quinta-feira, 3 de novembro de 2016

ANTES DE TODAS AS COISAS, DEUS.
Texto básico: Sl 90.1-17
1 Oração de Moisés, homem de Deus. SENHOR, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração.
2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, mesmo de eternidade a eternidade, tu és Deus.
3 Tu reduzes o homem à destruição; e dizes: Tornai-vos, filhos dos homens.
4 Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
5 Tu os levas como uma corrente de água; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce.
6 De madrugada floresce e cresce; à tarde corta-se e seca.
7 Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos angustiados.
8 Diante de ti puseste as nossas iniquidades, os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto.
9 Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta.
10 Os dias da nossa vida chegam a setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oi-tenta anos, o orgulho deles é canseira e enfado, pois cedo se corta e vamos voando.
11 Quem conhece o poder da tua ira? Segundo és tremendo, assim é o teu furor.
12 Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios.
13 Volta-te para nós, SENHOR; até quando? Aplaca-te para com os teus servos.
14 Farta-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos, e nos alegremos todos os nossos dias.
15 Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste, e pelos anos em que vimos o mal.
16 Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos.
17 E seja sobre nós a formosura do SENHOR nosso Deus, e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos.
Vamos verificar que mensagens podem descobrir com esta pergunta.
I- Deus é antes de todas as coisas
Deus é antes de todas as coisas – Cl 1.17. Ou, como o primeiro versículo da Escritura coloca, no princípio, Deus... . Antes não havia nada, senão Deus, o Incriado, Deus é Autoexistente. O salmista disse: De eternidade a eternidade, Tu és Deus – Sl 90.2. Nunca houve um tempo em que Deus não tenha existido. De fato, Ele existiu desde sempre, antes de todas as coisas. Ele é chamado de “o Primeiro” e o “Alfa” (Ap 1.8; 1.17; 21.6). Frequentemente, a Escritura refere-se a Deus existindo antes que o mundo existisse – Jo 17.5; cf. Mt 13.35; 25.34; Jo 17.24; Ap 13.8; 17.8.
Deus não existia somente antes de todas as coisas, mas existia antes do próprio tempo. Isso quer dizer que Ele é Eterno. Deus existia antes dos tempos eternos – II Tm 1.9 (ARA). Por final, Deus trouxe o tempo à existência quando fez o universo – literal “as eras” (Heb 1.2). Somente Deus possui imortalidade – I Tm 6.16. Nós recebemos a imortalidade como um Dom (Rm 2.7; I Co 15.53; II Tm 1.10). Nossa existência tem um começo; a de Deus, Pv. 8.23 - “Desde a eternidade fui estabelecida; desde o princípio, antes do começo da terra”.
Deus simplesmente é. A Bíblia não começa com um grande conjunto de provas para provar a existência de Deus; não começa com uma abordagem de baixo para cima; nem começa com algum tipo de analogia adjacente ou semelhante. Apenas começa: “No princípio, Deus.” Agora, se os seres humanos são o teste para tudo, isso não faz o menor sentido, porque, então, nós temos o direito de sentar e julgar se é provável que Deus exista, avalie a evidência, e venha com: “Há uma certa probabilidade que talvez Deus de uma maneira ou de outra exista.”[1]  E assim nós nos tornamos os juízes de Deus. Mas o Deus da Bíblia não é assim. Apenas começa: “No princípio, Deus.” Ele é. Ele não é o objeto que nós avaliamos, ele é o Criador que nos criou. Isso muda toda a dinâmica.

II- Deus é Autoexistente.
Esta afirmativa não é encontrada nas Escrituras, mas é reconhecida por todos nós, ateísta Bertrand Russel escreveu em seu livro “Por que não sou um Cristão” que, se é verdade que todas as coisas precisam de uma causa, então Deus também precisa de uma causa. A partir daí ele concluiu que se Deus precisava de uma causa, então Deus não era Deus (e se Deus não é Deus, então, logicamente, não há Deus).
Enquanto as Escrituras afirma que Salmo 90:1-2 diz: "Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração. Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus.";
Podemos ainda citar “E disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” Êxodo 3.14; “E plantou um bosque em Berseba e invocou lá o nome do SENHOR, Deus eterno” Gênesis 21.33; “Mas tu és o mesmo, e os teus anos nunca terão fim” Salmo 102.27.
“A razão pela qual sabemos que Deus existe é porque Ele nos disse e a nós Se revelou... Deus não só existe, mas Ele também nos comunicou este fato. Ele nos contou sobre quem Ele é, como Ele é e qual o Seu plano para o planeta Terra. Ele revelou essas coisas à humanidade através da Bíblia”. [2]
Deus é eterno. Ele não tem começo nem fim. Assim, é totalmente auto-suficiente, não precisa de nada além dele mesmo para existir e agir.[3]  Deus tem uma relação voluntária com tudo o que criou, mas não tem uma relação necessária com coisa alguma além dele próprio.[4]
II- Deus existia em glória sublime.
A "teologia de processo", uma antiga heresia com uma roupagem moderna, fala de um "deus limitado" que se encontra no processo de tornar-se um deus "maior". Contudo, se Deus é Deus, da forma como entendemos essa palavra, então ele é eterno e não precisa de nada; ele é onisciente, onipotente e onipresente. A fim de ter um "deus limitado", é preciso, antes de tudo, redefinir a palavra "Deus", pois de acordo com a própria definição desse termo, Deus não pode ser limitado.
Além disso, se Deus é limitado e "está se expandindo", qual poder o está tornando maior? Esse poder teria de ser maior do que "Deus" e, portanto, ser Deus! Isso não faria, então, com que tivéssemos dois deuses em vez de um?[5]  Porém, o Deus da Bíblia é eterno e não tem começo. Ele é infinito e não possui qualquer limitação de tempo ou espaço. Ele é perfeito e não tem como "melhorar"; por ser imutável, não tem como sofrer qualquer alteração. O Deus que Abraão adorava é o Deus eterno (Gn 21:33), e Moisés disse aos israelitas: "O Deus eterno é a tua habitação e, por baixo de ti, estende os braços eternos" Dt 32.17; Hc.1.12; 3. 6; Rm 16.16; ITm. 1.17.
III- Deus vivia em unidade e em Amor.
Jo 17.5 aquela glória que tinha contigo A. que o mundo existisse. Jo 17.24 deste; porque tu me hás amado A. da criação do mundo. Aqui em 17.5, o Filho anseia pela glória de regozijar-se na alegria de seu povo salvo, exaltam ente o povo cuja salvação ele (junto com o Pai e o Espírito) planejara desde a eternidade, antes da fundação do mundo. Deus sempre tem prazer em suas próprias obras. O Filho se gloria na glória do Pai, e se regozija na alegria de todos os redimidos. Quando eles cantam, ele canta! (Sf 3.17). [6]
A glória a respeito da qual Jesus fala é a sua própria. Ele se refere a ela como “minha glória que me deste”. O Filho deseja que todos os crentes possam contemplá-la para sempre, ou seja, o brilho de seus atributos divinos como eles são refletidos em sua natureza humana exaltada (embora, é claro, eles nunca se tornem parte dessa natureza humana) e no caráter transformado, a alegria indizível, o amor sem fim, a paz perfeita de todos aqueles que entram no descanso que perdura para o povo de Deus. Esta é a glória que o Pai deu ao Filho.
IV- A Trindade deliberou todas as coisas antes da criação
O maravilhoso plano de redenção não foi algo improvisado para o povo de Deus escolhido em Cristo "antes da fundação do mundo" (Ef 1:4; Ap 1 7:8) e entregue ao Filho pelo Pai tanto para pertencer a seu reino (Mt. 25:34) quanto para participar de sua glória (Jo 17:2, 6, 9, 11,12, 24). A morte sacrificial do Filho não foi um acidente, mas sim um compromisso (At 2:23; 4:27, 28); pois ele "foi morto desde a fundação do mundo" (Ap 13:8).
Nas deliberações eternas, a Divindade decidiu criar um mundo que incluiria seres humanos feitos à imagem de Deus. Não só o Pai (Gn 1:1; 2 Rs 19:15; At 4:24), mas também o Filho (Jo 1:1-3, 10; Ci 1:16; Hb 1:2) e o Espírito Santo (Gn 1:2; SI 104:30) participaram da criação. Deus não criou o mundo porque precisava de alguma coisa, mas sim para que pudesse compartilhar seu amor com suas criaturas que, diferentes dos anjos, são feitas à imagem de Deus e podem corresponder a seu amor livremente.
A Divindade determinou que o Filho viria à Terra e morreria pelos pecados do mundo, e Jesus veio para fazer a vontade do Pai (Jo 10:17, 18; Hb 10:7). As palavras de Jesus vinham do Pai (Jo 14:24), e suas obras eram comissionadas pelo Pai (Jo 5:17-21, 36; At 2:22) e investidas do poder do Espírito (At 10:38). O Filho glorifica o Pai (Jo 14:13; 1 7:1, 4), e o Espírito glorifica o Filho (Jo 16:14). As Pessoas da Trindade trabalham em conjunto para realizar a vontade de Deus.
De acordo com Efésios 1:3-14, o plano da salvação é trinitário: somos escolhidos pelo Pai (vv. 3-6), redimidos pelo Filho (vv. 7-12) e selados com o Espírito (vv. 13, 14) - tudo isso para o louvor da glória de Deus (vv. 6, 12, 14). O Pai concedeu autoridade ao Filho para dar vida eterna àqueles que ele entregou ao Filho (Jo 17:1-3). Tudo isso foi planejado antes mesmo que o mundo existisse![7]
V- Deus é o início e o fim de todas as Coisas
Deus acha seu fim a) em si mesmo; b) em sua própria vontade e prazer; c) em sua própria glória; d) em tomar conhecido seu poder, sua sabedoria e seu santo nome. Todas estas afirmativas podem ser combinadas no seguinte, a saber, que o supremo fim de Deus na criação não é nada fora de si mesmo, mas é a sua própria glória – na revelação da perfeição infinita do seu próprio ser, nas criaturas e através delas.
Rm. 11.36 - “Para ele são todas as coisas”. Cl. 1.16 - ‘Todas as coisas foram criadas ... para ele (Cristo)”; compare Is. 48.11 - “por amor de mim, por amor de mim o farei... e minha glória não darei a outrem”; e 1 Co. 1 5 .2 8 “... se sujeitou aquele que todas as coisas lhe sujeitou para que Deus seja tudo em todos”.



[1] D. A. Carson. O Deus Presente: O Deus que Criou Todas as Coisas – Palestra da Ed. Fiel.
[2] McDOWELL, Josh. STEWART, Don. Respostas Àquelas Perguntas: O que os céticos perguntam sobre a fé cristã. São Paulo: Editora Candeia, 1997.
[3] Warren W . Wiersbe. Comentário Bíblico Expositivo Antigo Testamento Volume I — Pentateuco. 2010.
[4] Tozer , A. W. The Knowledge of the Holy. Nova York: Harper and Brothers, 1961.
[5] Aquilo que conhecemos hoje como "teologia de processo" teve origem nos ensinamentos do filósofo inglês Alfred North Whitehead (1861-1947), amplamente difundido por seu discípulo Charles Hartshore, e pelo rabino Harold Kushner em seu livro ‘Quando coisas ruins acontecem a pessoas boas’ (São Paulo: Nobel)). De acordo com Kushner, no momento, Deus é fraco demais para fazer alguma coisa sobre o câncer, as guerras e as tragédias da vida; mas, à medida que confiamos nele e fazemos o bem, nós o fortalecemos para que ele alcance maiores realizações.
[6] Hendriksen, William. O Evangelho de João . Tradução de Elias Dantas e Neuza Batista - São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2004.
[7] Warren W. Wiersbe. Comentário B íblico Expositivo Antigo Testamento Volume I — Pentateuco. 2010.
.   OS GRANDES TEMAS DO LIVRO DE GÊNESIS.
Texto básico Gn. 2.1-5
1 Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
2 E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.
3 E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra que Deus criara e fizera.
4 Estas são as origens dos céus e da terra, quando foram criados; no dia em que o SENHOR Deus fez a terra e os céus,
5 E toda a planta do campo que ainda não estava na terra, e toda a erva do campo que ainda não brotava; porque ainda o SENHOR Deus não tinha feito chover sobre a terra, e não havia homem para lavrar a terra.
Na semana passada verificamos que mesmo que Moisés não foi seu autor, mas transformou o livro de Gênesis acessível a todos, e graças a esta iniciativa podemos encontrar tamanha informação que explica muitas cosas aos homens, vamos nesta lição continuar a estrutura deste maravilhoso livro dado por Deus a todos nós.
I- A DIVISÃO NATURAL DE GÊNESIS
a. As gerações dos céus e da terra ( Gênesis 2:4 - 4:26 ). Revela a criação tanto do homem, como da mulher, sua queda, e as consequências imediatas do pecado.
b. As gerações ou a história de Adão ( Gênesis 5:1 - 6:8 ). Registra duas sociedades paralelas, uma piedosa e temente a Deus, e como esta se corrompeu com a sociedade chamada caimitas, perversa, mas desenvolvida e dominante, e termina seu registro com Deus estabelecendo seu juízo.
c. As gerações ou a história de Noé ( Gênesis 6:9 - 9:29 ). O personagem principal é Noé, como sobreviveu ao dilúvio, e termina com uma maldição.
d. As gerações ou a história dos filhos de Noé ( Gênesis 10:1-11:9 ). Descreve as descendências de Sem, Cam e Jafé, a construção de Babel e a dispersão do homem por Deus confundindo por meio do idiomas, também termina sua sessão com uma intervenção divina.
e. As gerações ou história de Sem ( Gênesis 11:10-26 ). Descreve o filho de Noé que gerou o povo que surge o o principal personagem da história de Gênesis, Abraão.
f. As gerações ou história de Tera (Abraão) ( Gênesis 11:27-25:11 ). Relata a vida e a história do primeiro patriarca, Abraão.
g. As gerações ou a história de Ismael ( Gênesis 25:12-18 ). O segundo patriarca, o filho de Abraão que leva a promessa da constituição do povo escolhido.
h. As gerações ou a história de Isaque ( Gênesis 25:19-35:29 ). Este registro revela que Deus não abandonou este filho de Abraão, no decorrer das Escrituras, Deus ainda revelará o desejo de agregar esta descendência.
i. As gerações ou a história de Esaú ( Gênesis 36:1-43 ). O filho preferido do pai, mais não eleito por Deus para dar continuidade aos propósitos divinos.
j. As gerações ou a história de Jacó ( Gênesis 37:1-50:26 ). O filho preterido pelo seu pai, mas escolhido por Deus, registra a formação das doze tribos que estabelecerão a nação de Israel.
Essa reiterada expressão também serve com o estrutura do livro inteiro, mostrando que existe uma sequência contínua da criação até a linhagem de Adão, da linhagem de Adão até a linhagem de Noé, da linhagem de Noé até os três filhos de Noé, destes até Sem, e então até Terá, o pai de Abraão. Cerca de metade dessa estrutura literária aparece em Gênesis 1— 11, o que situa a narrativa desses primeiros capítulos no mesmo contexto histórico da outra metade, na mesma estrutura literária visível na narrativa patriarcal de Gênesis 12—50. [1]
II- OS PRINCÍPOS DE GENESIS
1. Gênesis é "O Grande Livro de ancestralidade humana."
2. Gênesis é "O Grande Livro da História dos Patriarcas". As vidas dos pais de Israel, Abraão, Isaque e Jacó são narrados por Gênesis.
3. Gênesis é "O Grande Livro que lança a Graça de Deus para com o homem."
4. Gênesis é "O Grande Livro que estabelece os pactos ou as aliança, Gênesis mostra relação muito especial de Deus com o homem, como Deus estabeleceu Seus primeiros quatro pactos com o homem em quatro momentos cruciais na história do homem.
Estas Alianças seriam:
a. A aliança edênica pelo qual Deus se encontrou com a maioria das necessidades básicas do homem ( Gênesis 2:15-17 ).
b. A aliança adâmica ou a aliança com Adão, pela qual Deus promete redenção (Gênesis 3:15 ).
c. A aliança de Noé ou a aliança com Noé, pela qual Deus preserva a raça humana (Gênesis 6:18 ; Gênesis 9:8-17 ).
d. A Aliança de Abraão ou a aliança com Abraão através do qual Deus começa uma nova raça (os judeus) para ser a linha escolhida do povo de Deus ( Gênesis 12:1-3 ).
É importante notar que os pactos com Adão e Noé podemos chama-los de universais; ou seja, eles cobrem a relação que existe entre Deus e toda a raça humana. Mas a aliança com Abraão é um pacto limitado; ou seja, abrange apenas a relação que existe entre Deus e Seu povo escolhido, neste caso a nação de Israel, que diligentemente deveria seguir e obedecer a Deus, mas acima de tudo crer nela. ( Gênesis 11:6 ).
5. Gênesis é "O Grande Livro que começa peregrinação de fé do homem."
  Adão, Abel, Enoque, Noé, a linhagem piedosa de Deus: eles demonstraram grande fé em Deus ( Gênesis 3:15;  3:21; 4:3 -4; 5:21-24; 6:9-10 ).
  Abraão, Isaque e Jacó eram homens de grande fé.
6. Gênesis é "O Grande livro que revela as principais promessas de Deus."
  Há a promessa de Deus para enviar a semente prometida , o Salvador do mundo, para esmagar o poder de que "a antiga serpente, chamada o diabo" (Gênesis 3:15; Ap 12:9;  20:2 ).
  Há a promessa de Deus para ver sempre que uma linhagem piedosa de pessoas existe para que Ele possa cumprir suas promessas e propósitos sobre a terra ( Gênesis 3:15 ; Gênesis 12:1-3 ).
  Há a promessa de Deus de dar a terra prometida de Canaã para Israel. Mas note: a terra prometida refere-se tanto uma herança física e um tipo da herança espiritual. A terra prometida é um símbolo de uma morada celestial que é a Nova Jerusalém, que Deus prometeu a todos os crentes genuínos que diligentemente o buscam ( Gênesis 12:1  Hebreus 11:08 - 10, 13-14, 16; Gênesis 11:29;  Romanos 4:13; Gal 3:16. ).
7. Gênesis é "O Grande Livro da semente prometida," o Salvador do mundo. A semente prometida é um dos grandes temas que corre ao longo de toda a Bíblia (Gênesis 3:15; Gal 3:6-7,16. ).
8. Gênesis é O Grande Livro de Teologia e Doutrinas bíblicas, ainda que não são desenvolvidos em Gênesis, mas praticamente toda a doutrina que é desenvolvido no Novo Testamento é retratado ou ilustrado em Gênesis.
A teologia de todo o livro de Gênesis concentra-se na bondade de Deus ao estender suas “bênçãos” do plano da promessa de maneira muito generosa, a partir da criação até a escolha da linhagem de Abraão como meio pelo qual Deus abençoaria as nações do mundo com sua dádiva das boas novas. A palavra dominante para o plano da promessa de Deus na teologia de Gênesis é bênção, que, tanto em sua forma verbal quanto nominal, aparece aproximadamente oitenta e oito vezes no livro.
A  palavra “bênção” de Deus expressa nas alianças edênica, noética e abraâmica. Foi ele quem prometera “abençoar” todos os seres criados, no princípio da narrativa pré-patriarcal (1.22,28), posteriormente em diversos pontos estratégicos no desenrolar da narrativa (5.2; 9.1), e na conclusão a essa primeira seção da Bíblia (12.1-3). Assim, o plano da promessa de Deus começou com o uso do tema de bênção ou “abençoar”. [2]
a. Os nomes ou imagens doutrinários de Deus como ...
• O Deus  (Elohim, Gênesis 1:1 ).
• O Deus da redenção e revelação, a aliança que Deus quem estabelece uma relação pessoal com o homem (Jeová ou Javé, Gênesis 2:4 ; Gênesis 2:7 ).
• Deus Altíssimo (El Elyon, Gênesis 14:18-20 ).
• Deus Todo-Poderoso (El Shaddai, Gênesis 17:1 ;. cp Êxodo 6:03 ).
• O Eterno Deus (El Olam, Gênesis 21:33 ).
• Deus de Ver (El Roi, Gênesis 16:13 ).
• Deus, o Deus de Israel (El-elohe-Israel, Gênesis 33:20 ).
• Deus de Betel (El-Betel, Gênesis 35:7 ).
• Deus de Abraão ( Gênesis 24:12 ; Gênesis 28:13 ; Gênesis 31:42 ; Êxodo 3:6 ).
• O medo de Isaque ( Gênesis 31:42 , 53 ).
• A Um forte ou Poderoso de Jacó ( Gênesis 49:24 ; Isaías 1:24 ; Salmo 132:2 ).
• O Senhor Deus de Sem ( Gênesis 9:26 ).
• O Senhor de todos (Adonay, Gênesis 18:27; Êxodo 23:17; Isaías 6:1; Isaías 10:16, 33).
b. Existem as imagens doutrinários de ...
• justificação (Gênesis 15:6; Romanos 4:3, 20-23). Estabelece a base que a justificação seria por meio da Fé, e não por obras.
• criação (Gênesis 1-2).
• redenção ( Gênesis 3:21 ). A redenção viria por Deus pois somente Ele é capaz de prover tal condição.
• salvação através da semente prometida, o Salvador do mundo ( Gênesis 3:15 ; Gênesis 12:3). Gerando esperança a toda humanidade.
• crentes, uma linhagem piedosa de pessoas que seguem a Deus ( Gênesis 4-50 ). Enquanto a redenção não se concretiza, Deus se relaciona como seus crentes fieis.
• misericórdia ( Gênesis 4:15 ; Gênesis 6:8 ; Gênesis 18:26 ; Gênesis 19:16 ).
• julgamento ( Gênesis 6:1-7 ; Gênesis 19:24 .  Gênesis 18:16-33 ).
• a terra prometida ( Gênesis 12:1-3; Gênesis 22:5 ; Gênesis 47:29 ,Gênesis 50:24. Hebreus 11:13-14 , 16 , 17-19; 11:19).
• oração ( Gênesis 18:23 ; Gênesis 25:21 ; Gênesis 32:24-32 ).
• lei humana ( Gênesis 9:4-6 ).

III- DEFINIÇÃO TEOLÓGICA DA CRIAÇÃO
Podemos definir a doutrina da criação nos seguintes apontamentos primeiro, o universo, ainda que distinto de Deus, deve a sua origem a um ato totalmente divino, e sendo assim depende totalmente deste Deus. Segundo, ao criar o universo Deus operou livremente, e não por necessidade ou compulsão, negando uma criação espontânea e independente. Terceiro, ao criar o universo Deus teria em vista um propósito moral e espiritual. Quarto, o propósito de Deus era a comunicação de sua própria vida e bem-aventurança aos seres criados. Seu desejo supremo foi o de fazer grandes espaços para a habitação de seres sensíveis e inteligentes; povoar esses espaços com semelhantes seres, e enchê-los com a vida e a santidade, a felicidade e paz de sua própria natureza. Seu objetivo foi o de produzir um reino no qual sua imagem fosse refletida, no qual aparecesse sua glória. Quinto, o fim assim definido foi um fim começado, levado adiante, e havia de se completar em Jesus Cristo (veja Cl 1.15-17; Ef 1.3-5; Rm 8.21).[3]



[1] Kaiser, Walter C., Jr. O plano da promessa de Deus : teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos; tradução Gordon Chown, A. G. Mendes . — São Paulo : Vida Nova, 2011.
[2] Kaiser, Walter C., Jr. O plano da promessa de Deus : teologia bíblica do Antigo e Novo Testamentos; tradução Gordon Chown, A. G. Mendes . — São Paulo : Vida Nova, 2011.
[3] Mullins, Edgar Young.A religião cristã : na sua expressão doutrinária; tradução Cláudio J.A. Rodrigues. São Paulo : Hagnos, 2005.
A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DE GÊNESIS
TEXTO SALMOS 19.1-14
1 Salmo de Davi para o músico-mor. Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
2 Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite.
3 Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz.
4 A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol,
5 O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.
6 A sua saída é desde uma extremidade dos céus, e o seu curso até à outra extremidade, e nada se esconde ao seu calor.
7 A lei do SENHOR é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do SENHOR é fiel, e dá sabedoria aos símplices.
8 Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro, e ilumina os olhos.
9 O temor do SENHOR é limpo, e permanece eternamente; os juízos do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente.
10 Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doces do que o mel e o licor dos favos.
11 Também por eles é admoestado o teu servo; e em os guardar há grande recompensa.
12 Quem pode entender os seus erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos.
13 Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim. Então serei sincero, e ficarei limpo de grande transgressão.
V14 Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, SENHOR, Rocha minha e Redentor meu!
TEXTO AUREO V1 ‘. Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.’
INTRODUÇÃO:
Iniciamos este período de lição com um tema importante na construção bíblica, que são os três primeiros capítulos, pois neles encontramos todo o propósito de construção dos assuntos encontrados na Bíblia, e irá nos explicar todas as catástrofes que o homem tem praticada na história, em contra partida a ação divina para salvar e para punir a humanidade.
Nesta primeira parte trataremos da composição do livro de Gênesis.
I- O grande peso da evidência aponta para Moisés ser o autor do Gênesis. A prova pode ser resumida nos seguintes pontos.
1. Gênesis é o primeiro livro do Pentateuco (os cinco primeiros livros da Bíblia), e o Pentateuco é dito ser escrito por Moisés. Na verdade, o Pentateuco é às vezes chamado simplesmente de "Moisés" ( João 5:46 ;Lucas 24:27, 44 ).
2. Cada um dos cinco livros do Pentateuco diz que Moisés é o autor que, com exceção de Gênesis ( Êxodo 17:14 ; Êxodo 24:3-4 ; Êxodo 34:27 ; Levítico 01:01 ; Levítico 4:1; 6 : 1, 8, 19 , 24; 7:22 , 28 ; 8:1 ; Números 33:2 ; Dt 1:1; 17:18-19;  27:1-8. ; 28:58, 61 ; 29:19-20;  27; 30:10;  31:9-11, 24-26 ). Entendemos que Moises é o editor de Gênesis, pois ele a recebeu em forma de diversos documentos, que depois a organizou e estabeleceu como sendo um único livro.
3 O Antigo Testamento sempre se refere, sem exceção, a Moisés como o autor do Pentateuco ( Josué 1:7-8 ; 8:31-32 ; 1 Reis 2:3 ; 8:9 , 53 ; 2 Reis 10: 31 ; 2 Reis 14:6 ; Esdras 6:18 ; . Ne 13:01 ;Daniel 9:11-13 ; Malaquias 4:4 ).
4 O Novo Testamento sempre se refere a Moisés como o autor do Pentateuco, que inclui Genesis ( Mateus 08:04 ; 19:7-8 ; 23:02 ; Marcos 1:44 ; 7:10 ; 10:3 -4 ; 12:19, 26 ;Lucas 5:14 ; 16:29-31 ; 20:37 ; 24:27, 44 ; João 1:17 ; 3:14 ; 5:45-46;  6:32 ; 7:19, 22-23; Atos 3:22; 13:39; 15:1, 5, 21; 26:22; 28:23; Romanos 10:5, 19; 1Co. 9:9 ; 2 Coríntios 3:15 ). O peso da evidência bíblica é que Moisés é o autor de todo o Pentateuco, incluindo Gênesis.
5. Talmud, os primeiros escritos dos judeus, diz que Moisés foi o autor do Gênesis.
6. Moisés era uma testemunha ocular, um participante real nos eventos de Êxodo a Deuteronômio. Por exemplo, observe a sua observação de doze fontes de água e setenta palmeiras ( Êxodo 15:27 ).
7. Moisés estava bem familiarizado com o Egito. O autor do Gênesis está familiarizado com nomes egípcios, e Gênesis, na verdade tem um número maior de palavras egípcias do que qualquer outro livro do Antigo Testamento.
8. A ordenança da circuncisão é dito ser parte da lei de Moisés (João 7:23), e circuncisão foi instituída em Gênesis 17:12 , bem como em Êxodo 12:48 e em Levítico 12:03 .
9 Gênesis e Êxodo formam um todo; isto é, Êxodo é incompleto sem Gênesis. É Genesis que explica questões como ...
• como Israel entrou no Egito.
• como Israel foi libertado da escravidão do Egito e foi formado como uma nação.
• como Israel tornou-se tão envolvido com as promessas e relação de aliança com Deus.
• por que o Êxodo de Israel e a viagem para a terra de Canaã eram tão importantes.
II- FINALIDADE: Três propósitos podem ser adquiridos a partir de Gênesis, um propósito histórico, doutrinal, e cristológico.
1 O objetivo Histórico: para encorajar e fortalecer Israel em sua fé e confiança em Deus. Lembre-se, para cerca de 430 anos, os filhos de Israel permaneceu no Egito, e neste últimos anos sofreu a terrível escravidão no Egito, e agora durante o tempo em que o Gênesis foi composto, estavam sofrendo com as provações e tentações da peregrinação no deserto. A única coisa que as pessoas precisavam acima de tudo estava a ser encorajados e fortalecidos na sua fé em Deus. Historicamente, Gênesis foi escrito para ensinar Israel cinco lições fortes.
a. Para ensinar a Israel que havia apenas um Deus vivo e verdadeiro, um Deus que criou e determinou todas as coisas ( Gênesis 1-11 ).
b. Para ensinar a Israel as suas raízes, que eles realmente tinha sido escolhido pelo próprio Deus através de Abraão, designado para ser a linha escolhida do povo de Deus.
c. Para ensinar a Israel que a semente prometida , o Salvador, deveria ser enviado ao mundo através deles. Eles eram a linha escolhida por meio de quem Deus iria salvar o mundo. Salvação, a semente prometida, estava para vir através de Israel.
d. Para ensinar a Israel que eles estavam para receber a terra prometida , a terra de Canaã, e que Deus seria fiel à Sua Palavra e dar-lhes a terra prometida .
e. Para ensinar a Israel que eles devem acreditar e seguir a Deus ...
• em conquistar e superar as provações e os inimigos da vida.
• na busca após a terra prometida, continuar a servir a Deus, para que as demais nações pudessem também se converter.
2 O propósito doutrinário ou espiritual: ensinar todas as pessoas em todos os lugares...
a. Para ensinar que Deus é o Criador Soberano: Ele é o Senhor a majestade do universo, a inteligência suprema e força de toda a criação, visível e invisível ( Gênesis 1-2 ).
b. Para ensinar que Deus criou o homem e a mulher: Ele os criou para derramar Sua graça sobre eles e para garantir a sua comunhão pessoal e serviço, agora e para sempre (Gênesis 1:26 - 2:25).
c. Para ensinar a origem do pecado e da morte: por que essas duas coisas horríveis existem e infectam as vidas de pessoas tão profundamente ( Gênesis 3 ).
d. Para ensinar a misericórdia e a graça de Deus: que Deus tem misericórdia do homem e derramará Sua graça sobre ele, se o homem se arrepender e voltar para Deus.
e. Para ensinar a fidelidade de Deus e da Sua Palavra: a de que o que Deus diz e prometeu serão cumpridas, não importa o que ele tem que fazer para superar as terríveis falhas dos homens.
3 A finalidade cristológico ou centrada em Cristo: ensinar que a semente prometida apontou para Jesus Cristo como o Salvador do mundo, que Jesus Cristo é a semente prometida que veio da linhagem piedosa de ... a mulher ( Gênesis 3:15 )
• Sete ( Gênesis 4:25 )
• Sem ( Gênesis 9:27 ; Gênesis 11:10-26 )
• Abraão ( Gênesis 12:03 ;. cp Romanos 9:7-9 )
• Isaque ( Gênesis 21:12 )
• Jacó ( Gênesis 25:23 ;. cp Romanos 9:10-12 )
• Judá ( Gênesis 49:10 )
III-  É um registro de vários grandes começos.
a. O início do universo, tanto do céu e da terra ( Gênesis 1:01-11:31 ).
b. O começo do homem e da mulher ( Gênesis 1:26-31 ; Gênesis 2:4-25 ).
c. O início da aliança de Deus com o homem ( Gênesis 2:15-17 ).
d. O começo do pecado ( Gênesis 3:1-13 ; Gênesis 4:8-15 ).
e. O início da salvação, da libertação do homem do pecado e da morte através prometido de Deus semente, o Salvador do mundo ( Gênesis 3:14-21 ).
f. O início da família ( Gênesis 4:1-15 ).
g. O início da civilização e da sociedade ( Gênesis 4:16 - 9:29 ).
h. O início das nações e raças ( Gênesis 10-11 ).
i. O início de Israel, o povo escolhido de Deus ( Gênesis 12-50 ).

j. O início da esperança para a terra prometida (Canaã, um símbolo do céu) (Gênesis 12-50).