A
CRIAÇÃO DE TODAS AS COISAS
Gn1.1-28
1 No princípio
criou Deus os céus e a terra.
2 E a terra era
sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus
se movia sobre a face das águas.
3 E disse Deus:
Haja luz; e houve luz.
4 E viu Deus que
era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou
à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro.
6 E disse Deus:
Haja uma expansão no meio das águas, e haja separação entre águas e águas.
7 E fez Deus a
expansão, e fez separação entre as águas que estavam debaixo da expansão e as
águas que estavam sobre a expansão; e assim foi.
8 E chamou Deus
à expansão Céus, e foi a tarde e a manhã, o dia segundo.
9 E disse Deus:
Ajuntem-se as águas debaixo dos céus num lugar; e apareça a porção seca; e
assim foi.
10 E chamou Deus
à porção seca Terra; e ao ajuntamento das águas chamou Mares; e viu Deus que
era bom.
Gn 1:11 E disse
Deus: Produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore frutífera que dê
fruto segundo a sua espécie, cuja semente está nela sobre a terra; e assim foi.
12 E a terra
produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera,
cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
13 E foi a tarde
e a manhã, o dia terceiro.
14 E disse Deus:
Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a
noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos.
15 E sejam para
luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra; e assim foi.
16 E fez Deus os
dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor
para governar a noite; e fez as estrelas.
17 E Deus os pôs
na expansão dos céus para iluminar a terra,
18 E para
governar o dia e a noite, e para fazer separação entre a luz e as trevas; e viu
Deus que era bom.
19 E foi a tarde
e a manhã, o dia quarto.
20 E disse Deus:
Produzam as águas abundantemente répteis de alma vivente; e voem as aves sobre
a face da expansão dos céus.
21 E Deus criou
as grandes baleias, e todo o réptil de alma vivente que as águas abundantemente
produziram conforme as suas espécies; e toda a ave de asas conforme a sua
espécie; e viu Deus que era bom.
22 E Deus os abençoou,
dizendo: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei as águas nos mares; e as aves
se multipliquem na terra.
23 E foi a tarde
e a manhã, o dia quinto.
24 E disse Deus:
Produza a terra alma vivente conforme a sua espécie; gado, e répteis e feras da
terra conforme a sua espécie; e assim foi.
25 E fez Deus as
feras da terra conforme a sua espécie, e o gado conforme a sua espécie, e todo
o réptil da terra conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.
26 E disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra,
e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.
27 E criou Deus
o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.
28 E Deus os
abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e
sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre
todo o animal que se move sobre a terra.
Criação é o ato livre
do Deus trino pelo qual, no princípio, para sua glória, ele fez, sem o uso de
matéria preexistente, todo o universo visível e invisível.[1]
I.
O Plano de Trabalho de Deus (1.1 -2.19)
A. Primeiro dia:
criação da luz (1.3-5): "Disse Deus: Haja luz. E houve luz". Então
ele faz a separação entre a luz e as trevas.
B. Segundo dia: criação
do firmamento e das águas (1.6-8):
Deus separa as águas
sobre o firmamento, as águas da atmosfera, as águas terrenas e as que estão
debaixo do firmamento.
C. Terceiro dia:
criação da flora (1.9-13):
Primeiro, ele separa as
águas da porção seca. A terra, então, produz a relva, as ervas, as árvores e a
vegetação de toda a espécie.
D. Quarto dia: criação
do sol, da lua e das estrelas (1.14-19)
E. Quinto dia: criação
dos peixes e da aves (1.20-23)
F. Sexto dia: criação
dos animais terrestres e das pessoas (1.24-31; 2.7-20)
1. As criaturas brutas:
animais domésticos e selvagens (1.24-25)
2. A criatura
abençoada, a quem foram dadas duas coisas:
a. A imagem de Deus
(1.26-27)
b. As instruções de
Deus (1.26-31; 2.15-19)
(1) As pessoas devem
reinar sobre toda a natureza (1.26, 28),
(2) encher a terra,
conforme sua espécie (1.28),
(3) cultivar e cuidar
de seu lindo lar, o Jardim do Éden (2.15),
(4) comer o fruto de
qualquer árvore, exceto da árvore do conhecimento do bem e do mal (2.16-1 7)
(5) e dar nomes a todas
as demais criaturas (2.19-20).
G. Sétimo dia: Deus
descansa (2.1-6): Sua obra de criação está completa e é declarada boa. Deus
abençoa e santifica o sétimo dia.[2]
"A ideia da
criação pela palavra preserva em primeiro lugar, a distinção essencial mais
radical entre o Criador ea criatura. Criação não pode ser considerado nem
remotamente uma emana-ção de Deus ... mas é sim um produto de sua vontade
pessoal".[3]
II-
Que heresias que este capítulo irá refutar ?
a. A heresia de
"dualismo filosófico" ensina que a mente e a matéria são os dois
princípios eternos e essenciais do universo. Este capítulo ensina que mente
precedida e criado assunto.
b. A heresia de
"evolução " Este capítulo primeiro de Gênesis refuta definitivamente
os ensinamentos da evolução ateísta . Ela ensina que Deus, e não um número
infinito de forças recessivas, é a causa do universo e sua plenitude.
Este capítulo também
refuta os ensinamentos de evolução teísta. Ela ensina que Deus criou o homem a
uma crise no tempo e não mais de um longo período de tempo .
c. A heresia de
"ateísmo " -Este capítulo ensina a existência de um Deus pessoal, um
Deus criador-sustentador.
d. A heresia do
"politeísmo " Politeísmo ensina a existência de muitos deuses. Este
capítulo ensina que não existe, mas um Deus. Este Deus criou tudo.
e. A heresia de
"panteísmo " Esta heresia ensina a imanência , mas não a
transcendência de Deus. Este capítulo ensina tanto a imanência e transcendência
de Deus.
f. A heresia de
"unitarismo " Ensina que Deus é uma pessoa. Este capítulo ensina que
Deus é mais do que uma pessoa. Este capítulo chama Deus " Elohim ",
um substantivo plural, que é usado com um verbo no singular. Além disso,
observe que Deus diz "façamos", não "deixe- me fazer. "
g. A heresia de
"monoteísmo evoluído " Esta heresia ensina que o conceito de
monoteísmo evoluído a partir do conceito de politeísmo. Este capítulo ensina
que o conceito de monoteísmo era conhecido desde o início.
III-
Qual é o significado do primeiro sábado ? (2: 2, 3)
a. Não está afirmando
uma exaustão ou uma de inatividade
divina .
b. positivas -Este
sábado era um descanso de satisfação (um descanso a partir do trabalho de
criação e reforma).
Este descanso é a base
do sábado do sétimo dia judaico , Exo. 20: 8- 11, e é um tipo de perfei-ta alma
que aguarda todo o povo de Deus , Heb. 4: 1, 9, 11, no novo céu e da nova
terra, quando Deus terá terminado sua obra de ordem e plenitude trazendo de
volta para as almas dos homens caídos e de volta para a terra amaldiçoada.
Então Deus vai descansar novamente e homem redimido vai entrar no repouso de
Deus.
IV-
OS GRANDES TEMAS DEVOCIONAIS
1) Primeira Lição O
Poder da Palavra de Deus, que é capaz de realizar e cumprir qualquer coisa. אָמַר
AMAR sig. dizer, disse, proferir, Deus fez todas as coisas na expressão de sua
voz. דָּבָר DABAR sig. Palavra, que
ocorre pela primeira vez Gn15.1; Hebreus 11.3 - “Pela fé en-tendemos que os
mundos foram formados pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito
do que aparece”; SI. 33.9 - “Os céus foram feitos pela palavra do Senhor, e
todo o exército deles, pelo sopro da sua boca. [...] Pois ele falou, e tudo se
fez; ele mandou, e logo tudo apareceu.” “Falou e logo se fez”; 148.5 - “Mandou
e foram criados”; A criação, portanto, é descrita como o resultado da palavra
dinâmica de Deus.
2) Deus criou do nada בָּרָא
BARA criar, moldar, formar, DEUS é capaz de realizar qualquer coisas, se
distingue por ser usado exclusivamente para Deus,[4] significando “criar”, só se refere a um ato
completado da criação ( Dt 4.32; Sl 89.12; Is 40.26; Am 4.13), por isso não
pode significar que, no princípio, geralmente se refere a atividade criativa
primária; a outra expres-são encontrada em Gn1 é asah desde algumas das coisas
que Deus criou em seis dias, Ele formados a partir de material já existente, e
em Gn. 2.7 yatzar que sig. formar (por exemplo, homem e mulher). Tudo isto tem
o propósito m Rm. 4.17, nos fazendo descansar nas suas promessas.
3) ‘Haja Luz’ É o
prenuncio do evangelho em nossos corações IICo.4.6; Aqui Ele produziu luz
física, mas depois Ele enviou Seu Filho para ser a luz do mundo ( João 8:12 ).
4) Jesus participou
desta criação: Cl 1.16 sejam potestades; tudo foi Criado por ele e para ELE;
5) Revela que Deus tem direito
sobre todas as coisas: Ef 3.9 os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo
Criou; podemos participar de alimentos lTm 4.3 dos manjares que Deus Criou para
os fiéis e para...; IPe.4.19; adoração Rm1.25; Is 45.7 Eu formo a luz e Crio as
trevas; eu faço a paz e Crio...;
6) Revela a
transformação do novo homem pelo evangelho: Cl 3.10 o conhecimento, segundo a
imagem daquele que o Criou;
7) Como primeira
criação, Deus estabelecerá uma nova: Is 65.17 Porque eis que eu Crio céus novos
e nova terra; e não;
8) Deus deve ser
adorado por sua criação: SI 95.6 Ajoelhemos diante do Senhor que nos Cri-ou;
9) A criação está
sujeita ao pecado: Rm8.20 – 22;
10) Revela a sabedoria
de nosso Deus Is. 40.21- 31.
11) Revela como o único
criador de todas coisas. “No princípio, criou Deus os céus e a terra” Gênesis
1.1;
“Lançou
os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo algum. Tu a cobriste com
o abismo, como com uma veste; as águas estavam sobre os montes; à tua
repreensão, fugiram; à voz do teu trovão, se apressaram. Subiram aos montes,
desceram aos vales, até ao lugar que para elas fundaste. Limite lhes traçaste,
que não ultrapassarão, para que não tornem mais a cobrir a terra” Salmo
104.5-9;
“Os
céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos”
Salmo 19.1;
“Onde
estavas tu quando eu fundava a terra? Faze-mo saber, se tens inteligência. Quem
lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?” Jó
38.4,5;
“Quem
mediu com o seu punho as águas, e tomou a medida dos céus aos palmos, e
recolheu em uma medida o pó da terra, e pesou os montes e os outeiros em
balanças?” Isaías 40.12;
“Porque
assim diz o SENHOR que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez;
ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu
sou o SENHOR, e não há outro” Isaías 45.18;
“Porquanto
o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno
poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que
estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” Romanos 1.19,20;
“Pela
fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira
que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente” Hebreu 11.3.
Como afirma PEARLMAN:“Não
há, realmente, nenhum elemento de sublimidade já existente ou mesmo concebível
na Natureza, que ultrapasse a ideia de Deus. Portanto, a proposição de que há
um Deus, não tem nada igual, nenhum competidor; ela permanece sozinha em
grandeza, sem rivais e inacessível; e se a sua sublimidade não prova a sua
veracidade, ela pelo menos a torna digna de pesquisa, impondo uma tarefa de
peso ao incrédulo; pois se for falsa, não é apenas o mais sublime dos erros,
mas é um erro mais sublime que a própria verdade, sim, mais nobre e mais edificante
do que qualquer verdade que a Natureza possa apresentar às nossas
contemplações. Se isto for um paradoxo, sua solução é uma tarefa que cabe
àqueles que negam a existência de Deus” [5]
Destas passagens
podemos inferir que 1) todas as coisas dependem absolutamente de Deus; 2) Deus
exerce o controle supremo sobre todas as coisas; 3) Deus é o único ser
infinito; 4) só Deus é eterno; 5) não há nenhuma substância a partir da qual Deus
cria; 6) as coisas não procedem de Deus por emanação necessária; o universo tem
sua fonte e origem na vontade transcendente de Deus.[6]
O julgamento de que
todas estas coisas eram “boas” é, logicamente, uma declaração de propósito. Dá
a entender que a criação serve pelo menos para fins estéticos. Mas a estética
sozinha é uma base insuficiente para se edificar o objetivo eterno e divino.
Von Rad propõe que a palavra “bom” contém “menos julgamento estético do que a designação
de propósito, correspondência”.
1) Esta afirmativa
revela as qualidades que Deus executa sua obra.
2) Esta afirmativa
revela o ambiente proporcionado por Deus ao homem.
3) Esta afirmativa
revela a responsabilidade do homem de mantê-la da forma que a recebeu, ou seja,
perpetuar sua qualidade.
4) Esta afirmativa
revela que Deus nos dá somente, e creia somente o que é bom.
[1]
Strong,
Augustus Hopkins Teologia Sistemática; prefácio de Russell Shedd ; [tradução
Augusto Victorino]. - São Paulo : Hagnos, 2003.
[2]
Willmington,
Harold L. A Bíblia em Esboços; Tradução: Eros Pasquini Júnior. São Paulo, SP:
Editora Hagnos, 2001.
[3] Roy
Gingrich’s. Comentário Bíblico em Forma de Esboço.
[4] Bruce
K. Waltke. Comentário GÊNESIS Tradutor:
Valter Graciano Martins Para: Editora Cultura Cristã 2003.
[6]
Strong,
Augustus Hopkins Teologia Sistemática; prefácio de Russell Shedd ; [tradução
Augusto Victorino]. - São Paulo : Hagnos, 2003.
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