninguém tem o direito, ou a intenção de interferir na nossa chamada tentando questiona-la, mesmo depois por DEUS, por inúmeras formas, ter sido aprovada. Ex3.10 ; Nm16
A chamada ministerial é uma realidade poderosa: Por mais fraco que sejamos, ou venhamos a nos sentir, por mais inúteis que podemos nos apresentar ou até mesmo podemos nos achar até desqualificado para exercer o nosso ministério, DEUS irá nos prover a nossa capacitação. Jz.6.14; IICo4.7; IICo 12.
A chamada ministerial é definitiva Lc 9.62: Com esta afirmação não torna o ministro alguém pré-salvo, ou um super-homem que nada o impedirá ou o excluirá no exercício de seu ministério, Paulo advertiu ao ministro cuidar de sua salvação e também de seu ministério para que não venha se achar desaprovado. IT6.11-16; IITm3.10-17; IITm2.1-26.
ALGUMAS ESSÊNCIAS DA LIDERANÇA.
1.O Líder deve sempre agir corretamente mesmo quando o mesmo não está acontecendo com ele.
2.O Líder deve permanecer fiel às suas convicções, mesmo quando não há ninguém o observando.
3.O Líder deve buscar realizar suas tarefas mesmo quando não há uma vontade momentânea de realizá-la.
4.O Líder jamais deve se esquecer ou abandonar os ideais que o motivou no passado, mesmo quando o seu objetivo foi alcançado.
5.O Líder deve estar preparado para distingui que nem todas as questões de sua vida se restringe aos embates espirituais, mas que precisa de nossa cuidadosa atenção.
6.O Líder deve estar em busca de  equilíbrio através de uma auto-avaliação periódica.
7.O Líder deve reconhecer que ele foi chamado e ungido por DEUS e que  há pessoas também ungidas e chamadas por DEUS para estar com ele.
8.O Líder deve estar preparado e desejoso dos grandes eventos, mas também pronto para enfrentar os revés de suas consequências  IRs19.1-3.
9.O Líder deve constantemente buscar a orientação de DEUS para realizar sua vontade e não se permitir ser moldado pelas dissimulações e opiniões contrárias, Jr29.11.
10.O Líder deve distinguir o excesso de trabalho e excesso de cansaço, pois sem esta reflexão poderá nos levar ao desestímulo  IRs19.4.
11.O Líder não pode se motivar apenas pelo sucesso que proporcionará o que estamos ou iremos realizar, mas antes pela ordem de DEUS quando tudo não faz sentido ou não for como esperávamos, Jr36.1,2,27 e 28.
12.O Líder não pode medir sua tarefa pela oposição que vem até nós, mas sim pelo desafio que ela nos faz superar, Jr12.5.
13.O Líder em obediência deve crer que o mal que nos atinge não é para dizer quanto estamos errados, ele sim devemos crer que este mesmo mal  em DEUS se tornará útil para nós e que uma tarefa há de ser realizada no final, Is 61.7; Gn 50.18-21; IITm 4.14-16.
14.O Líder não ficará em paz se ficar preso no passado e não se libertar para as realizações possíveis e existentes no futuro, Is 43.18,19.
15.O Líder perde seus questionamentos quando seus discernimento se vai Pv 3.5,6: Mc 2.6-8; Mt 8.14-16.
16. O Líder alcançará sua felicidade e realização quando DEUS o tiver oportunidade de sobre ele construir e realizar seu bom plano, Rm 12.2.
17.O diabo adora receber a culpa de nossas debilitações, pois com isto não conseguiremos enxergar  as nossas próprias debilitações na liderança que exercemos.
18.O Líder deve saber que o diabo é um opositor, mas não o nosso empecilho de realizar a vontade de DEUS, Its 2.18; At.17.9.
19.O Líder deve desfrutar do momento de realização de seu objetivo, e se preparar para uma nova tarefa de sua vida em DEUS. Sl 106.12-15.
O DESAFIO DE UMA LEDERANÇA EQUILIBRADA.
I- Líderes Determinados X Teimosos: Precisamos distinguir corretamente quando nossas posições seriam  pontos determinados, caracterizado pela certeza e convicção de suas intenções, por atos teimosos que não conseguirão alcançar o fim ou o objetivo desejado, como aconteceu com Reoboão filho do rei Salomão.
II- Líderes Flexíveis X Irredutíveis: O profeta Jeremias com o reinado de Josias possuía boa oportunidade para exercer o seu ministério, até que surgiam novos reis que o persegui devendo ele se adaptar a estas novas situações sem abandonar seus propósitos e comprometer seu ministério e de como deveria ser o profeta de JEOVÁ. Jr23.28-32; 12.5; Tg3.11.
III- Uma liderança entre Humildade X Tímida: O jovem pastor e discípulo de Paulo Timóteo sofria algumas intimidações devido sua condição ainda de jovem, mas por seu mentor era orientado a saber impor seu ministério. IITm1.7; Itm4.2.
IV- Um líder entre Compromisso X Comprometido: Queremos destacar que compromisso está acarretado uma questão mais sublime, quanto comprometimento está uma questão imprópria do líder já que ele exercerá sua função através de motivos não ideais aos seus liderados podendo realizar serviços que poderá prejudicar ao seu ministério.
V- O líder entre Templos X Impérios: Qual está sendo o motivo da construção dos atuais prédios dos cultos evangélicos ? Se for templos é para DEUS, se for impérios é para gloria pessoal.
VI- O líder entre O Mover de DEUS X O Mover do mundo : O líder movido por DEUS estará glorificando-O, movido pelo mundo está sendo sob perspectiva humana, cobiça, arrogância e principalmente confiando mais nas circunstâncias do que em DEUS.
VII- O líder entre Foco X Fragmentação: O apóstolo Paulo se apresentava como exemplo de atitude do líder no exercício ministerial, Paulo tinha  e agia com Foco. Quando o líder perde o seu foco ele entra em fragmentação, que o levará à dissolução Fp3.12-14.
VIII- O líder entre Declaração X Engano:  É triste observar ministérios vencidos pelo engano que muitos líderes adentraram, engano este que compromete até mesmo sua salvação, IICo2.17:IICo4.1,2: Itm4.16:Mt23.3; IICo3.13. Exemplo de Moisés e o véu.
IX- O líder entre A letra da Lei X Espírito de Vida:  IICo3.1-6, muitos líderes exercem sua liderança na intimidação, enquanto que pela força do Espírito conseguirá seus resultados mais positivo e elevar seus liderados a uma posição de ação pelo amor.
X- O líder entre o ministério da Reconciliação X Alienação: Estamos levando nossos liderados a um compromisso e uma glorificação pautada pela gratidão e pelo amor ou estamos aprovando uma liturgia que esquece estes aspectos, se estiverem podemos estar provocando alienados; IICo5.18-21.
XI- O líder entre Sacrifício X Sacrilégio: IICo6.3-10, uma liderança sob sacrifício busca agradar ao seu Mestre, sacrilégio é atravessar e desobedecer ao Senhor Lv10 Nadabe e Abiu.
XII- O líder entre Mobilização X Fossilização:  Lc24.46-47, líder mobilizado não se abate com as dificuldades e com as circunstâncias, o líder fossilizado está dominado e desmotivado pela aparências que surgem nos desafios do exercício constante.
XIII- O líder entre Sal do mundo X Estátua de sal : Nós como sal estamos agindo em benefício do mundo, estátua de sal um símbolo, um ícone do fracasso, do amor errado, o olhar errado, com a preocupação errada, uma lembrança da decisão que provocou nossa estagnação; Mt5.13;
A AUTORIDADE ESPIRITUAL DO LÍDER.
No momento em que estamos  exercendo nossa liderança surge alguns questionamentos da nossa função, se ele possui alguma autoridade e até mesmo se ela é realmente espiritual. Certa ocasião Jesus foi interrogado sobre que autoridade Ele estava realizando tais atos ou sobre sua pregação, neste momento Jesus interrogou sobre como estes homens encaravam o ministério de João Batista, a Bíblia deixa bem claro que eles não criam na autoridade do ministério de João Batista, e desta forma Jesus não deu explicações também de sua autoridade espiritual como líder, Mt21.23-27; A nossa autoridade espiritual muitas das vezes não será compreendida por algumas pessoas, mas nós devemos manter acesa nossa confiança n’AQUELE que nos comissionou no seu serviço.
A partir deste exemplo fica bem claro que, mesmo exercendo corretamente seremos questionados, segundo a autoridade espiritual é o respaldo necessário e decisivo para o exercício de nossas funções na Igreja.
Se alguém se manter independente e autoconfiante, não se sujeitar ou em dificuldade de se submeter á autoridade delegada por DEUS, esta pessoa corre o risco de jamais poder realizar a obra de DEUS na terra. As pessoas que estão em posição de autoridade são responsáveis pelo exemplo e instrução de outras pessoas no conhecimento de DEUS.
O líder na sua autoridade é responsável de ver o que os outros não viram e atingir o que os outros não atingiram. O que fazemos deve vir daquilo que aprendemos diante de DEUS, e o dizemos deve proceder daquilo que experimentamos com ELE. Não há autoridade exceto a de DEUS. Se nada vem diante de DEUS, então não temos absolutamente nenhumas autoridade  diante dos homens. Todo aquele de deseja que os outros se sujeitam à autoridade deve ele mesmo aprender a reconhecer a autoridade de DEUS. Pois DEUS nos convoca para representarmos sua autoridade, não para substituirmos, e o líder quanto mais perto uma pessoa se encontrar do SENHOR, mais claramente vê suas próprias falhas. Poderíamos destas forma declarar que inúmeras dificuldades que enfrentamos atualmente são ocasionadas pelos excessos que cometemos como ousadia abusiva, intransigência ou dominadores por demais, lembre-se o que nos faz diferente dos outros DEUS.
Davi, embora por sua unção que recebeu permaneceu por anos sob as mãos de Saul. Por isto não estendeu sua mão para instituir sua própria autoridade. Do mesmo modo, se DEUS designou capaz de suportar a oposição de outros. Mas se você não foi constituído por DEUS, qualquer esforço que fizer para estabelecer sua autoridade será dolorosamente fútil.
Assim quando sua autoridade for testada, não faça nada. Não se apresse, não lute, não fale por si mesmo. As pessoas não estão se rebelando contra você mas contra DEUS.

ACONSELHAMENTO PASTORAL
Introdução
Aconselhamento pastoral é um campo de estudo da prática clínica pastoral, e, o mais concordaria, como sendo uma vocação ou chamado que coloca o conselheiro ao serviço da outras. Sobre o tema parece que podemos levantar muitas perguntas sobre o exercício do aconselhamento pastoral. Por exemplo: Será que um conselheiro pastoral tem que ser um ordenado ministro ou deve o trabalho conselheiro pastoral em um ambiente de igreja? como funciona próprias crenças religiosas do conselheiro pastoral e sistemas de valores fator em o processo de aconselhamento? Qual é o objetivo global de aconselhamento pastoral ? Será que o conselheiro pastoral tem que estar preocupado com a evangelização? O aconselhamento pastoral é uso exclusivo aos membros da igreja ou podemos estender a pessoas não conversas? O Pastor deve estar disponível integralmente a igreja para servir como conselheiro, ou deve-se estabelecer dias e horários ao momento de aconselhamento?
Segundo Ruth Scheeffer, por aconselhamento se compreende “a relação face a face de duas pessoas, na qual uma delas é ajudada a resolver dificuldades de ordem educacional, profissional, vital e a utilizar melhor os seus recursos pessoais”.[8] O Aconselhamento Pastoral é “ uma dimensão da poimênica, é a utilização de uma variedade de métodos de cura (terapêuticos) para ajudar as pessoas a lidar com seus problemas e crises de uma forma mais conducente ao crescimento e, assim, a experimentar a cura de seu quebrantamento. O aconselhamento pastoral é uma função reparadora, necessária, quando o crescimento das pessoas e seriamente comprometido ou bloqueado por crises.”[9]
O aconselhamento Pastoral apresenta o conforto de Cristo, ajudando os outros em sua jornada em direção emocional, mental, espiritual e bem-estar físico (Lucas 2:52). O conselheiro, sendo treinados na arte e na habilidade de aconselhamento, bem como dos dogmas cristã, torna-se uma ferramenta na mão do Rei Jesus auxiliando todos os filhos de Deus na caminho da vida.
É imprescindível ao conselheiro pastoral ser treinado com uma formação técnica e ou profissional em aconselhamento ou do mesmo campo.
O conselheiro pastoral aprecia o mistério da pessoa.
O conselheiro pastoral é aquele que se aproxima de outras pessoas com uma  antropologia cristã, isto é, aquele que vê o cliente como vindo de Deus e volta para Deus.
O conselheiro pastoral é aquele que, modelado por Jesus, faz esforço concertado para atender os clientes em seu próprio nível no processo de "elevá-los" a uns maiores níveis de crescimento e maturidade.
O conselheiro pastoral incorpora e baseia-se em seu próprio fervor espiritual e sobre aqueles de pessoas santas que os inspiram pessoalmente. O conselheiro Pastoral procura ser fiéis a Escrituras e usar isso como um presente para auxiliar no processo de aconselhamento.
 O conselheiro pastoral baseia-se na sabedoria de suas tradições religiosas, que o ajuda os clientes a desenvolver o sentido de suas experiências de vida.
O conselheiro pastoral traz uma abordagem holística única de aconselhamento, servindo a pessoa de forma total e plena. O conselheiro pastoral vê todos os aspectos da pessoa humana, explorando as necessidades espirituais do indivíduo. Junto com os recursos disponíveis para todos os conselheiros, o conselheiro pastoral também depende da orientação do Espírito Santo reconhecendo a sua presença no processo de aconselhamento. Conselheiros pastorais, acima de tudo, reconhecer que eles próprios têm sido consolados por Deus e por sua vez pode confortar outros como um curador ferido. O Apóstolo Paulo declarou: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que sejamos capazes de confortar aqueles que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus." Através de uma continuidade de oração, estudo bíblico e comunhão cristã, o conselheiro pastoral reenergizado permite Deus ministrar a ele ou a ela, tornando-os capazes de confortar outros.
O conselheiro pastoral é colocado em uma posição de privilégio e responsabilidade devendo exibir um coração misericordioso, compassivo de Jesus ao ferido e partido. Portanto, o conselheiro está vinculado a sua convicção de fé para tratar com respeito e dignidade, em Deus, não importa as condições sociais, econômicos, ou idoneidade moral. Assim como Jesus ministrou aos pobres e os ricos, e o pecador, bem como a santos, o conselheiro pastoral segue o exemplo de nosso Senhor. Ao todo, o conselheiro pastoral reconhece a sua própria dependência do Cruz e a mão estendida de misericórdia. O conselheiro pastoral preza o sacrifício que Jesus fez por toda a humanidade, mostrando o valor da pessoa humana. O pastor conselheiro, então, vê toda a humanidade como tendo valor e significado por causa da Cruz. Mas devemos ressaltar que aconselhar não é conivência ao pecado, antes repudiá-lo, e mostrar o caminho da autoconfissão e buscar o perdão em Deus.
O Senhor tem uma grande preocupação para o seu povo. Sua tão grande  salvação não está vinculada apenas sobre a eternidade, mas também sobre esta vida, aqui e agora. Devido a isso, ele nos deu a sua Palavra e nela encontramos  todas orientações para uma vida, que será para a sua glória e para o nosso bem.
O povo do Senhor são frequentemente chamados a suportar muitos dos problemas enfrentados igualmente por homens e mulheres não conversos. Contudo a diferença entre o cristão e o homem ou a mulher do mundo está em nossa atitude para com os traumas da vida, mas não significa que as questões existenciais não venha nos enfraquecer, por isto o aconselhado deve ser orientado segundo as Escrituras, e se aprumar nela para superação de seus momentos difíceis.
É preciso que o pastor seja hábil intérprete da Palavra e hábil interprete de pessoas, se ele quiser ser efetivo no ministério. "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Cl 3.16). O obreiro recebeu a missão de presidir e admoestar o rebanho de Jesus o Sumo Pastor (lTs 5.12,17; Hb. 13.7,17), e ajudar as ovelhas machucadas, desviadas ou até mesmo as rebeldes a se reabilitarem. Aconselhamento é algo mais do que encorajamento. Aconselhar é infundir esperanças, levando-o a encontrar as respostas de Deus para os seus problemas.
A ASCENSÃO DO ACONSELHAMENTO PASTORAL
O "pai fundador" melhor conhecido do movimento de aconselhamento pastoral provavelmente foi Anton T. Boisen, um ministro e escritor que, durante os primeiros sessenta anos da sua vida longa, passou por certo número de colapsos psicóticos, três dos quais levaram à sua hospitalização em instituições para doenças mentais. Como resultado destas experiências, Boisen tirou a conclusão de que a igreja estava negligenciando o campo da saúde mental, e veio a interessar-se na necessidade de treinar alunos dos seminários para trabalhar com os doentes mentais.
Começando com apenas uns poucos estudantes, Boisen começou um programa de treinamento, pouco organizado, para seminaristas no Hospital Estadual de Worcester, em Massachussets. A partir deste começo simples, "Clinicai Pastoral Education" (CPE = Educação Clínica Pastoral) cresceu até ficar sendo uma disciplina altamente organizada que providencia treinamento supervisado em aconselhamento para seminaristas e conselheiros pastorais.
Nas décadas de 1930 e 1940, quando numerosos seminários estavam acrescentando treinamento pastoral clínico aos seus currículos, as faculdades teologicamente conservadoras estavam reagindo com ceticismo — ceticismo este que permanece até ao tempo presente. Desde seu início, a CPE parecia ser um movimento teologicamente liberal, e este fato, juntamente com uma desconfiança geral da psicologia, foi sem dúvida a causa de os evangélicos conservarem-se separados da corrente principal da CPE. Embora não endossassem de modo algum a teologia da CPE, os psicólogos cristãos Clyde Narramore e Henry Brandt demonstraram que era possível uma abordagem bíblica ao aconselhamento, e alguns evangélicos começaram a perceber a relevância da psicologia à educação teológica. Agora, a maioria dos seminários e institutos bíblicos conservadores tem cursos de aconselhamento pastoral, e algumas destas instituições até mesmo têm departamentos altamente desenvolvidos de psicologia e aconselhamento pastorais. O contato evangélico com a CPE permanece sendo mínimo, no entanto, e ainda não há abordagens bíblicas claramente delineadas ou de larga aceitação, quanto ao processo do aconselhamento.
Definição do aconselhamento bíblico:
1) Alvo: o alvo do aconselhamento é nos levar a um ponto de maturidade. “Teleios”: plenitude, maturidade, fato de ser inteiro, completo e maduro em Cristo. Cl 1:28; Hb 5:14; I Jo 2:5.
2) Parákletos: idéia de consolação (II Co 1:3,4 / At 13:15); exortação (Hb 3:13); oração (Fp 1:9) Alguém que é chamado para estar ao lado de outrém para ajudá-lo com seu conselho. Estar ao lado define bem o aconselhamento bíblico. Construir um relacionamento de ajuda. É animar, encorajar, confortar e trazer a esperança que mudança é possível.
3) Nouthésis: Admoestar; Exortar; ensinar e repreender - Esta palavra indica um obstáculo que há e que deve ser vencido. (Tt 2:15; I Ts 5:11).
Existe diferença entre os distúrbios emocionais e problemas espirituais. Os problemas emocionais são causados por traumas vivenciados principalmente na infância que precisam ser tratados. Os problemas espirituais são oriundos de um padrão pecaminoso que contribui para o desencadeamento de uma crise. Em geral inicia-se com aspectos como: culpa, autocomiseração, ira, descontrole emocional, etc..
Não devemos confundir a natureza pecaminosa que herdamos que deu origem às doenças de uma forma geral (Rm. 3.23), com pecados cometidos no dia a dia. Qualquer pessoa que viveu alguma situação traumática poderá Ter problemas emocionais, independentemente da sua condição espiritual.
Problemas espirituais não se resolvem com psicoterapias ou com uso de psicotrópicos, mas com a Palavra de Deus, que "penetra até a divisão da alma e do espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração" (Hb. 4.12b). Eis a necessidade de conselheiros cristãos - pessoas qualificadas, com formação específica, que manejem bem a palavra de Deus e tenham um amplo conhecimento da personalidade humana.
Ninguém melhor do que o pastor para atuar como um conselheiro. O senhor Jesus lhes deu autoridade para presidir e admoestar o seu rebanho. (lTs 5.12,13; Hb. 13.7,17). Por essa razão, se faz necessário o ministro ocupar parte do seu tempo no trabalho do aconselhamento. Mas nem todo pastor está habito a prestar aconselhamento, seja por imaturidade, ou desconhecer corretamente as Escrituras, ou não possuir habilidades cognitivas primárias do processo de aconselhamento. Por isto pode-se pedir ajuda de profissionais, seja ara orientar, como para realizar tal processo, mas devemos lembrar que tal recurso deve ser feita com juízo crítico bíblico, e de alguém formado na área, mas com deslumbre bíblico.
Frente a essa realidade, como ministros do evangelho, escolhidos por Deus para uma tão sublime missão de apascentar o rebanho do Senhor Jesus - o Supremo Pastor - como deixar as ovelhas de Cristo a mercê de seus próprios problemas, que deixam às vezes, o manancial de águas vivas, e cavam para si cisternas rotas, que não retêm água? (Jr. 2.13). Quando um problema não é bem tratado as pessoas envolvidas podem sofrer drásticas consequências. A maioria dessas pessoas não consegue se erguer e carregarão para o resto de suas vidas um estigma de alguém que fracassou e não tem mais o direito de ser restaurada. O líder deve considerar os seus problemas como fatores potenciais para o crescimento. A adversidade pode significar avanço. (Fl. 3.13,14).
Procure compreender a si mesmo e assim será capaz de compreender o outro. Resolva primeiro os seus conflitos interiores para não subir ao púlpito cheio de tensões e medos. Ou carregado de uma visão estereotipada, preconceituosa, impondo ao rebanho aquilo que no fundo não consegue viver ou fazer. Devemos descer do pedestal e reconhecermos, o fato de que somos frágeis e, como obreiros, estamos sujeitos a quebrar como vasos de barros. Assim aconteceu ao homem, segundo o coração de Deus, Davi (SI 89.20). Busque ajuda quando se fizer necessário. Descubra a razão dos seus problemas e tente solucionar todos os seus conflitos.
Para aconselhamento, devemos, portanto, manter em mente o seguinte:
• Jesus Cristo é o meio de mudança. Acreditando que o seu evangelho pode mudar as respostas dos nossos corações. Toda a sabedoria teórica e conselhos práticos em aconselhamento deve conduzir a um relacionamento com Jesus Cristo através da fé.
• Jesus Cristo é o objetivo da mudança. Exibindo sua personalidade, Jesus é o modelo de maturidade que nós almejamos. Circunstâncias não podem mudar e problemas não podem ir embora através de aconselhamento vazios e sem esperança, mas Deus promete o poder de responder de maneira que venha a refletir a obediência confiante de seu Filho.
A equipe de apoio
Havendo uma grande demanda o pastor poderá ampliar o atendimento escolhendo obreiros auxiliares, capacitados para o aconselhamento, para fazerem parte do programa de atendimento.
As ovelhas não podem ficar sem assistência por falta de espaço na agenda do pastor. A equipe de apoio deve estar em sintonia com o pastor para que não ocorram choques na maneira como os problemas são tratados. Essa equipe deve ser formada, preferencialmente de pessoas que fazem parte da liderança da Igreja.
Quem trabalha com o aconselhamento precisa possuir as seguintes virtudes: bom caráter, competência, vida espiritual saudável, bons antecedentes, conhecimento teológico e, sobretudo, conhecimento sobre a personalidade humana.
Atualmente deve-se obter e motivar na membresia formação em educação, psicologia ou psicanálise, direito, para as demandas generalizada no mundo atual, principalmente no Brasil devido sua enorme condição social, econômica e política.
Há diversas maneiras de se desenvolver um programa de orientação na Igreja. Apresentamos apenas algumas sugestões que podem lhe ajudar a criar este serviço na sua Igreja.
1) Aconselhamento
Uma das atividades fundamentais desenvolvidas por meio do Serviço de Orientação é o aconselhamento. Este pode ser realizado de diversas maneiras: aconselhamento individual, para casais, familiar ou coletivo. O líder e/ou a equipe de apoio precisa de uma preparação específica para realizar este tipo de trabalho.
2) Palestras
Outra forma de proceder a orientação é através de palestras, seminários ou simpósios sobre temas específicos como: namoro, relacionamento conjugal, a disciplina no lar, saúde, cidadania, etc. É importante estabelecer sempre um painel para perguntas, sendo encaminhadas para aconselhamento as pessoas que desejam respostas sobre sua vida particular ou familiar.
3) Cursos
O Serviço de orientação deve alcançar os jovens da Igreja promovendo cursos de preparação para o casamento, com direito a consulta a especialistas na área da saúde. A Igreja pode estabelecer esse curso como pré-requisito antes do casamento. Há outros cursos que podem ser desenvolvidos com casais, líderes, professores da EBD, etc.
4) Acampamentos
Uma maneira eficaz de realizar o Serviço de orientação é por meio da realização de acampamentos ou retiros, abrindo espaço nestes para debates sobre temas específicos. Se possível convidar pessoas especializadas como psicólogos (cristãos), médicos, professores, administradores de empresa que possam orientar os adolescentes, jovens, casais, líderes, etc. sobre a sexualidade, a vida conjugal, a vida emocional, a carreira profissional, entre outros.
Questões básicas do aconselhamento
O aconselhamento bíblico vai além das preocupações psicológicas à (1) transformação do coração humano por meio de Cristo para que a verdade, o amor e as boas obras de Deus tenham efeito completo visando à maturidade individual e coletiva e (2) ajuda para todos os homens a fim de que a verdade, o amor e as obras de Deus sejam conhecidos por todos. Assim, o aconselhamento bíblico se baseia na redenção consumada e aplicada e, para que a proclamação da fé tenha efeito pleno, trabalha também com a redenção pregada, isto é, com os aspectos doutrinários e éticos da redenção.
As seguintes breves respostas às questões levantadas no início deverão nortear o nosso pensamento à medida que prosseguirmos neste estudo.
(1) Quem é o homem? O homem é um ser criado por Deus de modo analógico, isto é, criado segundo a imagem de Deus. Deus é pessoal, trino, infinito e soberano, transcendente e imanente, justo e bom, e redentor; o homem é pessoal, um, finito e dependente, imanente e autotranscendente (até certo ponto), criado bom, mas caído, e redimível.
Roger E Hurding, procurando construir uma perspectiva bíblica da nossa humanidade, destaca quatro aspectos que deveriam ser considerados em qualquer antropologia que pretenda ser bíblica: o ser humano tem supremo valor (em função de sua criação especial e de suas relações especiais), é uma unidade viva, sofre relacionamentos quebrados, e é restaurável.
(2) Como é o homem? O homem apresenta uma dualidade ontológica, uma pluralidade funcional e uma unidade compreensiva. A Bíblia não divide o homem em partes como corpo, alma e espírito, ou mente, sentimentos e vontade. A pessoa é uma totalidade de corpo, alma, espírito, coração, etc. Quando alguém pergunta sobre a separação "pó ao pó" e "o Espírito a Deus", ela confirma que essa separação é o resultado do pecado  quando ocorre a separação sobrevém a morte, e a ressurreição é a reunião de corpo e alma e espírito.
(3) Qual o presente estado do homem? O homem é hoje o mesmo homem criado por Deus, mas sua condição não é a mesma da criação. A Bíblia diz que ele está morto em seus pecados e que a vida que ele ainda tem é vivida num ambiente de morte, isto é, de rebelião contra Deus, seus pensamentos são reversos quanto a Deus e à Criação e ele experimenta uma inversão total dos sentidos quanto aos propósitos de Deus para si mesmo.
(4)       Qual o problema básico do homem? Quando conselheiros bíblicos dizem, em coro com a Escritura, que o problema básico do homem é o pecado, contra eles se levantam vozes dissonantes vindas de pontos diferentes. Há outros problemas, dizem, com um pouco de razão. Nem todos os problemas são consequências imediatas do pecado de alguém, mas certamente são consequências do pecado de Adão, quer perpetrado por um indivíduo contra ele, ou vindo de um mundo caído, permeando todos os seus problemas.
Como o homem poderá ser ajudado? A redenção consumada pelo Senhor Jesus na cruz em favor de muitos supre a necessidade que todos temos de sua imagem, sua glória. A glória de Deus é demonstrada em graça àqueles que são chamados e em ira para com os réprobos. Desse modo, a ajuda é oferecida ao homem pela pregação do evangelho para que ele creia e se arrependa a fim de que seja salvo. A salvação tem diferentes aspectos: a própria salvação (santificação pela justificação), crescimento na salvação (santificação progressiva baseada na justificação) e a salvação a ser revelada (glorificação).
Sugiro o livro de Richard Foster, Celebração da Disciplina, para uma discussão mais completa dos interiores, disciplinas para fora, e corporativos. Sugiro também o livro de Dallas Willard, O Espírito das disciplinas: Noções básicas sobre como Deus muda vidas.
TIPOS DE ACONSELHAMENTO [10]
As Terapias Diretivas: Nestas abordagens, o conselheiro é visto como perito que faz o diagnóstico e a análise do problema, às vezes define ou categoriza o comportamento, e decide sobre soluções para o problema do aconselhando e, de várias maneiras, comunica estas soluções ao aconselhando. Para o behaviorista há pouca ênfase sobre os sentimentos ou o pensamento. Toma-se por certo, pelo contrário, que os sintomas são o problema, e que o único tratamento eficaz é a mudança do comportamento ou ações através de técnicas derivadas dos laboratórios dos pesquisadores psicológicos.
Terapias Permissivas: O conselheiro aqui pode ver-se como perito em lidar com problemas pessoais, mas sua tarefa não é fazer diagnósticos, receitar soluções, ou fazer o tratamento das pessoas. Pelo contrário, o conselheiro é um facilitador que estimula as pessoas a solucionarem seus próprios problemas e que cria um ambiente permissivo em que pode ser solucionado o problema e ocorrer o crescimento pessoal. O conselheiro escuta enquanto o aconselhando-cliente fala, resume o que foi dito, e procura identificar o que o cliente está sentindo. Toma-se por certo que o cliente finalmente chegará à compreensão de seu próprio comportamento, e tomará as medidas necessárias para mudar-se.
Terapias de Interação: Este termo descreve o aconselhamento em que o conselheiro e o aconselhando interagem juntamente mais ou menos como iguais. O terapeuta da realidade não nega os sentimentos ou o comportamento, mas encoraja o aconselhando a focalizar sua atenção na realidade presente, e a fazer planos para o futuro que o ajudarão a se sentir amado, capaz de amar, e com mais valor como ser humano.
O Aconselhamento Noutético: Esta é uma abordagem diretiva que em muitos aspectos é semelhante à terapia racional-emotiva de Albert Ellis. Embora tenha sido criticado por muitas das suas conclusões, Jay Adams em seu livro ‘Conselheiro Capaz’ nem por isto deixou de procurar edificar um sistema de aconselhamento que começa com a Escritura e é construído com base nela. Poucas outras pessoas foram tão corajosas ou criativas ao ponto de tentar semelhante tarefa. No começo do seu livro, Adams declara que seu método tem pressuposições. "Aceito francamente a Bíblia inerrante como o Padrão de toda fé e prática," escreve ele. Portanto, “as Escrituras constituem a base, e contêm os critérios segundo os quais procurei emitir todo juízo”.[11]


[1] WILLAIME, Jean-Paul. Do problema da autoridade nas igrejas protestantes pluralistas.
[2] Ex 18,13-27 é interessante observar que embora o povo de Israel não estivesse completamente organizado, Moisés, ainda que influenciado pelo seu sogro, parece ser o primeiro a ordenar chefes no meio do povo, descentralizando o poder e reconhecendo a necessidade da hierarquia.
[3] NOCKE, Franz-Josef in SCHNEIDER, Theodor (Org.). Manual de Dogmática. Vol. II. Petrópolis: Vozes, 2000.
[4] ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997.
[5] ERICKSON, Millard J. Introdução à teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997.; GRUDEM, Wayne A. Teologia sistemática. São Paulo: Vida, 1999;  Também Grudem apresenta 12 metáforas ou imagens sobre como a Igreja pode ser vista na BíbliaLANGSTON, A. B. Esboço de Theologia Systematica. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Baptista, 1927; Langston, no NT, encontram-se presentes as duas naturezas da Igreja. A Igreja como organismo consiste no Corpo de Cristo que se identifica com o Reino de Deus, porém não é o Reino; e a Igreja como organização é constituída por membros regenerados por Cristo.
[6] Ex 12,1-34 é interessante observar como na última ceia Cristo reúne os elementos fundamentais que faziam parte da antiga aliança, a saber: o pão, representando os ázimos; e o vinho, simbolizando o sangue aspergido sobre os umbrais das portas a fim de que o destruidor não ferisse os primogênitos dos israelitas.
[7] Amorese, Rubem Martins. Icabode; da mente de Cristo à consciência moderna;— Viçosa : Ultimato, 1998.
[8] SCHEEFFER, Ruth. Aconselhamento psicológico. 7.ed. São Paulo: Atlas, 1993,
[9] CLINEBELL, Howard. Aconselhamento pastoral. Modelo centrado em libertação e crescimento. 2.ed. São Paulo: Paulus; São Leopoldo: Sinodal, 1998.
[10] Para uma discussão destas quatro funções ver W, A. Clebsch e C. R. Jaekle, Pastoral Care in Historical Perspective (Englewood Cliffs, Nova Jérsei: Prentice-Hall, 1964).
[11] Jay Adams, “Conselheiro Capaz” Editora Fiel, São Paulo, 1977.

3 comentários:

  1. Olá. Por favor como falar com um de vocês? tem como me mandarem um email? marinetedagloria2@hotmail.com

    Desde já agradeço.

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    1. Paz, desculpa o atraso, rossiaguiar.2013@gmail.com

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    2. Eu abandonei meu blog por um tempo, por diversos motivos. Mas estamos voltando para reativar.

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