LIDERANÇA E ACONSELHAMENTO
PASTORAL
LIDERANÇA
CRISTÃ
INTRODUÇÃO.
Não há uma
pessoa que não esteja de alguma forma sob a liderança de alguém, a presença de
uma liderança é um ponto indiscutível, seja até mesmo no lar há a presença de
alguém liderando ou conduzindo-a, em um grupo de pessoas alguém sempre se
destacará na liderança, seja até em um passeio para se divertir. Em uma
organização na sua formação, um líder será apresentado para representa-la, e
até mesmo com validade jurídica.
Na Bíblia podemos
também verificar que em cada época havia uma necessidade da existência de um
líder, principalmente a situação em a nação de Israel se encontrava ou pelo
problema que estava sofrendo, surge alguém para conduzi-la e a se organizar a
fim de superar estes desafios que, de alguma forma, os estava prejudicando.
Existe um livro
da Bíblia que caracteriza bem esta afirmação que estamos apresentando, é o
livro de Juízes, a ausência de um líder era um sinal de seus declínios e de
perdas, fosse político, militar e até mesmo espiritual. Na referência 2.10, diz
assim “E depois toda aquela geração se reuniu a seus pais; após ela surgiu
outra geração, mas esta não tinha conhecimento nem ao Senhor, nem à sua obra
que ELE realizara em favor de Israel”, lemos também 21.25 “Naqueles dias não
havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto ao seus olhos.” Por
isto DEUS levantou juízes mas isto não foi o suficiente, Jz2.16,17. “Então o
SENHOR levantou juízes, mesmo assim eles não quiseram ouvir os juízes.” A falta
ou ausência de liderança provocará uma ‘anarquia’ política , social e também
religiosa.[1]
Com esta
introdução queremos demonstrar em primeiro lugar que na igreja a liderança é
algo pertinente como instituição e como organização espiritual também. Em segundo
lugar o ofício de liderar não é uma tarefa fácil, mesmo com a aprovação divina,
e por ELE chamado e qualificado para conseguir este exercício.
Atualmente
existe um desejo de liderar ou ser líder na igreja por motivos que nos deixa
assustados, alguns buscam a liderança pelo status, outros por vaidade, alguns o
poder pelo poder, líderes sem propostas espirituais, líderes sem perspectiva de
estabelecer algo que a igreja necessita e que ele tem ou possui os meios deste
resgate. Não, pessoas desejam liderança para promover um continuísmo, a fim de
impor seu autoritarismo egocêntrico, sem se preocupar em uma re-leitura da
sociedade atual, do novo modelo cultural em que estamos inseridos, o propósito
deste trabalho é firmemente denunciar este sentimento errado de se desejar
liderar nossas igrejas, precisamos de uma liderança transformadora, renovada,
resgatar a credibilidade espiritual de nossos cultos, trazer a relevância e a
reverência de uma vida cristã atual, tornar a preocupar nossos membros a
exercer uma espiritualidade bíblica, realizar a vontade de DEUS com amor e
paixão pelas almas em pecado, resgatar uma utopia cristão, um idealismo
evangelístico. E tantas outras coisas.
Uma liderança
transformada e comprometida, com as questões bíblicas, conseguirá transformar a
atual situação.
O Desenvolvimento da Autoridade nas Escrituras
Pode-se
verificar que desde o AT, o princípio de autoridade já estava presente no meio
do povo de Deus. Ela não foi uma invenção das comunidades cristãs. O AT
reconhecia a autoridade de Profetas e Profetisas (Cf. Ex 14.10-14; 15.20;
17,1-7; Dt 18.15; 34.10; Jz 4.4; 1Sm 7.8; 2Rs 22.14; Is 6.8; 61.1-3; Jr 1.4- 7;
Ez 2.1-5), Sacerdotes (Cf. Ex 28; Lv 8,1ss), Juízes (Cf. Ex 18.13-27[2];
Jz 2,16.18), Reis (Cf. 1Sm 8.5; 12.1; 15.1; 16.1.12-13; 2Sm 2,7; 1Rs
1.34,39,43,48), e todos instituídos por Deus com a missão de falar, conduzir e
julgar o Seu Povo.
De fato, os reis
e os sacerdotes assumiam um papel mais importante. Os reis recebiam a
incumbência de apascentar o povo de Deus (Cf. 2Sm 5.2). Eles intercediam pelo
povo perante Deus (Cf. 1Rs 8.30-54) e representavam Deus presente no meio do
povo (Cf. Is 7.14) . Eles tinham o poder de abençoar o povo em nome de Deus
(Cf. 2Sm 6.18; 1Rs 8.55). De acordo com Franz-Josef Nocke, a sua ordenação era
entendida como uma ordem direta do próprio Deus, mediante atos simbólicos (Cf.
1Sm 10.1; 2Sm 2.4 – unção; Sl 110.1; 132.11 – entronização), em que Deus
realizava a sua eleição (Cf. 1Sm 10.1; 16.13) [3].
Com efeito, os
sacerdotes possuíam algumas funções semelhantes aos reis, como abençoar o povo
em nome de Deus (Cf. Nm 6,22-27), mas, também, exerciam outras funções
diferentes, a saber: oferecer sacrifícios (Cf. Lv 1-7); instruir o povo (Cf. Lv
10.11); observar as leis de purificação (Cf. Lv 13); realizar os serviços no
santuário (Cf. Lv 24.3-9); e, até, as funções de juiz (Cf. Dt 17.8- 13). Porém,
havia uma peculiaridade em relação ao ministério sacerdotal. Ele estava
reservado apenas aos filhos de Aarão da tribo de Levi (Cf. Ex 28).
Aos profetas
cabia a interpretação dos sinais, bem como, o anúncio das mensagens divinas.
Não aqueles do templo, que eram pagos para profetizar, mas, os profetas de Deus
que advertiam aos reis contra os enganos, às vezes, arriscando as suas próprias
vidas (Cf. Is 8.18; Jr 16.1-13; 32.1-15). Contudo, profetizavam pela sua
própria vocação divina (Cf. Jr 1.4-5; Am 7.14-15). E, por fim, os juízes, eram
levantados por Deus em um período em que “cada um fazia o que queria” (Jz 17.6;
21.25), para livrar o povo de Israel das mãos dos seus opressores (Cf. Jz 2.16.18).
Assim como no
AT, também no NT, o princípio de autoridade foi instituído por atos divinos,
Jesus foi considerado profeta (Cf. Mc 6.4; Lc 24.19; Jo 6.14). Isso implica
dizer que Jesus tinha como missão principal proclamar o Reino de Deus (Cf. Mc
1.14-15; Mt 4.12-17; Lc 4.14-15). Jesus recebeu todo poder no céu e na terra e
o concedeu aos seus discípulos para cumprirem essa missão (Cf. Mc 16.15; Mt 28.18-20).
De acordo com Millard Erickson, Cristo não somente concede, mas transmite essa
autoridade aos seus discípulos e a Igreja, por intermédio do Espírito Santo [4].
Os discípulos não foram enviados por seu próprio poder. A partir dos Evangelhos
(Cf. Mc 3.13-19; Mt 10.2-4; Lc 6.12-16) e também de Atos (Cf. 1.13), pode-se conferir
a eleição dos discípulos feita por Cristo. Cristo os comissionou (Cf. Mt 28.18-20).
Ele é o Senhor da Igreja, foi Cristo que a edificou para Si (Cf. Mt 16.18). Ele instituiu a Igreja como o
novo “Povo de Deus”, o “Corpo de Cristo”, o “Templo do Espírito”[5],
através da nova aliança (Cf. Mc 14.22-25; Mt 26.27-28; Lc 22.15-20; 1Cor 11.23-25)
[6].
Jesus Cristo confiou o governo da Igreja aos seus apóstolos a fim de que estes
continuassem fazendo discípulos de todas as nações (Cf. Mt 28.18-20), e edificassem
o seu Corpo (Cf. 1Cor 14.4.5.12; Ef 4.12). Cristo chamou para Si todos aqueles
que Ele quis (Cf. Mc 3.13). De acordo com o evangelista Marcos, Jesus chamou os
seus discípulos para estarem com Ele, aprenderem Dele e receberem Dele o poder
para pregar a Boa Nova de salvação e a autoridade para expulsar demônios (Cf.
Mc 3.14-15). De fato, parece que Cristo concedeu a Pedro supremacia em relação
aos demais discípulos (Cf. Mt 16.18-19), pedindo-lhe que confirmasse a fé dos
seus irmãos (Cf. Lc 22.32), e o mandando apascentar as suas ovelhas (Cf. Jo 21.15-17).
Porém, conquanto se reconheça que na Igreja apostólica, houvesse uma
hierarquia: Pedro, os Doze, os outros apóstolos, Paulo, e outros homens com
diversas funções, e que exerciam ainda que em segundo plano, parte ativa no
ministério hierárquico, não parece seguro afirmar que a hierarquia já estivesse
instituída. Ele também delegou o mesmo poder a todos os discípulos e também a
Igreja (Cf. Mt 18.17-18; Jo 20.23). Ou seja, não está claro que Jesus Cristo
quisesse enfatizar a necessidade de um líder eclesiástico soberano acima de
todos, o que caracterizaria um modelo de autoridade monárquico. Todavia, ao que
parece, o modelo de autoridade pretendido por Jesus, apesar de conter o aspecto
hierárquico, era um colegiado: “Como o Pai me enviou também eu vos envio” (Jo
20,21) e soprou sobre todos eles o Espírito Santo (Cf. Jo 20,22).
Dessa forma,
entende-se que todos os apóstolos deveriam cooperar para o pastoreio da Igreja
de Cristo. Ao que parece, Cristo enviou os seus discípulos a fim de que eles
dessem continuidade à missão que o próprio Jesus recebera do Pai. A missão dos
discípulos consistia, sobretudo, em proclamar a Boa Nova de salvação, pois “o
Reino de Deus já chegou a vós” (Mt 12.28).
Todavia, Cristo
sabia que os seus discípulos e, posteriormente, a sua Igreja jamais teriam
condições de cumprir essa missão, sozinhos. Por isso, determinou que eles
aguardassem em Jerusalém, a descida do Espírito (Cf. Lc 24.49; At 1.4). E,
avisou-lhes de que receberiam o poder do Espírito (Cf. At 1.8). Com a descida do
Espírito Santo, no Dia de Pentecostes (Cf. At 2.1-13), a promessa de Jesus Cristo
aos seus apóstolos foi cumprida e, historicamente, a Igreja foi concretizada.
Mais do
que isso, todo poder e autoridade que haviam sido dados a Jesus no céu e sobre
a terra (Cf. Mt 28.18) e transmitido aos seus discípulos, por conseguinte, foi estendido
a toda Igreja de Cristo (Cf. At 15.23-29; 1Cor 6.2-4; 12.28; Ef 4.11-16).
Ademais, para
que a missão fosse cumprida até que Jesus voltasse (Cf. 1Cor 1126), fazia-se
necessário que outros apóstolos trabalhassem em conjunto com o grupo dos Doze.
Isso pode ser comprovado no NT com o surgimento de outros homens que passaram a
ser reconhecidos com o título de apóstolos: Paulo (Cf. 1Cor 15.9); Barnabé,
Judas e Silas (Cf. At 14.14; 15.22); Silvano e Timóteo (Cf. 1Ts 1.1); Tiago de
Jerusalém (Cf. Gl 1.19) Andrônico e Júnia (Cf. Rm 16.7). Com efeito, as Igrejas
cristãs primitivas reconheciam a autoridade apostólica concedida por Cristo, a
ponto dos apóstolos administrarem os bens na comunidade cristã (Cf. At 2.44-45;
4.34-35; 5.12-13). Dessa forma, foram surgindo vários líderes eclesiásticos com
a responsabilidade de conduzir a comunidade que, historicamente, originou-se do
povo de Israel e pertencia a Deus e Deus a ela; formada por aqueles que foram
batizados em nome de Cristo, celebravam o seu corpo eucarístico e entendiam que
Ele era a única Cabeça; e, que foram agraciados com os dons do Espírito,
recebendo Dele poder para ser sinal de Deus na terra Seja como for,
evidentemente, o princípio de autoridade nas Igrejas cristãs é imprescindível
para que essa possa cumprir sua missão. Contudo, não se deve desprezar a
realidade social que a cerca. Isso implica dizer que não cabe a hierarquia das
Igrejas impor regras e normas, ou responder a perguntas que a sociedade não
fez. Ao contrário, as hierarquias têm a responsabilidade de procurar respostas,
juntamente com a sociedade, às crises e aos sofrimentos que a humanidade
enfrenta. As Igrejas devem ser o sinal de Deus na história concreta.
Para tanto, elas
devem considerar as realidades humana, social, política, teológica e espiritual
que as cercam. Mais do que isso, uma eclesiologia que não atenta para um
contexto histórico-social, teológico e para a ação do Espírito Santo, mediante a
fé, deixa de ser sinal de Deus presente e atuante na terra, e o que é pior,
perde a sua autoridade.
Todavia, o
reconhecimento da autoridade eclesiástica, bem como, das hierarquias não deve
restringir, limitar ou extinguir a ação do Espírito (Cf. 1Ts 5.19). Além disso,
não se deve esquecer que Cristo é o Senhor da Igreja, que o Espírito Santo
continua soprando sobre ela, e que a hierarquia é necessária para conduzir a
Igreja de Cristo. A autoridade eclesiástica é proveniente de Cristo. E a ênfase
recai sobre a comunidade de fé que existe concretamente pela ação do Espírito
Santo
UMA CRISE DE
AUTORIDADE.
Atualmente hoje
estamos presenciando uma crise de diversos aspectos na liderança ou no nosso
ofício nas igrejas, podemos destacar um princípio de que a nossa sociedade com
sua atitude pragmática, tem influenciado profundamente esta liderança,
permitindo o surgimento de aproveitadores da situação, pois hoje cada vez mais nas
membresia busca-se um líder que lhe diga ou lhe ofereça resultados imediatistas,
instantâneo, sem se preocupar com a verdade sobre quem o está liderando. Outro
ponto são as chamadas membresia ‘órfãs’ o líder é um ausente nas vidas e nos
processos de seus membros, ao ponto de lhe dar um ofício de não contrariedade
aos seus membros, algo bem utilitário, abandonando o pastoreio pessoal e personalizado.
Desta forma o líder ou pastor abandona uma liturgia
espiritual e direcionada a DEUS, para algo mais ao agrado de seu membro, ou do
cliente religiosos, já que ele paga o dízimo, transformamos o nosso culto em
‘programas gospel’. Desta forma pastores se transformam em prestadores de
serviço, antes o que era congressos de pastores está se transformando em
palestras de tendência mercadológica, simpósio de marketing, tudo a fim de
agradar seus consumidores. Também como conseguir aumentar suas receitas e a
frequências em seus cultos de ouvintes, também método de se tirar uma boa
oferta para aumentar a receita da igreja, planos de satisfação pessoal, o que
antigos chamavam de ‘busca de DEUS’, agora estes membros tem o direito de se
queixar no procon ou em programa de televisão.
Como afirmou
Rubem Amorese crise de autoridade é também crise de submissão, uma consequência
da crise de amor,[7]
a despeito das inovações e das tendências deste mundo precisamos colocar a
nossa liderança segundo os padrões da Bíblia, não podemos permitir que a
sociedade e suas manias nos pressione de como exercer nosso ministério, quando
for necessário ceder cederemos, mas quando alguma coisa não estiver correta a disciplina deve ser o meio pelo
qual iremos corrigir para se acertar, não vamos ficar com medo de perder os
membros que frequentam nossos cultos , no final é ele que está cedendo de forma
errada e é o ministro quem dará a DEUS por sua tarefa e mordomia da sua
liderança.
ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS DA CHAMADA MINISTERIAL:
A chamada
ministerial é totalmente licenciada por DEUS :
Hb. 5.4 ; Mt4.19 ; At13.2 Através destas passagens fica bem definido que
ninguém pode se auto intitular ministro ou exercer alguma liderança sem que
reconheça ser antes uma escolha divina.
A chamada para o
ministério é personalizada (Gl 2.7-9). Cada ministro possui um ministério
definido e seu grupo tem definido por DEUS a exercer seu ministério.
A chamada para o
ministério é uma realidade espiritual: Somente pessoas de condição espiritual
bem definida poderá enxergar a sua chamada, é a descoberta e o desejo de exercer o seu ministério até mesmo no sua
plena função ministerial. Is 6.7,8.
A chamada
ministerial é um ato soberano; Ninguém tem o direito, ou a intenção de
interferir na nossa chamada tentando questiona-la, mesmo depois por DEUS, por
inúmeras formas, ter sido aprovada. Ex3.10 ; Nm16
A chamada
ministerial é uma realidade poderosa: Por mais fraco que sejamos, ou venhamos a
nos sentir, por mais inúteis que podemos nos apresentar ou até mesmo podemos
nos achar até desqualificado para exercer o nosso ministério, DEUS irá nos
prover a nossa capacitação. Jz.6.14; IICo4.7; IICo 12.
A chamada
ministerial é definitiva Lc 9.62: Com esta afirmação não torna o ministro
alguém pré-salvo, ou um super-homem que nada o impedirá ou o excluirá no
exercício de seu ministério, Paulo advertiu ao ministro cuidar de sua salvação
e também de seu ministério para que não venha se achar desaprovado. IT6.11-16;
IITm3.10-17; IITm2.1-26.
ALGUMAS
ESSÊNCIAS DA LIDERANÇA.
1.O Líder deve
sempre agir corretamente mesmo quando o mesmo não está acontecendo com ele.
2.O Líder deve
permanecer fiel às suas convicções, mesmo quando não há ninguém o observando.
3.O Líder deve
buscar realizar suas tarefas mesmo quando não há uma vontade momentânea de
realizá-la.
4.O Líder jamais
deve se esquecer ou abandonar os ideais que o motivou no passado, mesmo quando
o seu objetivo foi alcançado.
5.O Líder deve
estar preparado para distingui que nem todas as questões de sua vida se
restringe aos embates espirituais, mas que precisa de nossa cuidadosa atenção.
6.O Líder deve
estar em busca de equilíbrio através de
uma auto-avaliação periódica.
7.O Líder deve
reconhecer que ele foi chamado e ungido por DEUS e que há pessoas também ungidas e chamadas por DEUS
para estar com ele.
8.O Líder deve
estar preparado e desejoso dos grandes eventos, mas também pronto para
enfrentar os revés de suas consequências
IRs19.1-3.
9.O Líder deve
constantemente buscar a orientação de DEUS para realizar sua vontade e não se
permitir ser moldado pelas dissimulações e opiniões contrárias, Jr29.11.
10.O Líder deve
distinguir o excesso de trabalho e excesso de cansaço, pois sem esta reflexão
poderá nos levar ao desestímulo IRs19.4.
11.O Líder não
pode se motivar apenas pelo sucesso que proporcionará o que estamos ou iremos
realizar, mas antes pela ordem de DEUS quando tudo não faz sentido ou não for
como esperávamos, Jr36.1,2,27 e 28.
12.O Líder não
pode medir sua tarefa pela oposição que vem até nós, mas sim pelo desafio que
ela nos faz superar, Jr12.5.
13.O Líder em
obediência deve crer que o mal que nos atinge não é para dizer quanto estamos
errados, ele sim devemos crer que este mesmo mal em DEUS se tornará útil para nós e que uma
tarefa há de ser realizada no final, Is 61.7; Gn 50.18-21; IITm 4.14-16.
14.O Líder não
ficará em paz se ficar preso no passado e não se libertar para as realizações
possíveis e existentes no futuro, Is 43.18,19.
15.O Líder perde
seus questionamentos quando seus discernimento se vai Pv 3.5,6: Mc 2.6-8; Mt
8.14-16.
16. O Líder
alcançará sua felicidade e realização quando DEUS o tiver oportunidade de sobre
ele construir e realizar seu bom plano, Rm 12.2.
17.O diabo adora
receber a culpa de nossas debilitações, pois com isto não conseguiremos
enxergar as nossas próprias debilitações
na liderança que exercemos.
18.O Líder deve
saber que o diabo é um opositor, mas não o nosso empecilho de realizar a
vontade de DEUS, Its 2.18; At.17.9.
19.O Líder deve
desfrutar do momento de realização de seu objetivo, e se preparar para uma nova
tarefa de sua vida em DEUS. Sl 106.12-15.
O
DESAFIO DE UMA LEDERANÇA EQUILIBRADA.
I- Líderes Determinados X
Teimosos: Precisamos distinguir corretamente quando nossas posições seriam pontos determinados, caracterizado pela
certeza e convicção de suas intenções, por atos teimosos que não conseguirão
alcançar o fim ou o objetivo desejado, como aconteceu com Reoboão filho do rei
Salomão.
II- Líderes Flexíveis X Irredutíveis:
O profeta Jeremias com o reinado de Josias possuía boa oportunidade para
exercer o seu ministério, até que surgiam novos reis que o persegui devendo ele
se adaptar a estas novas situações sem abandonar seus propósitos e comprometer
seu ministério e de como deveria ser o profeta de JEOVÁ. Jr23.28-32; 12.5;
Tg3.11.
III- Uma liderança entre
Humildade X Tímida: O jovem pastor e discípulo de Paulo Timóteo sofria algumas
intimidações devido sua condição ainda de jovem, mas por seu mentor era orientado
a saber impor seu ministério. IITm1.7; Itm4.2.
IV- Um líder entre Compromisso X
Comprometido: Queremos destacar que compromisso está acarretado uma questão
mais sublime, quanto comprometimento está uma questão imprópria do líder já que
ele exercerá sua função através de motivos não ideais aos seus liderados
podendo realizar serviços que poderá prejudicar ao seu ministério.
V- O líder entre Templos X
Impérios: Qual está sendo o motivo da construção dos atuais prédios dos cultos
evangélicos ? Se for templos é para DEUS, se for impérios é para gloria
pessoal.
VI- O líder entre O Mover de DEUS
X O Mover do mundo : O líder movido por DEUS estará glorificando-O, movido pelo
mundo está sendo sob perspectiva humana, cobiça, arrogância e principalmente
confiando mais nas circunstâncias do que em DEUS.
VII- O líder entre Foco X
Fragmentação: O apóstolo Paulo se apresentava como exemplo de atitude do líder
no exercício ministerial, Paulo tinha e
agia com Foco. Quando o líder perde o seu foco ele entra em fragmentação, que o
levará à dissolução Fp3.12-14.
VIII- O líder entre Declaração X
Engano: É triste observar ministérios
vencidos pelo engano que muitos líderes adentraram, engano este que compromete
até mesmo sua salvação, IICo2.17:IICo4.1,2: Itm4.16:Mt23.3; IICo3.13. Exemplo
de Moisés e o véu.
IX- O líder entre A letra da Lei
X Espírito de Vida: IICo3.1-6, muitos
líderes exercem sua liderança na intimidação, enquanto que pela força do
Espírito conseguirá seus resultados mais positivo e elevar seus liderados a uma
posição de ação pelo amor.
X- O líder entre o ministério da
Reconciliação X Alienação: Estamos levando nossos liderados a um compromisso e
uma glorificação pautada pela gratidão e pelo amor ou estamos aprovando uma
liturgia que esquece estes aspectos, se estiverem podemos estar provocando
alienados; IICo5.18-21.
XI- O líder entre Sacrifício X
Sacrilégio: IICo6.3-10, uma liderança sob sacrifício busca agradar ao seu
Mestre, sacrilégio é atravessar e desobedecer ao Senhor Lv10 Nadabe e Abiu.
XII- O líder entre Mobilização X
Fossilização: Lc24.46-47, líder
mobilizado não se abate com as dificuldades e com as circunstâncias, o líder
fossilizado está dominado e desmotivado pela aparências que surgem nos desafios
do exercício constante.
XIII- O líder entre Sal do mundo
X Estátua de sal : Nós como sal estamos agindo em benefício do mundo, estátua
de sal um símbolo, um ícone do fracasso, do amor errado, o olhar errado, com a
preocupação errada, uma lembrança da decisão que provocou nossa estagnação;
Mt5.13;
A
AUTORIDADE ESPIRITUAL DO LÍDER.
No momento em que estamos exercendo nossa liderança surge alguns
questionamentos da nossa função, se ele possui alguma autoridade e até mesmo se
ela é realmente espiritual. Certa ocasião Jesus foi interrogado sobre que
autoridade Ele estava realizando tais atos ou sobre sua pregação, neste momento
Jesus interrogou sobre como estes homens encaravam o ministério de João
Batista, a Bíblia deixa bem claro que eles não criam na autoridade do
ministério de João Batista, e desta forma Jesus não deu explicações também de
sua autoridade espiritual como líder, Mt21.23-27; A nossa autoridade espiritual
muitas das vezes não será compreendida por algumas pessoas, mas nós devemos
manter acesa nossa confiança n’AQUELE que nos comissionou no seu serviço.
A partir deste exemplo fica bem
claro que, mesmo exercendo corretamente seremos questionados, segundo a
autoridade espiritual é o respaldo necessário e decisivo para o exercício de
nossas funções na Igreja.
Se alguém se manter independente
e autoconfiante, não se sujeitar ou em dificuldade de se submeter á autoridade
delegada por DEUS, esta pessoa corre o risco de jamais poder realizar a obra de
DEUS na terra. As pessoas que estão em posição de autoridade são responsáveis
pelo exemplo e instrução de outras pessoas no conhecimento de DEUS.
O líder na sua autoridade é
responsável de ver o que os outros não viram e atingir o que os outros não
atingiram. O que fazemos deve vir daquilo que aprendemos diante de DEUS, e o
dizemos deve proceder daquilo que experimentamos com ELE. Não há autoridade
exceto a de DEUS. Se nada vem diante de DEUS, então não temos absolutamente
nenhumas autoridade diante dos homens.
Todo aquele de deseja que os outros se sujeitam à autoridade deve ele mesmo
aprender a reconhecer a autoridade de DEUS. Pois DEUS nos convoca para
representarmos sua autoridade, não para substituirmos, e o líder quanto mais
perto uma pessoa se encontrar do SENHOR, mais claramente vê suas próprias
falhas. Poderíamos destas forma declarar que inúmeras dificuldades que
enfrentamos atualmente são ocasionadas pelos excessos que cometemos como
ousadia abusiva, intransigência ou dominadores por demais, lembre-se o que nos
faz diferente dos outros DEUS.
Davi, embora por sua unção que
recebeu permaneceu por anos sob as mãos de Saul. Por isto não estendeu sua mão
para instituir sua própria autoridade. Do mesmo modo, se DEUS designou capaz de
suportar a oposição de outros. Mas se você não foi constituído por DEUS,
qualquer esforço que fizer para estabelecer sua autoridade será dolorosamente
fútil.
Assim quando sua autoridade for
testada, não faça nada. Não se apresse, não lute, não fale por si mesmo. As
pessoas não estão se rebelando contra você mas contra DEUS.
ACONSELHAMENTO
PASTORAL
Introdução
Aconselhamento pastoral
é um campo de estudo da prática clínica pastoral, e, o mais concordaria, como
sendo uma vocação ou chamado que coloca o conselheiro ao serviço da outras. Sobre
o tema parece que podemos levantar muitas perguntas sobre o exercício do
aconselhamento pastoral. Por exemplo: Será que um conselheiro pastoral tem que
ser um ordenado ministro ou deve o trabalho conselheiro pastoral em um ambiente
de igreja? como funciona próprias crenças religiosas do conselheiro pastoral e
sistemas de valores fator em o processo de aconselhamento? Qual é o objetivo
global de aconselhamento pastoral ? Será que o conselheiro pastoral tem que
estar preocupado com a evangelização? O aconselhamento pastoral é uso exclusivo
aos membros da igreja ou podemos estender a pessoas não conversas? O Pastor
deve estar disponível integralmente a igreja para servir como conselheiro, ou
deve-se estabelecer dias e horários ao momento de aconselhamento?
Segundo Ruth Scheeffer,
por aconselhamento se compreende “a relação face a face de duas pessoas, na
qual uma delas é ajudada a resolver dificuldades de ordem educacional, profissional,
vital e a utilizar melhor os seus recursos pessoais”.[8] O
Aconselhamento Pastoral é “ uma dimensão da poimênica, é a utilização de uma
variedade de métodos de cura (terapêuticos) para ajudar as pessoas a lidar com
seus problemas e crises de uma forma mais conducente ao crescimento e, assim, a
experimentar a cura de seu quebrantamento. O aconselhamento pastoral é uma
função reparadora, necessária, quando o crescimento das pessoas e seriamente
comprometido ou bloqueado por crises.”[9]
O aconselhamento
Pastoral apresenta o conforto de Cristo, ajudando os outros em sua jornada em
direção emocional, mental, espiritual e bem-estar físico (Lucas 2:52). O
conselheiro, sendo treinados na arte e na habilidade de aconselhamento, bem
como dos dogmas cristã, torna-se uma ferramenta na mão do Rei Jesus auxiliando
todos os filhos de Deus na caminho da vida.
É imprescindível
ao conselheiro pastoral ser treinado com uma formação técnica e ou profissional
em aconselhamento ou do mesmo campo.
O conselheiro
pastoral aprecia o mistério da pessoa.
O conselheiro
pastoral é aquele que se aproxima de outras pessoas com uma antropologia cristã, isto é, aquele que vê o cliente
como vindo de Deus e volta para Deus.
O conselheiro
pastoral é aquele que, modelado por Jesus, faz esforço concertado para atender os
clientes em seu próprio nível no processo de "elevá-los" a uns
maiores níveis de crescimento e maturidade.
O conselheiro
pastoral incorpora e baseia-se em seu próprio fervor espiritual e sobre aqueles
de pessoas santas que os inspiram pessoalmente. O conselheiro Pastoral procura
ser fiéis a Escrituras e usar isso como um presente para auxiliar no processo
de aconselhamento.
O conselheiro pastoral baseia-se na sabedoria
de suas tradições religiosas, que o ajuda os clientes a desenvolver o sentido
de suas experiências de vida.
O conselheiro
pastoral traz uma abordagem holística única de aconselhamento, servindo a
pessoa de forma total e plena. O conselheiro pastoral vê todos os aspectos da
pessoa humana, explorando as necessidades espirituais do indivíduo. Junto com
os recursos disponíveis para todos os conselheiros, o conselheiro pastoral
também depende da orientação do Espírito Santo reconhecendo a sua presença no
processo de aconselhamento. Conselheiros pastorais, acima de tudo, reconhecer
que eles próprios têm sido consolados por Deus e por sua vez pode confortar
outros como um curador ferido. O Apóstolo Paulo declarou: "Bendito seja o
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda
consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que sejamos
capazes de confortar aqueles que estiverem em alguma tribulação, com a
consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus." Através de uma
continuidade de oração, estudo bíblico e comunhão cristã, o conselheiro
pastoral reenergizado permite Deus ministrar a ele ou a ela, tornando-os
capazes de confortar outros.
O conselheiro
pastoral é colocado em uma posição de privilégio e responsabilidade devendo
exibir um coração misericordioso, compassivo de Jesus ao ferido e partido.
Portanto, o conselheiro está vinculado a sua convicção de fé para tratar com
respeito e dignidade, em Deus, não importa as condições sociais, econômicos, ou
idoneidade moral. Assim como Jesus ministrou aos pobres e os ricos, e o
pecador, bem como a santos, o conselheiro pastoral segue o exemplo de nosso
Senhor. Ao todo, o conselheiro pastoral reconhece a sua própria dependência do
Cruz e a mão estendida de misericórdia. O conselheiro pastoral preza o
sacrifício que Jesus fez por toda a humanidade, mostrando o valor da pessoa
humana. O pastor conselheiro, então, vê toda a humanidade como tendo valor e
significado por causa da Cruz. Mas devemos ressaltar que aconselhar não é
conivência ao pecado, antes repudiá-lo, e mostrar o caminho da autoconfissão e
buscar o perdão em Deus.
O Senhor tem uma
grande preocupação para o seu povo. Sua tão grande salvação não está vinculada apenas sobre a
eternidade, mas também sobre esta vida, aqui e agora. Devido a isso, ele nos deu
a sua Palavra e nela encontramos todas
orientações para uma vida, que será para a sua glória e para o nosso bem.
O povo do Senhor
são frequentemente chamados a suportar muitos dos problemas enfrentados
igualmente por homens e mulheres não conversos. Contudo a diferença entre o
cristão e o homem ou a mulher do mundo está em nossa atitude para com os
traumas da vida, mas não significa que as questões existenciais não venha nos
enfraquecer, por isto o aconselhado deve ser orientado segundo as Escrituras, e
se aprumar nela para superação de seus momentos difíceis.
É preciso que o
pastor seja hábil intérprete da Palavra e hábil interprete de pessoas, se ele
quiser ser efetivo no ministério. "Habite, ricamente, em vós a palavra de
Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a
Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso
coração" (Cl 3.16). O obreiro recebeu a missão de presidir e admoestar o rebanho
de Jesus o Sumo Pastor (lTs 5.12,17; Hb. 13.7,17), e ajudar as ovelhas
machucadas, desviadas ou até mesmo as rebeldes a se reabilitarem.
Aconselhamento é algo mais do que encorajamento. Aconselhar é infundir esperanças,
levando-o a encontrar as respostas de Deus para os seus problemas.
A ASCENSÃO DO ACONSELHAMENTO PASTORAL
O "pai
fundador" melhor conhecido do movimento de aconselhamento pastoral provavelmente
foi Anton T. Boisen, um ministro e escritor que, durante os primeiros sessenta
anos da sua vida longa, passou por certo número de colapsos psicóticos, três dos
quais levaram à sua hospitalização em instituições para doenças mentais. Como
resultado destas experiências, Boisen tirou a conclusão de que a igreja estava
negligenciando o campo da saúde mental, e veio a interessar-se na necessidade
de treinar alunos dos seminários para trabalhar com os doentes mentais.
Começando com
apenas uns poucos estudantes, Boisen começou um programa de treinamento, pouco
organizado, para seminaristas no Hospital Estadual de Worcester, em
Massachussets. A partir deste começo simples, "Clinicai Pastoral
Education" (CPE = Educação Clínica Pastoral) cresceu até ficar sendo uma disciplina
altamente organizada que providencia treinamento supervisado em aconselhamento
para seminaristas e conselheiros pastorais.
Nas décadas de 1930
e 1940, quando numerosos seminários estavam acrescentando treinamento pastoral
clínico aos seus currículos, as faculdades teologicamente conservadoras estavam
reagindo com ceticismo — ceticismo este que permanece até ao tempo presente.
Desde seu início, a CPE parecia ser um movimento teologicamente liberal, e este
fato, juntamente com uma desconfiança geral da psicologia, foi sem dúvida a
causa de os evangélicos conservarem-se separados da corrente principal da CPE.
Embora não endossassem de modo algum a teologia da CPE, os psicólogos cristãos
Clyde Narramore e Henry Brandt demonstraram que era possível uma abordagem
bíblica ao aconselhamento, e alguns evangélicos começaram a perceber a relevância
da psicologia à educação teológica. Agora, a maioria dos seminários e
institutos bíblicos conservadores tem cursos de aconselhamento pastoral, e
algumas destas instituições até mesmo têm departamentos altamente desenvolvidos
de psicologia e aconselhamento pastorais. O contato evangélico com a CPE permanece
sendo mínimo, no entanto, e ainda não há abordagens bíblicas claramente
delineadas ou de larga aceitação, quanto ao processo do aconselhamento.
Definição do aconselhamento bíblico:
1) Alvo: o alvo
do aconselhamento é nos levar a um ponto de maturidade. “Teleios”: plenitude,
maturidade, fato de ser inteiro, completo e maduro em Cristo. Cl 1:28; Hb 5:14;
I Jo 2:5.
2) Parákletos:
idéia de consolação (II Co 1:3,4 / At 13:15); exortação (Hb 3:13); oração (Fp
1:9) Alguém que é chamado para estar ao lado de outrém para ajudá-lo com seu
conselho. Estar ao lado define bem o aconselhamento bíblico. Construir um
relacionamento de ajuda. É animar, encorajar, confortar e trazer a esperança
que mudança é possível.
3) Nouthésis:
Admoestar; Exortar; ensinar e repreender - Esta palavra indica um obstáculo que
há e que deve ser vencido. (Tt 2:15; I Ts 5:11).
Existe diferença
entre os distúrbios emocionais e problemas espirituais. Os problemas emocionais
são causados por traumas vivenciados principalmente na infância que precisam
ser tratados. Os problemas espirituais são oriundos de um padrão pecaminoso que
contribui para o desencadeamento de uma crise. Em geral inicia-se com aspectos
como: culpa, autocomiseração, ira, descontrole emocional, etc..
Não devemos confundir
a natureza pecaminosa que herdamos que deu origem às doenças de uma forma geral
(Rm. 3.23), com pecados cometidos no dia a dia. Qualquer pessoa que viveu
alguma situação traumática poderá Ter problemas emocionais, independentemente
da sua condição espiritual.
Problemas
espirituais não se resolvem com psicoterapias ou com uso de psicotrópicos, mas
com a Palavra de Deus, que "penetra até a divisão da alma e do espírito, juntas
e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração"
(Hb. 4.12b). Eis a necessidade de conselheiros cristãos - pessoas qualificadas,
com formação específica, que manejem bem a palavra de Deus e tenham um amplo
conhecimento da personalidade humana.
Ninguém melhor
do que o pastor para atuar como um conselheiro. O senhor Jesus lhes deu
autoridade para presidir e admoestar o seu rebanho. (lTs 5.12,13; Hb. 13.7,17).
Por essa razão, se faz necessário o ministro ocupar parte do seu tempo no
trabalho do aconselhamento. Mas nem todo pastor está habito a prestar aconselhamento,
seja por imaturidade, ou desconhecer corretamente as Escrituras, ou não possuir
habilidades cognitivas primárias do processo de aconselhamento. Por isto
pode-se pedir ajuda de profissionais, seja ara orientar, como para realizar tal
processo, mas devemos lembrar que tal recurso deve ser feita com juízo crítico
bíblico, e de alguém formado na área, mas com deslumbre bíblico.
Frente a essa
realidade, como ministros do evangelho, escolhidos por Deus para uma tão
sublime missão de apascentar o rebanho do Senhor Jesus - o Supremo Pastor -
como deixar as ovelhas de Cristo a mercê de seus próprios problemas, que deixam
às vezes, o manancial de águas vivas, e cavam para si cisternas rotas, que não
retêm água? (Jr. 2.13). Quando um problema não é bem tratado as pessoas
envolvidas podem sofrer drásticas consequências. A maioria dessas pessoas não
consegue se erguer e carregarão para o resto de suas vidas um estigma de alguém
que fracassou e não tem mais o direito de ser restaurada. O líder deve
considerar os seus problemas como fatores potenciais para o crescimento. A
adversidade pode significar avanço. (Fl. 3.13,14).
Procure
compreender a si mesmo e assim será capaz de compreender o outro. Resolva
primeiro os seus conflitos interiores para não subir ao púlpito cheio de
tensões e medos. Ou carregado de uma visão estereotipada, preconceituosa,
impondo ao rebanho aquilo que no fundo não consegue viver ou fazer. Devemos
descer do pedestal e reconhecermos, o fato de que somos frágeis e, como
obreiros, estamos sujeitos a quebrar como vasos de barros. Assim aconteceu ao
homem, segundo o coração de Deus, Davi (SI 89.20). Busque ajuda quando se fizer
necessário. Descubra a razão dos seus problemas e tente solucionar todos os
seus conflitos.
Para
aconselhamento, devemos, portanto, manter em mente o seguinte:
• Jesus Cristo é
o meio de mudança. Acreditando que o seu evangelho pode mudar as respostas dos
nossos corações. Toda a sabedoria teórica e conselhos práticos em aconselhamento
deve conduzir a um relacionamento com Jesus Cristo através da fé.
• Jesus Cristo é
o objetivo da mudança. Exibindo sua personalidade, Jesus é o modelo de
maturidade que nós almejamos. Circunstâncias não podem mudar e problemas não
podem ir embora através de aconselhamento vazios e sem esperança, mas Deus
promete o poder de responder de maneira que venha a refletir a obediência
confiante de seu Filho.
A equipe de apoio
Havendo uma
grande demanda o pastor poderá ampliar o atendimento escolhendo obreiros
auxiliares, capacitados para o aconselhamento, para fazerem parte do programa
de atendimento.
As ovelhas não
podem ficar sem assistência por falta de espaço na agenda do pastor. A equipe
de apoio deve estar em sintonia com o pastor para que não ocorram choques na
maneira como os problemas são tratados. Essa equipe deve ser formada,
preferencialmente de pessoas que fazem parte da liderança da Igreja.
Quem trabalha
com o aconselhamento precisa possuir as seguintes virtudes: bom caráter,
competência, vida espiritual saudável, bons antecedentes, conhecimento
teológico e, sobretudo, conhecimento sobre a personalidade humana.
Atualmente
deve-se obter e motivar na membresia formação em educação, psicologia ou
psicanálise, direito, para as demandas generalizada no mundo atual,
principalmente no Brasil devido sua enorme condição social, econômica e
política.
Há diversas
maneiras de se desenvolver um programa de orientação na Igreja. Apresentamos
apenas algumas sugestões que podem lhe ajudar a criar este serviço na sua
Igreja.
1)
Aconselhamento
Uma das
atividades fundamentais desenvolvidas por meio do Serviço de Orientação é o
aconselhamento. Este pode ser realizado de diversas maneiras: aconselhamento
individual, para casais, familiar ou coletivo. O líder e/ou a equipe de apoio
precisa de uma preparação específica para realizar este tipo de trabalho.
2) Palestras
Outra forma de
proceder a orientação é através de palestras, seminários ou simpósios sobre
temas específicos como: namoro, relacionamento conjugal, a disciplina no lar,
saúde, cidadania, etc. É importante estabelecer sempre um painel para
perguntas, sendo encaminhadas para aconselhamento as pessoas que desejam
respostas sobre sua vida particular ou familiar.
3) Cursos
O Serviço de
orientação deve alcançar os jovens da Igreja promovendo cursos de preparação
para o casamento, com direito a consulta a especialistas na área da saúde. A
Igreja pode estabelecer esse curso como pré-requisito antes do casamento. Há
outros cursos que podem ser desenvolvidos com casais, líderes, professores da
EBD, etc.
4) Acampamentos
Uma maneira
eficaz de realizar o Serviço de orientação é por meio da realização de
acampamentos ou retiros, abrindo espaço nestes para debates sobre temas
específicos. Se possível convidar pessoas especializadas como psicólogos
(cristãos), médicos, professores, administradores de empresa que possam
orientar os adolescentes, jovens, casais, líderes, etc. sobre a sexualidade, a
vida conjugal, a vida emocional, a carreira profissional, entre outros.
Questões básicas do aconselhamento
O aconselhamento
bíblico vai além das preocupações psicológicas à (1) transformação do coração
humano por meio de Cristo para que a verdade, o amor e as boas obras de Deus
tenham efeito completo visando à maturidade individual e coletiva e (2) ajuda
para todos os homens a fim de que a verdade, o amor e as obras de Deus sejam
conhecidos por todos. Assim, o aconselhamento bíblico se baseia na redenção
consumada e aplicada e, para que a proclamação da fé tenha efeito pleno,
trabalha também com a redenção pregada, isto é, com os aspectos doutrinários e
éticos da redenção.
As seguintes
breves respostas às questões levantadas no início deverão nortear o nosso
pensamento à medida que prosseguirmos neste estudo.
(1) Quem é o
homem? O homem é um ser criado por Deus de modo analógico, isto é, criado
segundo a imagem de Deus. Deus é pessoal, trino, infinito e soberano,
transcendente e imanente, justo e bom, e redentor; o homem é pessoal, um,
finito e dependente, imanente e autotranscendente (até certo ponto), criado
bom, mas caído, e redimível.
Roger E Hurding,
procurando construir uma perspectiva bíblica da nossa humanidade, destaca
quatro aspectos que deveriam ser considerados em qualquer antropologia que
pretenda ser bíblica: o ser humano tem supremo valor (em função de sua criação
especial e de suas relações especiais), é uma unidade viva, sofre
relacionamentos quebrados, e é restaurável.
(2) Como é o
homem? O homem apresenta uma dualidade ontológica, uma pluralidade funcional e
uma unidade compreensiva. A Bíblia não divide o homem em partes como corpo,
alma e espírito, ou mente, sentimentos e vontade. A pessoa é uma totalidade de
corpo, alma, espírito, coração, etc. Quando alguém pergunta sobre a separação
"pó ao pó" e "o Espírito a Deus", ela confirma que essa
separação é o resultado do pecado quando
ocorre a separação sobrevém a morte, e a ressurreição é a reunião de corpo e
alma e espírito.
(3) Qual o
presente estado do homem? O homem é hoje o mesmo homem criado por Deus, mas sua
condição não é a mesma da criação. A Bíblia diz que ele está morto em seus
pecados e que a vida que ele ainda tem é vivida num ambiente de morte, isto é,
de rebelião contra Deus, seus pensamentos são reversos quanto a Deus e à
Criação e ele experimenta uma inversão total dos sentidos quanto aos propósitos
de Deus para si mesmo.
(4) Qual o problema básico do homem? Quando
conselheiros bíblicos dizem, em coro com a Escritura, que o problema básico do
homem é o pecado, contra eles se levantam vozes dissonantes vindas de pontos
diferentes. Há outros problemas, dizem, com um pouco de razão. Nem todos os
problemas são consequências imediatas do pecado de alguém, mas certamente são
consequências do pecado de Adão, quer perpetrado por um indivíduo contra ele,
ou vindo de um mundo caído, permeando todos os seus problemas.
Como o homem
poderá ser ajudado? A redenção consumada pelo Senhor Jesus na cruz em favor de
muitos supre a necessidade que todos temos de sua imagem, sua glória. A glória
de Deus é demonstrada em graça àqueles que são chamados e em ira para com os
réprobos. Desse modo, a ajuda é oferecida ao homem pela pregação do evangelho
para que ele creia e se arrependa a fim de que seja salvo. A salvação tem
diferentes aspectos: a própria salvação (santificação pela justificação),
crescimento na salvação (santificação progressiva baseada na justificação) e a
salvação a ser revelada (glorificação).
Sugiro o livro
de Richard Foster, Celebração da Disciplina, para uma discussão mais completa
dos interiores, disciplinas para fora, e corporativos. Sugiro também o livro de
Dallas Willard, O Espírito das disciplinas: Noções básicas sobre como Deus muda
vidas.
TIPOS DE ACONSELHAMENTO [10]
As Terapias
Diretivas: Nestas abordagens, o conselheiro é visto como perito que faz o diagnóstico
e a análise do problema, às vezes define ou categoriza o comportamento, e
decide sobre soluções para o problema do aconselhando e, de várias maneiras,
comunica estas soluções ao aconselhando. Para o behaviorista há pouca ênfase
sobre os sentimentos ou o pensamento. Toma-se por certo, pelo contrário, que os
sintomas são o problema, e que o único tratamento eficaz é a mudança do
comportamento ou ações através de técnicas derivadas dos laboratórios dos
pesquisadores psicológicos.
Terapias
Permissivas: O conselheiro aqui pode ver-se como perito em lidar com problemas
pessoais, mas sua tarefa não é fazer diagnósticos, receitar soluções, ou fazer
o tratamento das pessoas. Pelo contrário, o conselheiro é um facilitador que
estimula as pessoas a solucionarem seus próprios problemas e que cria um ambiente
permissivo em que pode ser solucionado o problema e ocorrer o crescimento
pessoal. O conselheiro escuta enquanto o aconselhando-cliente fala, resume o que
foi dito, e procura identificar o que o cliente está sentindo. Toma-se por
certo que o cliente finalmente chegará à compreensão de seu próprio
comportamento, e tomará as medidas necessárias para mudar-se.
Terapias de
Interação: Este termo descreve o aconselhamento em que o conselheiro e o
aconselhando interagem juntamente mais ou menos como iguais. O terapeuta da
realidade não nega os sentimentos ou o comportamento, mas encoraja o
aconselhando a focalizar sua atenção na realidade presente, e a fazer planos
para o futuro que o ajudarão a se sentir amado, capaz de amar, e com mais valor
como ser humano.
O Aconselhamento
Noutético: Esta é uma abordagem diretiva que em muitos aspectos é semelhante à terapia
racional-emotiva de Albert
Ellis. Embora tenha sido criticado por muitas das suas conclusões, Jay Adams em
seu livro ‘Conselheiro Capaz’ nem por isto deixou de procurar edificar um
sistema de aconselhamento que começa com a Escritura e é construído com base
nela. Poucas outras pessoas foram tão corajosas ou criativas ao ponto de tentar
semelhante tarefa. No começo do seu livro, Adams declara que seu método tem pressuposições.
"Aceito francamente a Bíblia inerrante como o Padrão de toda fé e
prática," escreve ele. Portanto, “as Escrituras constituem a base, e
contêm os critérios segundo os quais procurei emitir todo juízo”.[11]
[1] WILLAIME,
Jean-Paul. Do problema da autoridade nas igrejas protestantes pluralistas.
[2]
Ex 18,13-27
é interessante observar que embora o povo de Israel não estivesse completamente
organizado, Moisés, ainda que influenciado pelo seu sogro, parece ser o
primeiro a ordenar chefes no meio do povo, descentralizando o poder e
reconhecendo a necessidade da hierarquia.
[3] NOCKE,
Franz-Josef in SCHNEIDER, Theodor (Org.). Manual de Dogmática. Vol. II.
Petrópolis: Vozes, 2000.
[5]
ERICKSON,
Millard J. Introdução à teologia sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1997.;
GRUDEM, Wayne A. Teologia sistemática. São Paulo: Vida, 1999; Também Grudem apresenta 12 metáforas ou
imagens sobre como a Igreja pode ser vista na BíbliaLANGSTON, A. B. Esboço de
Theologia Systematica. Rio de Janeiro: Casa Publicadora Baptista, 1927; Langston,
no NT, encontram-se presentes as duas naturezas da Igreja. A Igreja como
organismo consiste no Corpo de Cristo que se identifica com o Reino de Deus,
porém não é o Reino; e a Igreja como organização é constituída por membros
regenerados por Cristo.
[6]
Ex 12,1-34
é interessante observar como na última ceia Cristo reúne os elementos
fundamentais que faziam parte da antiga aliança, a saber: o pão, representando
os ázimos; e o vinho, simbolizando o sangue aspergido sobre os umbrais das
portas a fim de que o destruidor não ferisse os primogênitos dos israelitas.
[7]
Amorese,
Rubem Martins. Icabode; da mente de Cristo à consciência moderna;— Viçosa :
Ultimato, 1998.
[9]
CLINEBELL,
Howard. Aconselhamento pastoral. Modelo centrado em libertação e crescimento.
2.ed. São Paulo: Paulus; São Leopoldo: Sinodal, 1998.
[10]
Para uma
discussão destas quatro funções ver W, A. Clebsch e C. R. Jaekle, Pastoral Care
in Historical Perspective (Englewood Cliffs, Nova Jérsei: Prentice-Hall, 1964).
Olá. Por favor como falar com um de vocês? tem como me mandarem um email? marinetedagloria2@hotmail.com
ResponderExcluirDesde já agradeço.
Paz, desculpa o atraso, rossiaguiar.2013@gmail.com
ExcluirEu abandonei meu blog por um tempo, por diversos motivos. Mas estamos voltando para reativar.
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