segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS
Gn1.1-28
1 No princípio criou Deus os céus e a terra.
2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz.
4 E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
6 E disse Deus: Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 E fez Deus a expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
8 E chamou Deus à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9 E disse Deus: Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e assim foi.
10 E chamou Deus à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que era bom.
Gn 1:11 E disse Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
12 E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
13 E foi a tarde e a manhã, o dia terceiro.
14 E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
15 E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
16 E fez Deus os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; e fez as estrelas.
17 E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra,
18 E para governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu Deus que era bom.
19 E foi a tarde e a manhã, o dia quarto.
20 E disse Deus: Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre a face da expansão dos céus.
21 E Deus criou as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
22 E Deus os abençoou, dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves se multipliquem na terra.
23 E foi a tarde e a manhã, o dia quinto.
24 E disse Deus: Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da terra conforme a sua espécie; e assim foi.
25 E fez Deus as feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
26 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
27 E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
Criação é o ato livre do Deus trino pelo qual, no princípio, para sua glória, ele fez, sem o uso de matéria preexistente, todo o universo visível e invisível.[1]
I. O Plano de Trabalho de Deus (1.1 -2.19)
A. Primeiro dia: criação da luz (1.3-5): "Disse Deus: Haja luz. E houve luz". Então ele faz a separação entre a luz e as trevas.
B. Segundo dia: criação do firmamento e das águas (1.6-8):
Deus separa as águas sobre o firmamento, as águas da atmosfera, as águas terrenas e as que estão debaixo do firmamento.
C. Terceiro dia: criação da flora (1.9-13):
Primeiro, ele separa as águas da porção seca. A terra, então, produz a relva, as ervas, as árvores e a vegetação de toda a espécie.
D. Quarto dia: criação do sol, da lua e das estrelas (1.14-19)
E. Quinto dia: criação dos peixes e da aves (1.20-23)
F. Sexto dia: criação dos animais terrestres e das pessoas (1.24-31; 2.7-20)
1. As criaturas brutas: animais domésticos e selvagens (1.24-25)
2. A criatura abençoada, a quem foram dadas duas coisas:
a. A imagem de Deus (1.26-27)
b. As instruções de Deus (1.26-31; 2.15-19)
(1) As pessoas devem reinar sobre toda a natureza (1.26, 28),
(2) encher a terra, conforme sua espécie (1.28),
(3) cultivar e cuidar de seu lindo lar, o Jardim do Éden (2.15),
(4) comer o fruto de qualquer árvore, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (2.16-1 7)
(5) e dar nomes a todas as demais criaturas (2.19-20).
G. Sétimo dia: Deus descansa (2.1-6): Sua obra de criação está completa e é declarada boa. Deus abençoa e santifica o sétimo dia.[2]
"A ideia da criação pela palavra preserva em primeiro lugar, a distinção essencial mais radical entre o Criador ea criatura. Criação não pode ser considerado nem remotamente uma emana-ção de Deus ... mas é sim um produto de sua vontade pessoal".[3]
II- Que heresias que este capítulo irá refutar ?
a. A heresia de "dualismo filosófico" ensina que a mente e a matéria são os dois princípios eternos e essenciais do universo. Este capítulo ensina que mente precedida e criado assunto.
b. A heresia de "evolução " Este capítulo primeiro de Gênesis refuta definitivamente os ensinamentos da evolução ateísta . Ela ensina que Deus, e não um número infinito de forças recessivas, é a causa do universo e sua plenitude.
Este capítulo também refuta os ensinamentos de evolução teísta. Ela ensina que Deus criou o homem a uma crise no tempo e não mais de um longo período de tempo .
c. A heresia de "ateísmo " -Este capítulo ensina a existência de um Deus pessoal, um Deus criador-sustentador.
d. A heresia do "politeísmo " Politeísmo ensina a existência de muitos deuses. Este capítulo ensina que não existe, mas um Deus. Este Deus criou tudo.
e. A heresia de "panteísmo " Esta heresia ensina a imanência , mas não a transcendência de Deus. Este capítulo ensina tanto a imanência e transcendência de Deus.
f. A heresia de "unitarismo " Ensina que Deus é uma pessoa. Este capítulo ensina que Deus é mais do que uma pessoa. Este capítulo chama Deus " Elohim ", um substantivo plural, que é usado com um verbo no singular. Além disso, observe que Deus diz "façamos", não "deixe- me fazer. "
g. A heresia de "monoteísmo evoluído " Esta heresia ensina que o conceito de monoteísmo evoluído a partir do conceito de politeísmo. Este capítulo ensina que o conceito de monoteísmo era conhecido desde o início.
III- Qual é o significado do primeiro sábado ? (2: 2, 3)
a. Não está afirmando uma  exaustão ou uma de inatividade divina .
b. positivas -Este sábado era um descanso de satisfação (um descanso a partir do trabalho de criação e reforma).
Este descanso é a base do sábado do sétimo dia judaico , Exo. 20: 8- 11, e é um tipo de perfei-ta alma que aguarda todo o povo de Deus , Heb. 4: 1, 9, 11, no novo céu e da nova terra, quando Deus terá terminado sua obra de ordem e plenitude trazendo de volta para as almas dos homens caídos e de volta para a terra amaldiçoada. Então Deus vai descansar novamente e homem redimido vai entrar no repouso de Deus.
IV- OS GRANDES TEMAS DEVOCIONAIS
1) Primeira Lição O Poder da Palavra de Deus, que é capaz de realizar e cumprir qualquer coisa. אָמַר AMAR sig. dizer, disse, proferir, Deus fez todas as coisas na expressão de sua voz. דָּבָר  DABAR sig. Palavra, que ocorre pela primeira vez Gn15.1; Hebreus 11.3 - “Pela fé en-tendemos que os mundos foram formados pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que aparece”; SI. 33.9 - “Os céus foram feitos pela palavra do Senhor, e todo o exército deles, pelo sopro da sua boca. [...] Pois ele falou, e tudo se fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.” “Falou e logo se fez”; 148.5 - “Mandou e foram criados”; A criação, portanto, é descrita como o resultado da palavra dinâmica de Deus.
2) Deus criou do nada בָּרָא BARA criar, moldar, formar, DEUS é capaz de realizar qualquer coisas, se distingue por ser usado exclusivamente para Deus,[4]  significando “criar”, só se refere a um ato completado da criação ( Dt 4.32; Sl 89.12; Is 40.26; Am 4.13), por isso não pode significar que, no princípio, geralmente se refere a atividade criativa primária; a outra expres-são encontrada em Gn1 é asah desde algumas das coisas que Deus criou em seis dias, Ele formados a partir de material já existente, e em Gn. 2.7 yatzar que sig. formar (por exemplo, homem e mulher). Tudo isto tem o propósito m Rm. 4.17, nos fazendo descansar nas suas promessas.
3) ‘Haja Luz’ É o prenuncio do evangelho em nossos corações IICo.4.6; Aqui Ele produziu luz física, mas depois Ele enviou Seu Filho para ser a luz do mundo ( João 8:12 ).
4) Jesus participou desta criação: Cl 1.16 sejam potestades; tudo foi Criado por ele e para ELE;
5) Revela que Deus tem direito sobre todas as coisas: Ef 3.9 os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo Criou; podemos participar de alimentos lTm 4.3 dos manjares que Deus Criou para os fiéis e para...; IPe.4.19; adoração Rm1.25; Is 45.7 Eu formo a luz e Crio as trevas; eu faço a paz e Crio...;
6) Revela a transformação do novo homem pelo evangelho: Cl 3.10 o conhecimento, segundo a imagem daquele que o Criou;
7) Como primeira criação, Deus estabelecerá uma nova: Is 65.17 Porque eis que eu Crio céus novos e nova terra; e não;
8) Deus deve ser adorado por sua criação: SI 95.6 Ajoelhemos diante do Senhor que nos Cri-ou;
9) A criação está sujeita ao pecado: Rm8.20 – 22;
10) Revela a sabedoria de nosso Deus Is. 40.21- 31.
11) Revela como o único criador de todas coisas. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” Gênesis 1.1;
Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo algum. Tu a cobriste com o abismo, como com uma veste; as águas estavam sobre os montes; à tua repreensão, fugiram; à voz do teu trovão, se apressaram. Subiram aos montes, desceram aos vales, até ao lugar que para elas fundaste. Limite lhes traçaste, que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra” Salmo 104.5-9;
Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” Salmo 19.1;
Onde estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?” Jó 38.4,5;
Quem mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e recolheu em uma medida o pó da terra, e pesou os montes e os outeiros em balanças?” Isaías 40.12;
Porque assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro” Isaías 45.18;
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” Romanos 1.19,20;
Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” Hebreu 11.3.
Como afirma PEARLMAN:Não há, realmente, nenhum elemento de sublimidade já existente ou mesmo concebível na Natureza, que ultrapasse a ideia de Deus. Portanto, a proposição de que há um Deus, não tem nada igual, nenhum competidor; ela permanece sozinha em grandeza, sem rivais e inacessível; e se a sua sublimidade não prova a sua veracidade, ela pelo menos a torna digna de pesquisa, impondo uma tarefa de peso ao incrédulo; pois se for falsa, não é apenas o mais sublime dos erros, mas é um erro mais sublime que a própria verdade, sim, mais nobre e mais edificante do que qualquer verdade que a Natureza possa apresentar às nossas contemplações. Se isto for um paradoxo, sua solução é uma tarefa que cabe àqueles que negam a existência de Deus” [5]
Destas passagens podemos inferir que 1) todas as coisas dependem absolutamente de Deus; 2) Deus exerce o controle supremo sobre todas as coisas; 3) Deus é o único ser infinito; 4) só Deus é eterno; 5) não há nenhuma substância a partir da qual Deus cria; 6) as coisas não procedem de Deus por emanação necessária; o universo tem sua fonte e origem na vontade transcendente de Deus.[6]
O julgamento de que todas estas coisas eram “boas” é, logicamente, uma declaração de propósito. Dá a entender que a criação serve pelo menos para fins estéticos. Mas a estética sozinha é uma base insuficiente para se edificar o objetivo eterno e divino. Von Rad propõe que a palavra “bom” contém “menos julgamento estético do que a designação de propósito, correspondência”.
1) Esta afirmativa revela as qualidades que Deus executa sua obra.
2) Esta afirmativa revela o ambiente proporcionado por Deus ao homem.
3) Esta afirmativa revela a responsabilidade do homem de mantê-la da forma que a recebeu, ou seja, perpetuar sua qualidade.
4) Esta afirmativa revela que Deus nos dá somente, e creia somente o que é bom.



[1] Strong, Augustus Hopkins Teologia Sistemática; prefácio de Russell Shedd ; [tradução Augusto Victorino]. - São Paulo : Hagnos, 2003.

[2] Willmington, Harold L. A Bíblia em Esboços; Tradução: Eros Pasquini Júnior. São Paulo, SP: Editora Hagnos, 2001.
[3] Roy Gingrich’s. Comentário Bíblico em Forma de Esboço.
[4] Bruce K. Waltke.  Comentário GÊNESIS Tradutor: Valter Graciano Martins Para: Editora Cultura Cristã 2003.
[5] PEARLMAN, Mayer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999.
[6] Strong, Augustus Hopkins Teologia Sistemática; prefácio de Russell Shedd ; [tradução Augusto Victorino]. - São Paulo : Hagnos, 2003.

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