Toda crença ou visão de um mundo tem seus apologistas. apologética cristã pode ser descrita como a justificação racional da verdade cristã afirma defronte perguntas específicas, objeções e alternativas, a fim de estabelecer "a permissão epistêmica" e "a obrigação epistêmico" da fé cristã tanto para cristãos e não-cristãos.
Etimologicamente, apologia quer dizer defesa; significa, primariamente, uma resposta de defesa contra alguma acusação ou denúncia. Muitas vezes se tem anotado que a primeira pregação da fé cristã iniciou-se com palavras de apologia. . Wilbur Sinith expressa-o da seguinte maneira: "... uma defesa verbal, uma palavra de defesa daquilo que alguém fez ou da verdade que alguém crê...". segundo McGrath “campo do pensamento cristão que se debruça sobre os temas fundamentais da fé cristã e estuda sua transmissão eficaz ao mundo não cristão” . Para Geisler “A apologética é a ciência ou disciplina racional que se esforça por apresentar a defesa da fé religiosa, existindo dentro e fora da Igreja cristã. É a disciplina que lida com a defesa racional da fé cristã. O termo tem origem na palavra grega apologia que ‘apresentar dar uma razão’ ou ‘defesa’.” Podemos ainda citar que “A apologética defende o cristianismo ortodoxo. Aqueles que discordam não creem na apologética a favor do cristianismo ortodoxo, simplesmente porque não creem neste último. Preferem desculpar-se por ele, em vez de defendê-lo.”
Apologética não é um conjunto de técnicas para ganhar pessoas para Cristo. Não é um conjunto de modelos argumentativos projetados para vencer debates. É uma vontade de trabalhar com Deus em ajudar as pessoas a descobrir e transformar a sua glória. Como Avery Dulles observou uma vez com alguma tristeza, o apologista é muitas vezes considerado como uma "pessoa agressiva e oportunista que tenta, por meios lícitos ou ilícitos, para discutir as pessoas para se juntar à igreja."
A Necessidade de Fundações e Modelos Bíblicos
Há um mal-estar generalizado com a apologética na teologia contemporânea, apesar de sua importância histórica como uma disciplina teológica. Onde quer que a praticava, no entanto, a apologética contemporânea parece em grande parte a ser caracterizado por uma negligência de fundações e modelos bíblicos.
Qual é o propósito de Apologética?
Apologética é geralmente dito possuir três funções, embora se deva ter em conta que nem todos os apologistas cristãos aceitam que todas as três funções sejam válidas (alguns diriam que não devemos tentar construir argumentos positivos para a fé cristã, mas simplesmente se concentrar em refutar acusações contra ele ) e há uma variação considerável entre as diferentes escolas de apologética, como o que argumentos devem ser utilizados dentro de cada função:
1) Argumentos para a verdade da fé cristã (vindicação / prova / apologética positiva)
Objetivo - mostrar que o cristianismo é razoável / racional. Usando argumentos filosóficos e as provas da ciência, arqueologia e história para mostrar que a fé cristã tem mais poder do que qualquer sistema de crença alternativa para explicar e interpretar o mundo em que vivemos.
2) Os argumentos refutando acusações feitas contra a fé cristã (defesa / apologética negativa)
Objetivo - mostrar que o cristianismo não é razoável / irracional. Removendo acusações que são feitas contra o cristianismo, por exemplo, reivindicações de contradições na Bíblia, interpretações alternativas de evidência históricas e científicas e equívocas sobre a crença cristã.
3) refutação das crenças opostas (ofensa)
Objetivo - mostrar que sistemas de crenças não-cristãs não são razoáveis / irracional. Não se concentra em ataques específicos contra o cristianismo, mas em solapando as bases de outros sistemas de crença.
Alguns escritores adicionariam uma quarta função, ou seja, persuasão. Eles afirmam que a apologética também visa persuadir as pessoas a acreditar na mensagem cristã. É provavelmente melhor para ver a tarefa de persuasão como o objetivo global da apologética, com as três funções acima tocando diferentes partes dentro deles. Este é um lembrete útil do fato de que a apologética por si só não é suficiente - o evangelismo também é necessário.
Outra maneira de pensar sobre o propósito da apologética é pensar sobre como se relaciona com aqueles que são crentes e aqueles que não-crentes são. Apologética visa tanto para fortalecer a fé dos fiéis e também remover os obstáculos à fé para aqueles que não a acreditam.
Identificando Modelos Apologéticos Bíblicos
Dependendo da forma como argumentos são construídos
Steven B. Cowan defende uma classificação mais prática de métodos apologéticos com base em "formas distintas de apresentar o caso para o cristianismo, tipos ou estruturas de argumentação distintas." Ele identifica cinco abordagens:
Método Clássico
O método clássico é uma abordagem que começa empregando a teologia natural para estabelecer o teísmo como a cosmovisão correta. Após a existência de Deus ter sido assim demonstrada, o método clássico passa para uma apresentação das evidências históricas para a divindade de Cristo, a confiabilidade da Escritura, etc., a fim de mostrar que o Cristianismo é a melhor versão de teísmo, em oposição ao, digamos, judaísmo e islamismo. Essa escola é chamada de método “clássico” porque assume que esse é o método usado pela maioria dos apologistas importantes dos primeiros séculos. William Lane Craig contribui com a defesa da apologética clássica desse volume. Outros apologistas contemporâneos que podem ser classificados como apologistas clássicos incluem R.C. Sproul, Norman Geisler, Stephen T. Davis e Richard Swinburne.
Costuma-se argumentar que a ordem das duas fases na apologética clássica é essencial. Isto é, antes que alguém possa discutir de forma significativa as evidências históricas, a existência de Deus já deverá ter sido estabelecida, pois a cosmovisão de uma pessoa é uma grade através da qual os milagres, fatos históricos e outros dados empíricos são interpretados. Sem um contexto teísta, jamais poderia demonstrar-se que um evento histórico foi um milagre divino. O outro lado da moeda dessa afirmação é que ninguém pode apelar a supostos milagres a fim de provar a existência de Deus. Como Sproul, Gerstner e Lindsley argumentam, “milagres não podem provar a existência de Deus. Na realidade, somente Deus pode provar milagres. Isto é, somente sob a evidência anterior de que Deus existe é que um milagre torna-se possível”. Contudo, ninguém que se considera um apologista clássico insistirá nesse ponto, como William Lane Craig deixa claro neste volume. Craig argumenta que a metodologia clássica não precisa insistir na necessidade teórica na ordem desses dois passos, mas apenas, dada a natureza dos argumentos probabilistas, que essa ordem é a melhor estratégia argumentativa.
O Método Evidencial
O método evidencial tem muito em comum com o método clássico, exceto na resolução do problema com respeito ao valor dos milagres como evidência. O evidencialismo como método apologético pode ser caracterizado como uma abordagem “de um passo”. Os milagres não pressupõem a existência de Deus (como afirmam a maioria dos apologistas clássicos contemporâneos), mas podem servir como um tipo de evidência a favor da existência de Deus. Esse método é bastante eclético em seu uso das várias evidências positivas e críticas negativas, utilizando tanto argumentos filosóficos como históricos. Todavia, ele tende a se focar primariamente na legitimidade de acumular vários argumentos históricos e outros indutivos em favor da verdade do cristianismo.
Dado esse foco, os evidencialistas podem e irão argumentam em favor do teísmo e do teísmo cristão ao mesmo tempo, sem recorrer a uma teologia natural elaborada. Eles poderiam começar, por exemplo, argumentando em favor da factualidade histórica da ressurreição de Jesus e então argumentar que tal evento incomum é explicável somente se um ser muito parecido ao Deus cristão existir. Tendo então estabelecido a existência de Deus por meio da ressurreição miraculosa de Cristo, o evidentalista irá então afirmar que a ressurreição de Jesus também autentica suas reivindicações de ser Deus encarnado e seu ensino sobre a autoridade divina da Escritura.
Além de Gary R. Habermas, um dos contribuintes deste livro, defensores do evidencialismo incluem John W. Montgomery, Clark Pinnock e Wolfhart Pannenberg.
O Método do Caso Cumulativo
O terceiro dos Quatro Grandes é o método do caso cumulativo. O termo “caso cumulativo” é usado por apologistas de maneiras diferentes daquela que estamos usando neste contexto, mas Basil Mitchell, um antigo proponente dessa visão, deu a esse método tal nome, e assim o usaremos aqui. O leitor cuidadoso sem dúvida observará que esse método pertence à mesma família ampla do método evidencial (e talvez clássico). Contudo, ficará evidente também que como uma estratégia argumentativa, o método do caso cumulativo tem algo distinto a oferecer. De fato, essa abordagem apologética surgiu por causa da insatisfação que alguns filósofos tinham com os outros métodos do tipo evidencial (i.e., os dois primeiros dos Quatro Grandes).
De acordo com os defensores da apologética do caso cumulativo, a natureza do caso em favor do Cristianismo não é em nenhum sentido estrito um argumento formal como uma prova ou um argumento de probabilidade. Nas palavras de Mitchell, o método do caso cumulativo “não se conforma ao padrão ordinário de raciocínio dedutivo ou indutivo”. O caso é mais parecido com o resumo que um advogado apresenta num tribunal ou que um crítico literário faz para uma interpretação particular de um livro. É um argumento esclarecido que reúne várias linhas ou tipos de dados numa espécie de hipótese ou teoria que explica de forma abrangente esses dados e faz isso melhor do que qualquer hipótese alternativa.
Paul Feinberg, o metodologista do caso cumulativo, diz que “os teístas cristãos estão insistindo que o cristianismo faça melhor uso de toda a evidência disponível do que qualquer outra cosmovisão alternativa em oferta, quer essa alternativa seja alguma oura visão teísta ou o ateísmo”. Os dados que o caso cumulativo procura explicar inclui a existência e a natureza do cosmo, a realidade da experiência religiosa, a objetividade da moralidade, e outros fatos históricos, tais como a ressurreição de Jesus.
Além de Feinburg e Mitchell, a escola do caso cumulativo incluiria provavelmente C.S. Lewis e C. Stephen Evans.
O Método Pressuposicional
Devido aos efeitos noéticos do pecado, os pressuposicionalistas geralmente sustentam que não existe terreno comum suficiente entre crentes e incrédulos que permitiria os seguidores dos três métodos anteriores alcançar os seus objetivos. O apologista deve simplesmente pressupor a verdade do cristianismo como o ponto de partida apropriado na apologética. Aqui a revelação cristã nas Escrituras é o quadro através do qual toda a experiência é interpretada e toda a verdade é conhecida. Várias evidências e argumentos podem ser estabelecidos em favor da verdade do cristianismo, mas esses no mínimo pressupõem implicitamente premissas que podem ser verdadeiras apenas se o cristianismo for verdadeiro. Os pressuposicionalistas tentam, então, argumentar transcendentalmente. Isto é, eles argumentam que todo significado e pensamento – na verdade, todo fato – pressupõe logicamente o Deus das Escrituras.
John Frame representa o pressuposicionalismo, e ele coloca a questão dessa forma: “Nós deveríamos apresentar o Deus bíblico, não meramente como a conclusão a partir de um argumento, mas como aquele que torna o argumento possível”. Ao demonstrar que os incrédulos não podem argumentar, pensar ou viver sem pressupor Deus, os pressuposicionalistas tentam mostrar que a cosmovisão deles é inadequada para explicar suas experiências do mundo e fazer os incrédulos enxergarem que somente o cristianismo pode fazer a experiência deles ter sentido.
Outros pressuposicionalistas incluem Cornelius Van Til e Gordon Clark, bem como Greg Bahsen e Francis Schaeffer.
Esses quarto métodos apologéticos lutam pela supremacia no argumento apologética e o problema da metodologia nos anos oitenta. Contudo, muita coisa aconteceu na filosofia e apologética nos últimos vinte anos ou mais. Um dos desenvolvimentos mais dramáticos foi o surgimento da epistemologia reformada. Kelly James Clark sugerindo que essa nova epistemologia religiosa tem algo distinto a dizer com respeito ao método apologético.
A Abordagem da Epistemologia Reformada
“Desde o Iluminismo”, diz Clark, “tem havido uma demanda para expor todas as nossas crenças às críticas esquadrinhadoras da razão”. Dizem-nos que se uma crença não é apoiada por evidência de algum tipo, é irracional crer nela. A epistemologia reformada desafia essa suposição epistemológica “evidencialista”. Aqueles que defendem essa visão sustentam que é perfeitamente racional uma pessoa crer em muitas coisas sem evidência. De maneira mais impressionante, eles argumentam que a crença em Deus não requer o apoio de evidência ou argumento para que isso seja racional. A apologista da epistemologia reformada não evita necessariamente estabelecer argumentos positivos em defesa do cristianismo, mas ele argumentará que tais argumentos não são necessários para a fé racional. Se Calvino está correto que os seres humanos nascem com um sensus divinitatis (senso do divino) inato, então as pessoas podem de forma correta e racionalmente chegar a ter uma crença em Deus imediatamente, sem o auxílio de evidências.
Para o epistemologista reformado, então, o foco tende a estar na apologética negativa ou defensiva, à medida que desafios à crença teísta são encontrados. No lado positivo, contudo, o epistemologista reformado irá, nas palavras de Clark, “encorajar os incrédulos a se colocarem em situações onde as pessoas são tipicamente apanhadas pela crença em Deus”, tentando despertar nelas seu senso latente do divino.
A lista de epistemologistas reformados contemporâneos inclui o contribuinte deste volume, Kelly James Clark, já mencionado. Mas quatro outros nomes que estariam no topo desta lista seriam Alvin Plantinga, Nicholas Wolterstorff, George Mavrodes e William Alson.
Novamente, deixe-me dizer que essas cinco metodologias apologéticas não constituem uma lista exaustiva de abordagens apologéticas. Elas representam, contudo, as estratégias argumentativas mais conhecidas e populares na comunidade acadêmica de apologética.
Apologética Profético (Criada por Tim LaHaye):
Apologética Profético é que a disciplina que utiliza profecia cumprida, e as profecias mais especificamente preencheram a respeito de Jesus, ao tentar construir um argumento para o cristianismo. Apologética Profético é uma disciplina que depende do fato de que Deus é o único que pode eficaz e eficiente prever eventos futuros. Muitos dos primeiros cristãos utilizados profecias cumpridas para construir seu argumento a favor do único e verdadeiro Deus e Seu Filho Jesus Cristo. Ed Hindson e Tim LaHaye escreveu: "A singularidade de Deus é expressa na natureza preditiva da profecia bíblica. Não há nada como isto em qualquer outra religião. Só o Deus da Bíblia pode prever o futuro com precisão perfeita."
O apologista Profético demonstra que de todas as religiões do mundo, só a religião cristã é a única válida, argumentando a partir das muitas profecias cumpridas que estão na Bíblia. As profecias da vida de Jesus estão entre os mais utilizados em fazer este argumento. Por exemplo, o apologista Profético faria usa profecias em Gênesis 3:15 e apontam para a sua realização em Gálatas 4: 4. Ele usaria Isaías 7:14 e seu cumprimento em Mateus 1:23.
O apologista Profético iria continuar desta forma até que ele coloca tudo em perspectiva, fazendo uma declaração final. Esta afirmação final é resumida por Hindson e LaHaye afirmando: "Há cerca de 120 profecias distintas da primeira vinda de Cristo no Antigo Testamento. Eles são como peças de um quebra-cabeça. Cada um apresenta um elemento distinto da vida e ministério do Salvador, mas toda a imagem retratada por essas peças só pode ser visto após a sua realização. Não até que Jesus veio fez estas profecias sapato sua relação clara com o outro. as chances de todas essas profecias sendo cumpridas na vida de um homem é uma chance em 84 seguido por 131 zeros ".
Este fato normalmente é muito eficaz porque um tal número é astronômico. Só Deus poderia ter feito isso. E porque somente Deus poderia ter feito isso, a religião cristã é considerada a mais defensável e se opõe a todas as outras religiões do mundo. O objetivo final em usar Apologética Profético não é só para desafiar as pessoas ou mostrar a natureza imensa de profecia cumprida, mas sim para levar a pessoa à fé em Jesus Cristo. Profético Apologética é apenas uma outra maneira de fazer isso.
Objeções
Comuns à Tarefa de Apologética
Os cristãos que são
céticos sobre o valor da apologética levantam uma série de diferentes
acusações, alguns baseados em versículos da Bíblia e outros com base em
limitações da lógica e apologética. Estas objeções são geralmente baseados em
mal-entendidos do texto da Bíblia ou do propósito da apologética conforme
afirma Norman Geisler.:
As
Objeções da Bíblia
1. A Bíblia não precisa
ser defendida
Versos como Hebreus
4:12 são citados para apoiar a alegação de que a Bíblia é poderosa em si mesma,
uma vez que é a palavra viva de Deus. É verdade que a Escritura é poderoso para
mudar atitudes e desafiar corações, mas se alguém não vai ler ou ouvir a sério
para ele, então ele não pode fazer este trabalho. Apologética pode estabelecer
o fato de que é razoável tomar a sério a Bíblia, abrindo assim as pessoas a
estar preparado para ouvir. Além disso, se a Escritura só precisava ser
liberada para fazer o seu trabalho, então a tarefa de ensinar e pregar também
seria desnecessária e evangelismo seria reduzido a simples passagem em textos
da Bíblia. Escritura descreve consistentemente pessoas como o meio através do
qual a verdade de Deus é comunicada a outras pessoas. A Bíblia, e o evangelho
que ele declara, é poderoso para mudar atitudes e vidas, mas deve ser
proclamado, declarou e explicou para, "Como ... hão-de invocar aquele em
quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como
ouvirão, se não há quem pregue? "(Romanos 10:14).
2. Deus não pode ser conhecido
pela razão humana
1 Coríntios 1:21 diz
que o mundo não conheceu a Deus pela sua sabedoria. Alega-se que isso significa
que não há nenhum ponto em tentar levar as pessoas a aceitar argumentos
racionais para Deus. O contexto de 1 Coríntios 1, no entanto, não é a
existência de Deus, mas a aceitação da mensagem da cruz. Essa mensagem não pode
ser aceite pela razão natural sozinha - ela só faz sentido por causa da
revelação especial da Escritura e como o Espírito (1 Coríntios 2:14). Noutros
casos, porém, Paulo escreve de provas na natureza apontando para a existência
de Deus e alguns de seus atributos, deixando as pessoas sem desculpa (Romanos
2: 12-15).
3. Humanidade natural
não pode entender a verdade de Deus
1 Coríntios 2:14 diz
que "O homem sem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de
Deus". Argumenta-se que não há nenhum ponto, portanto, na tentativa de
explicá-los a ele. Observe, porém, que Paulo diz este homem não aceita-los, não
que ele não pode entendê-las. Não-crentes rejeitam o evangelho não porque é
ilógico e eles não podem compreender o que significa, mas porque eles se
recusam a aceitar suas reivindicações sobre eles. Apologética procura explicar
a mensagem de forma clara e racional de modo que quando o Espírito move o
coração da pessoa que eles estarão prontos para aceitar a verdade. Na verdade,
para a apologética ela reconhece que a obra do Espírito é necessário para que
as pessoas recebam a verdade. O apologista não pretende obstruir ou substituir
o Espírito, mas para ser o agente do Espírito em trazer pessoas a Cristo.
4. Sem fé ninguém pode
agradar a Deus
Hebreus 11: 6 diz
claramente que a fé é essencial para agradar a Deus, e algumas pessoas sugerem
que isto significa que a razão é desagradável para ele. Esta afirmação
configura uma falsa divisão entre fé e razão. A fé bíblica não é crença cega,
apesar da evidência, mas a confiança em algo que tem sido encomendados à pessoa
como confiável. O evangelho é uma mensagem de Deus que afirma que ele pode ser
confiável, e apologética fornece evidência que suporta essa reivindicação. A fé
é uma resposta por parte do indivíduo que aceita o pedido (ou melhor, aceita
aquele de quem se fala) e coloca confiança nele (ou, mais corretamente, nele),
e não em si mesmo ou qualquer outra alternativa.
5. Jesus recusou-se a
dar indicações para os homens maus
Esta afirmação surge de
Mateus 12:39, onde Jesus diz que uma geração perversa pede sinais. No entanto,
no próximo verso Jesus diz que um sinal, o sinal de Jonas, ou seja, a Sua
ressurreição, seria dado. Jesus apresentou seus milagres, como prova de sua
identidade como o Messias e Filho de Deus (Mateus 11: 4-5; Marcos 2: 10-11;
João 14:11). Em ocasiões Ele se recusou a fazer milagres para entretenimento
(Lucas 23: 8) ou por causa da incredulidade (Mateus 13:58), mas as pessoas
viram seus milagres e percebeu que eles mostraram Ele veio de Deus (João 3: 2),
e os apóstolos apontou para seus milagres (At 2:22) e, especialmente, sua
ressurreição (Atos 2:32; Romanos 1: 4; 1 Coríntios 15:. 3) como prova de sua
identidade. A lição adequada para aprender com o exemplo de Jesus não é que a
apologética é errado, mas que é preciso discernimento para saber quando se
envolver em uma discussão e quando não.
6. Não respondas ao
tolo segundo a sua estultícia
Provérbios 26: 5 é a
base para esta afirmação, mas aqueles que o fazem deixar de ler o seguinte
verso, que diz que devemos responder ao tolo segundo a sua estultícia. O ponto
destes provérbios adjacente e aparentemente contraditório é que precisamos de
sabedoria para decidir quando deve dar uma resposta a um "tolo"
(alguém que rejeita a existência de Deus, de acordo com o Salmo 14: 1) e quando
não deve.
7. APOLOGÉTICA não é
usado na Bíblia
Se esta alegação é a
intenção de dizer que a Escritura não fornece exemplos de Deus fornecer
evidências para apoiar a fé então é simplesmente errado. Geisler aponta para os
milagres de Moisés (Êxodo 4: 1-9), Elias (1 Reis 18) e Jesus (Atos 2:22), bem
como a maneira em que Paulo discutiu com as pessoas sobre a existência de Deus,
mesmo usando seu próprio filosófica e as ideias religiosas como um ponto de
partida (Atos 17: 22-31). A Bíblia, portanto, fornece precedentes claros para a
tarefa da apologética, mesmo que ele não contém o tipo de argumentos detalhados
necessários na apologética modernos desde que foi escrito em um mundo
pré-moderno, principalmente aos crentes. Apologética hoje continua padrões
encontrados nas Escrituras.
As
objeções de fora da Bíblia
1. A lógica não pode
nos dizer nada sobre Deus
Esta declaração é
auto-destrutivo, uma vez que se baseia em lógica interna como a base para a sua
reivindicação. A lógica é simplesmente a maneira em que podemos afirmar fatos e
fazer reivindicações. Neste sentido, é impossível dizer nada sobre Deus ou
qualquer outra coisa sem empregar a lógica. Como Peter Kreeft e Ronald Tacelli
escreve:
“A maioria das pessoas
desprezar ou ignorar a apologética porque parece muito intelectual, abstrato e
racional. Eles alegam que a vida, o amor e a moralidade e santidade são muito
mais importantes do que a razão. Aqueles que raciocinar desta forma está certo;
eles simplesmente não perceber que eles estão raciocinando. Não podemos evitar
fazê-lo, só podemos evitar fazê-lo bem.”[1]
2. A lógica não pode
provar a existência de qualquer coisa
Isso pode ser verdade,
mas a lógica pode mostrar o que as coisas são possíveis e impossíveis e até
mesmo se algo é provável ou improvável. Lógica, portanto, pode apontar para a
existência de Deus e da verdade do cristianismo, mesmo se a fé é necessária
para finalmente abraçá-lo. Podemos aplicar o mesmo raciocínio para
relacionamentos - lógica pode nos ajudar a decidir se somos amados, mas não
pode provar o amor - o amor deve ser experimentado. Apologética ajuda a levar
as pessoas a um ponto onde eles podem entrar em relação com Cristo. Parte do
problema com essa objeção é que ele depende da definição de "provar".
Muito poucos, se houver, as coisas na vida pode realmente ser provado
conclusivamente através da lógica, mas vivemos como se muitas coisas são
verdadeiras. Nosso conhecimento do mundo depende da experiência, bem como a
razão. Ambos são formas válidas de descobrir a verdade sobre o nosso mundo.
3. Ninguém é convertido
através de apologética porque argumento é insuficiente, não se segue que é
desnecessária.
Enquanto apologética
sem o evangelho não é suficiente, há muitas evidências de que Deus usou provas
de desculpa para trazer as pessoas a Cristo. CS Lewis escreveu que, "quase
todo mundo que eu conheço que tem abraçado o cristianismo na vida adulta foi
influenciado por aquilo que lhe parecia ser no mínimo um argumento provável
para teísmo".[2]
Testemunhos de pessoas como Frank Morrison e Agostinho apoiar esta
reivindicação . Uma coisa é argumentar que os argumentos não pode fazer uma
pessoa acreditar, mas outra bem diferente é argumentar a partir desse fato que
os argumentos não têm parte no processo de mover uma pessoa para a fé. Nas
palavras de Gresham Machen:
“Mas, porque o
argumento é insuficiente, não se segue que é desnecessária. O que o Espírito
Santo faz no novo nascimento não é fazer uma pessoa um cristão
independentemente da evidência, mas, pelo contrário, para limpar as névoas de
seus olhos e capacitá-lo para atender as provas.”[3]
Novamente, nas palavras
de Peter Kreeft e Ronald Tacelli, "Argumentos não pode trazê-lo para a fé,
mas certamente pode mantê-lo longe da fé. Portanto, devemos juntar à batalha de
argumentos. "
Quais
são as origens da apologética?
Os Pais Apostólicos são
caracterizados pela edificação e fortalecimento dos crentes na fé; os
Apologistas, pela sua defesa aos ataques contra o Cristianismo; os Polemistas,
pela defesa contra heresias dentro da Igreja; e os Teólogos, pela aplicação da
Teologia em áreas filosóficas e científicas.
Período antes do
primeiro concílio ecumênico da igreja de Nicea em 325 dC; em que ponto
Cristianismo foi amarrado oficialmente ao império romano sob Constantino; um
tempo de intolerância oficial para o cristianismo, pontuada por períodos de
intensa perseguição. Os principais objetivos dos apologistas deste período foram
para demonstrar a verdade do Cristianismo sobre o Judaísmo e sobre as religiões
pagãs, e para mostrar por que a igreja deve ser tolerado pelo Estado romano. Há
muito poucos escritos existentes patrísticos do primeiro século, e estes são
direcionados principalmente para a igreja. O segundo século tem sido chamado a
idade dos apologistas ; e esses escritos apologéticos continuar no terceiro
século
No século II dC, como o
cristianismo começou a se envolver em um nível intelectual com a filosofia
grega e atraiu maior atenção da sociedade romana, um número de escritores
produziram defesas fundamentadas da fé cristã. Destes Justino Mártir (c.
100-165 dC), um gentio de Samaria, que foi convertido depois de procurar a
verdade em numerosas filosofias e morreu como um mártir em Roma, é
provavelmente o mais conhecido e o mais significativo. Esses escritores são
geralmente referidos como "os apologistas '. Seus escritos mostram
coletivamente três preocupações principais:
• Para defender o
cristianismo contra acusações falsas (por exemplo, que os cristãos eram ateus,
imorais ou canibais)
• Para defender a
verdade do cristianismo na base de que ele cumpriu a profecia do Antigo
Testamento
• Para mostrar que o
cristianismo era superior ou cumprido ideias filosóficas gregas
Outros cristãos
eminentes deste período foram depreciativos da abordagem dos apologistas. Por
exemplo, Tertuliano criticou o uso da filosofia grega de Justin, dizendo
famosa, "O que tem Atenas a ver com Jerusalém?" Esta diferença de
opinião continua a dividir os cristãos evangélicos hoje. Alguns têm uma atitude
positiva perante a apologética, acreditando que toda verdade é a verdade de
Deus e que é importante defender o cristianismo no reino do debate filosófico,
enquanto outros são suspeitos de apologética e argumentam que devemos colocar
nossas energias para proclamar o evangelho em seu lugar.
Curiosamente, as três
principais linhas de argumento avançado pelos apologistas do segundo século
encontrar precedentes no livro do Novo Testamento de Atos, tornando Lucas (ou
talvez Paul, cujas palavras ele gravou) o primeiro apologista cristão gravado.
Biblista renome FF Bruce escreveu:
Dos três principais
tipos de apologética cristã, no segundo século Lucas fornece protótipos do
primeiro século: apologético em relação à religião pagã (o cristianismo é
verdadeiro; o paganismo é falso); apologético em relação ao judaísmo (o
cristianismo representa o cumprimento do verdadeiro judaísmo); apologético em
relação às autoridades políticas (cristianismo é inocente de qualquer ofensa
contra o direito romano).[4]
Assim, então, a
apologética se originou no Novo Testamento, se desenvolvel ainda mais no segundo
século em resposta a desafios encontrados ao cruzar fronteiras culturais para o
mundo greco-romano. Ao longo da história da apologética Cristã continuou a
adaptar-se a novos desafios culturais. Por um breve resumo da história da
apologética cristã, incluindo perfis das figuras principais no desenvolvimento
da apologética modernos, Uma Breve História da Apologética por Kenneth D. Boa e
Robert M. Bowman.
Os
principais Apologistas:
Quadratus: fala de
autenticidade dos milagres de Jesus, que alguns daqueles curado e levantou de
mortos ainda estavam vivos e podem ser consultados.
Aristides: escreveu que
o cristianismo deve ser reconhecido em todo o Império Romano; que falsos
rumores deve ser interrompido; ele demonstrou a existência de Deus através da
beleza e majestade do universo; ressaltou a loucura do paganismo; e afirmou que
os cristãos possuem o mais puro conhecimento de Deus e levar a vida mais puras.
Justino o Mártir: O
mais importante apologista segundo século; nativo de Samaria; mais tarde
mudou-se para Éfeso; Escreveu Contra as Heresias, especialmente dirigido contra
os gnósticos, a quem muitos tomaram como cristãos; agora não existiam.
Irineu Bispo de Lyon e
Polemista Anti-Gnóstico – Diferentemente dos Apologistas do segundo século que
procuraram fazer uma explanação e uma justificação racional do Cristianismo
para as autoridades, os Polemistas empenharam-se por responder ao desafio dos
falsos ensinos dos heréticos, condenando veemente esses ensinos e seus mestres.
Apesar da maioria dos Apologistas viverem no Oriente, os grandes Polemistas
vieram do Ocidente, sendo Irineu um dos primeiros. Enquanto os do Oriente
usavam uma teologia especulativa dando mais atenção aos problemas metafísicos,
os do Ocidente preocupavam-se mais com os desvios administrativos da Igreja,
empenhando-se em formular uma resposta para os problemas desta esfera.
Podendo ainda citar
Tertuliano, Clemente de Alexandria, Atanásio já no período (296-373), quando a
Igreja estava sob a proteção de Constantino, mas lutou contra a heresia de Ário.
Escreveu muitas cartas e trabalha contra o Arianismo (que Deus o Filho é um ser
criado, única semelhante a Deus, o Pai), incluindo Discurso contra os gregos, e
Discurso sobre o Encarnação do Verbo; o utilizado principalmente para derrotar
o arianismo na igreja e manteve a ortodoxia da igreja (Deus Filho é a mesma
essência com Deus Pai); quando disse que ele estava sozinho, sua resposta foi
"Se é o mundo contra Atanásio, então é Atanásio contra o mundo!.
Agostinho (AD 354-430) Confissões
mostrar como só Deus pode satisfazer as necessidades espirituais do homem, pode
fornecer perdão e satisfação em santidade Escritos contra maniqueísmo
substituir o dualismo com a soberania de Deus; escritos contra Pelágio apoiar
doutrinas bíblicas do pecado, salvação, e a soberania de Deus na salvação.
Depois João de Damasco Apologista
com os muçulmanos; escreveu diálogo entre um cristão e um Sarraceno. Anselmo de
Cantuária (AD 1033-1109) Arcebispo de Canterbury; grande habilidade; escreveu
dois livros seminais; um ( Proslogion ) apresentou o "argumento
ontológico" para a existência de Deus; isto é considerado como um clássico
, a priori, a prova da existência de Deus Seu outro trabalho ( Cur Deus Homo? )
Mostrou a necessidade de o Redentor de ser ao mesmo tempo Deus e o homem, a fim
de satisfazer a justiça divina na expiação substitutiva. Além de Abelardo (AD
1079-1142); Peter Lombardo (AD 1100-1164); Roger Bacon (AD 1214-1294); Tomás de Aquino (AD 1225-1274),
Produzido grande obra Summa Theologica e também Contra Gentiles ; obras
solicitadas pela missionários em Espanha. Uma Teologia organizada para provar o
máximo possível pela filosofia (Deus, a criação, providência), com o livro
final mostrando a verdade da revelação (Trindade, sacramentos, encarnação, céu,
inferno). Mudou igreja de ser essencialmente platónico-agostiniana de ser
aristotélica; apologética mais baseado na observação empírica da natureza e
deduções da mesma.
William de Occam. (AD
1280-1349); De acordo com William Ockham, a ideia de Deus não é estabelecida
por evidências experimentais ou de raciocínio. Tudo o que sabemos de Deus é-nos
dado pela revelação. Os fundamentos de toda a teologia é, portanto a fé. (A
Navalha de Occam).
No campo moderno
podemos citar William Paley (AD
1743-1805) De Paley Vista das Evidências do Cristianismo e sua Teologia Natural
fornecer o declaração definitiva do argumento teleológico clássica. Diversas
áreas de criação mostrar a mão de um criador inteligente, e não pode ser
explicada por mero acaso. Para mais de um século foi leitura obrigatória para
todos os estudantes universitários Inglês (Darwin leu Paley Evidências como
requisito na faculdade!). Ele produziu o famoso argumento do relojoeiro; o moderno
ateu Richard Dawkins atacou-o em O Relojoeiro Cego (1986); o argumento de
relojoeiro está agora a ser refinado no movimento do Design Inteligente.
Os apologistas do
século XX o início do século viu crescentes ataques da área da crítica bíblica,
respondidas por muitos estudiosos da Bíblia (por exemplo, Robert Dick Wilson,
Benjamin Breckenridge Warfield). Da
mesma forma, o aumento do ataque do Modernismo levou a muitas obras de defesa
clássica.
Fundamentalismo (por
exemplo, a publicação de Os Fundamentos em 1920; John Gresham Machen de O
nascimento virginal de Cristo , A Origem das de Paulo Religião , Cristianismo e
Liberalismo , que é Fé? , A Fé Cristã no Mundo Moderno ). Grande parte do
movimento americano New Evangélica foi projetado para tornar o cristianismo mais
compreensível e respeitado nos círculos acadêmicos em nosso mundo cada vez mais
não-cristão. Principais apologistas nessa tradição incluem Edward John Carnell
e Bernard Ramm. escritores mais velhos nesta escola tentou defender a
inerrância bíblica, enquanto mais escritores modernos geralmente tentam manter
a confiabilidade espiritual. Muitas vezes, estes estudiosos não são dogmática
em áreas como a evolução versus criação. Apologistas bíblicos britânicos, como
FF Bruce e escritores Intervarsity imprensa moderna, muitas vezes tomar uma
posição mais moderada, baseando conclusões não nos ensinamentos dogmáticos, mas
nos resultados de investigações históricas ou literárias.
Estes resultados, por
exemplo, muitas vezes afirmam exatidão bíblica, mas não infalibilidade bíblica.
Um apologista britânico que alcançou grande fama é Clive Staples Lewis, que não
era um teólogo treinado, mas sim um estudioso da Literatura Medieval e
Renascentista Inglês. Lewis escreveu muitas obras (por exemplo, God in the Dock
, Surpreendido pela Alegria , Mere Christianity , Miracles , The Problemof Pain
, Cartas do Inferno , O Grande Divórcio , A Abolição do Homem , a série Nárnia,
e Trilogia Espacial) têm um propósito apologético, que visa tornar o
cristianismo básico compreensível e aplicável a sociedade moderna "secular".
apologistas americanos modernos que seguem a escola tradicional ou
evidencialista incluem John Warwick Montgomery, Gordon R. Lewis, Josh McDowell,
Norman Geisler, John H.Gerstner, Hugh Ross e Robert Newman. Um pequeno, mas
influente escola entre os cristãos reformados é a escola pressuposicionalismo
por Cornelius Van Til e seus seguidores (para desenvolvimentos recentes no
pensamento de Van Til do discípulos, ver artigos no Westminster Theological
Journal 57: 1 [Primavera de 1995]; A mais logicamente consistente, alguns
diriam racionalista, apresentação de pressuposicionalismo é fornecido pelo
filósofo cristão Gordon H.Clark, que está sendo explorada por John Robbins e
outros. O movimento Reconstructionista moderna favorece uma apologética pressuposicional.
Francis A. Schaeffer tomou uma posição
moderadora, exigindo uma filosófica "pré-evangelismo."
1.
COSMOVISÃO CRISTÃ E COSMOVISÕES.
Cosmovisão é o Modo pelo
qual a pessoa vê ou interpreta a realidade. A palavra alemã é Weltanschau-ung,
que significa um “mundo e uma visão de vida”, ou “um paradigma”. É a estrutura
por meio da qual a pessoa entende os dados da vida. Uma cosmovisão influencia
muito a maneira em que a pessoa vê Deus, origens, mal, natureza humana, valores
e destino.[5]
Cosmovisões
influenciam o significado pessoal e os valores, a maneira em que as pessoas
agem e pensam. A pergunta mais importante a que uma cosmovisão responde é: “De
onde viemos?”. A resposta a essa pergunta é crucial para o modo pelo qual as
outras perguntas são respondidas.
Existem sete
cosmovisões que se destacam, sendo uma diferente da outra. Com uma exceção
(Panteísmo/Politeísmo), não é possível crer de maneira consistente em mais de
uma delas, pois as premissas básicas de cada uma são opostas entre si. Logicamente,
somente uma destas cosmovisões pode ser verdadeira; e as outras precisam
necessariamente ser falsas. As sete cosmovisões mais importantes são as
seguintes: Teísmo, Ateísmo, Panteísmo, Panenteísmo, Deísmo, Deísmo Finito, e
Politeísmo.
Primeiro) Teísmo.
Crença
em um Deus pessoal.[6]
Um Deus infinito e pessoal existe além do e no universo. O teísmo diz que universo físico não é tudo que existe. Há um
Deus infinito e pessoal além do universo que
criou, que sustenta e que age
nele de forma sobrenatural. Está transcendentalmente “em algum lugar distante”
e imanentemente “aqui”. É a visão representada pelo judaísmo tradicional, cristianismo e islamismo.
Segundo) Ateísmo: Não
Existe Deus algum, nem dentro nem além do Universo. O Ateísmo advoga que
somente o universo físico existe; não existe nenhum Deus, em porte alguma. O
universo (ou o cosmos) é tudo o que existe e tudo o que existirá, e ele é auto-sustentado.
Alguns dos nomes mais famosos do Ateísmo são Karl Marx, Friedrich Nietzsche e
Jean-Paul Sartre.[7]
A palavra grega atheos,
"sem Deus", acha-se urna só vez no NT (Ef 2.12). Os gregos empregavam
a palavra "ateísmo" em três sentidos: (1) ímpio ou sem Deus; (2) sem
ajuda sobrenatural; (3) falta de crença em qualquer deus ou no conceito grego
de Deus. Porque os cristãos negavam os deuses populares daqueles tempos, os
pagãos frequentemente os acusavam de ateísmo.
Assim, em seu uso
moderno, podem ser identificados quatro sentidos de "ateísmo". (1) O
ateísmo clássico. Esta não é uma negação geral da existência de Deus, mas a
rejeição do deus de uma nação específica. Os cristãos foram chamados ateus
neste sentido repetidas vezes, porque se recusavam a reconhecer os deuses
pagãos. Foi também neste sentido que Cícero chamou de ateus Sócrates e Diágoras
de Atenas. (2) O ateísmo filosófico. Esta posição pode ser contrastada com o
teísmo, que afirma uma deidade pessoal e auto-consciente (não um princípio,
causa prima, ou força). (3) O ateísmo dogmático. Este é a negação total da
existência de Deus. Esta posição é mais rara do que poderíamos pensar, porque
as pessoas mais frequentemente se declaram agnósticas ou secularistas. Tem
havido, no entanto, aqueles que alegavam sustentar este ponto de vista (os
ateus franceses do século XVIII). (4) O ateísmo prático. Embora Deus não seja
nega- do, a vida é vivida como se Deus não existisse. Há total indiferença às
Suas reivindicações, e frequentemente há iniquidade declarada e desafiadora (SI
14.1). Esta forma de ateísmo impõe-se em grande escala, conforme se vê nas
passagens bíblicas acima cita- das.[8]
Terceiro) Panteísmo: Deus
é o Todo/Universo. No coração de panteísmo é a reverência
do universo como o foco principal de reverência, e para o natural da terra como
sagrada. Para o panteísta, não há Criador transcendente além do universo. O Criador
e a criação são duas maneiras de denotar uma realidade. Deus é o universo ou
Todo, e o universo é Deus. Há, em última análise, uma realidade, não muitas
diferentes. Tudo é mente. o panteismo é representado por certas formas de
hinduísmo, zen-budismo e Ciência Cristã.
O panteísmo científica
é uma forma moderna de panteísmo que reverencia profundamente o universo ea
natureza e alegremente aceita e abraça a vida, o corpo e a terra, mas não acredita
em quaisquer divindades sobrenaturais, entidades ou poderes.
Quarto) Pananteísmo: Deus
está no universo, como a mente está no corpo. O universo é o “corpo” de Deus. É
seu pólo real. Mas há outro “pólo” de Deus além do uni- verso físico. Ele tem
potencial infinito de se transfor- mar. Essa visão é representada por Alfred
North Whitehead, Charles Hartshorne e Shubert Ogden. Pan-en-teísmo sustenta que
Deus está em um processo constante de mudança, ele também é chamado de Teologia
do Processo. Ou seja: à medida que novos fatos vêm a existir, Deus passa a
conhecer esses novos fatos (alguns dos quais são o resultado de genuíno livre
arbítrio), e assim cresce o conhecimento que Deus possui. Quem conhece com
perfeição inclui dentro de si mesmo o objeto que é conhecido. Conhecendo
perfeitamente o mundo, Deus o inclui (conforme este chega a ser) dentro de Si
mesmo. À medida que o mundo cresce, Deus cresce. Deus vem a ser. Através de conhecer
com perfeição o mundo e de incluir o mundo, Deus é o Efeito Supremo. Isto quer
dizer que tudo quanto acontece afeta a Deus e altera a Deus.
Quinto) Deísmo: Deus
Está além do Universo, mas não dentro dele O Deísmo é semelhante ao Teísmo,
excluindo-se os milagres. Ele afirma que Deus é transcendente acima do
universo, mas não imanente neste mundo, seguramente não de maneira
sobrenatural. Semelhantemente ao Ateísmo, o Deísmo sustenta uma visão
naturalista a respeito do funcionamento deste mundo, mas, da mesma forma que o
Teísmo, crê que o mundo teve sua origem em um Criador. Em suma, Deus criou o
mundo, mas Ele não mais se envolve com o mundo criado. O Criador deu cordas na
criação, como se faz com um relógio, Nicolau de Oresmes (m.
1382), Deus, no princípio, deu corda ao relógio do mundo de uma vez para
sempre, de modo que ele agora continua como história mundial, sem a necessidade
de envolvimento da parte de Deus. e desde então o mundo segue o seu curso de
maneira independente. Em oposição ao Panteísmo, que nega a transcendência de Deus
em favor da sua imanência, o Deísmo nega a imanência de Deus em favor da sua
transcendência. O Deísmo é representado por pensadores como François Voltaire, Thomas
Jefferson e Thomas Paine.
As doutrinas básicas do
deísmo são: (1) a crença num Ser Supremo; (2) a obrigação da adoração; (3) a
obrigação da conduta ética; (4) a necessidade de arrependimento pelos pecados;
e (5) recompensas e castigos divinos nesta vida e na vindoura. Estas cinco considerações
foram declaradas pelo "Lord" Herbert, frequentemente chamado o pai do
deísmo. O deísmo contradiz o cristianismo ortodoxo ao negar qualquer
intervenção direta de Deus na ordem natural. Embora os deístas professem a
crença na providência pessoal, negam a Trindade, a encarnação, a autoridade
divina da Bíblia, a expiação, os milagres, qualquer povo especificamente eleito
como Israel, e qualquer ato redentor sobrenatural na história.
Sexto) Deísmo Finito :
Um Deus Finito Existe tanto além quanto dentro dos Limites do Universo. O
Deísmo Finito é semelhante ao Teísmo, salvo o fato de ele sustentar que o deus que
transcende o universo e está ativo nele não é um ser infinito, mas limitado na
sua natureza e poder. Como o deísta, o deísta finito geralmente concorda que o
universo foi criado, mas nega qualquer intervenção milagrosa no seu âmbito. Um
argumento comumente levantado a favor da limitação do poder de Deus é a
aparente incapacidade de Deus de impedir o mal. John Stuart Mill, William James
e Peter Bertocci são exemplos de aderentes a esta cosmovisão.
Sétimo) Politeísmo.
Muitos deuses existem além do mundo e nele. O politeísmo é a crença em muitos deuses
finitos, que influenciam o mundo. Seus defensores negam que qualquer Deus
infinito esteja além do mundo. Afirmam que os deuses são ativos, geralmente
acreditando que cada um tem seu próprio domínio. Quando um deus finito é
considerado chefe sobre outros, a religião é chamada de henoteísmo. Os
principais representantes do politeísmo incluem os gregos antigos, os mórmons e
os neopagãos.
PARTE
2 AS GRANDES QUESTÕES DA APOLOGÉTICA
1. POR QUE DEVEMOS
ACREDITAR NA BÍBLIA?
Em ambos os apologética
clássica e evidencialista, o argumento apologético primeiro estabelece a
existência de Deus e da sua revelação no crucificado e ressuscitado Jesus
Cristo, e culmina com a inspiração da Bíblia. apologistas reformados
(especificamente pressuposicionalistas) transformar o argumento em torno de: a
Bíblia deve ser acreditado como o ponto de partida para todo o conhecimento. Para
Clark isso é porque o conhecimento requer um ponto de partida axiomático, e a
Bíblia fornece um. Para Van Til a Bíblia deve ser o ponto de partida em um
sentido transcendental. Ou seja, o apologista deve argumentar que a menos que o
Deus que fala na Escritura é real, o conhecimento humano é, sem uma base
inteligível.
Por 2.000 anos, os
cristãos foram orientados na sua fé e prática pelos ensinamentos da Sagrada
Escritura. Em suas páginas, acreditamos que descobrimos "quem é Deus e o
que Ele requer de nós.” Ou, como a
Confissão de Westminster diz, a Escritura nos dá "todo o conselho de Deus
concernente a todas as coisas necessárias para a sua própria glória, o homem de
a salvação, fé e vida.” a Bíblia, portanto, funciona como as igrejas e única
autoridade do cristão em matéria de doutrina religiosa e vida Cristã. Praticamente
isso significa que tudo o que a Bíblia ensina sobre algum tema ou de outra se
liga a consciência do cristão. Somos obrigados a acreditar que a Bíblia ensina
e fazer o que a Bíblia prescreve (com a condição, naturalmente, de que a Bíblia
tenha sido devidamente interpretado):
[A Bíblia] revela os
princípios pelos quais Deus nos juízes, e, portanto, é, e permanecerá até o fim
do mundo, o verdadeiro centro da união cristã e o padrão supremo pelo qual toda
conduta humana.
Em defesa da Bíblia: A Apologética
abrangente para a autoridade das Escrituras
A) E quanto à
Inspiração Divina?
A razão pela qual a
Bíblia tem autoridade é porque é a Palavra de Deus. Ou seja, nós acreditamos
que a Bíblia é divinamente inspirada; ele encontra a sua fonte última em Deus.
Não é meramente um livro humano, embora os seres humanos tinham um papel na sua
composição. A Bíblia é uma revelação escrita de Deus. A Bíblia é autorizada;
portanto, quando a Escritura fala, Deus fala.
Que a Escritura é
divinamente inspirada é que a Escritura ensina sobre si mesma. O apóstolo
Pedro, por exemplo, escreveu que "nenhuma profecia da Escritura provém de
nossa própria interpretação, porque a profecia nunca foi produzida por vontade
do homem, em vez disso, os homens falaram da parte de Deus conforme eram
movidos pelo Espírito Santo" (2 Pe 1 : 20-21). Da mesma forma, Paulo afirmou
que "toda a Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para
repreender, para corrigir, para instruir em justiça" (2 Tm 3:16). Homens
escreveram os livros da Bíblia, mas eles escreveram, sob a direção do Espírito
Santo, de modo que podemos dizer que a Bíblia não é simplesmente a palavra de
homens, mas é verdadeiramente a Palavra de Deus também.
Teólogos, assim, falar
de inspiração plenária e verbal. Ao dizer que a inspiração da Bíblia é verbal,
afirmamos que as próprias palavras da Bíblia são inspirados por Deus. Deus não
simplesmente plantar ideias vagas nas cabeças dos autores humanos que, Paulo
proíbe essa noção quando ele disse que "toda a Escritura é inspirada por
Deus." A palavra "Escritura" é a tradução do termo grego (
"escritos"). As palavras reais escritos da Bíblia são o que são
"inspirada por Deus."[9]
Para dizer que a
inspiração é plenária quer dizer que todas as palavras (e não apenas alguns)
são inspirados por Deus. Nós não dividimos a Bíblia em partes que são
inspirados por Deus e partes que são meramente humano na origem. "Toda a
Escritura", escreveu Paulo, "é inspirada por Deus." Toda a
Bíblia, de Gênesis 1: 1 a Apocalipse 22:21, é a Palavra de Deus.
veracidade absoluta /
infalibilidade
A natureza verbal,
plenária de inspiração da Bíblia implica que é inerrante. Ou seja, tudo o que a
Bíblia ensina ou afirma, corretamente interpretado, é absolutamente verdadeiro.
A Bíblia não ensina qualquer coisa que é falsa ou errónea - se que o ensino tem
a ver com Deus, a natureza humana, a ética, o mundo natural, história. O que
aprendemos com a Bíblia não é apenas as opiniões subjetivas de alguns indivíduo
ou comunidade, mas a verdade real sobre o assunto, Charles H. Spurgeon,
pregando sobre a questão da existência ou não do elemento humano envolvido na
inspiração de algum modo levou a erros na Bíblia, declarou que eloquentemente:
“O Espírito Santo não
cometeu nenhum erro, seja na história, física, teologia, ou qualquer outra
coisa. Deus é um cientista maior do que qualquer daqueles que assumem esse
título. Se o lado humano tinha contaminado as declarações menores não podíamos
ter a certeza da maior. Mas o lado humano comunicou nenhuma mancha qualquer que
seja a Sagrada Escritura. Toda Palavra de Deus é pura e segura, seja visto como
a pronunciação de homem ou como o pensamento de Deus.”
Os ensinamentos das
Sagradas Escrituras não são e não podem ser confundidos. A razão, mais uma vez,
é que Deus - que não pode errar - é o autor último da Escritura.
Como apontado
anteriormente, no entanto, esse entendimento clássico da natureza da Bíblia é
fortemente desafiada hoje. Acreditamos que cabe aos cristãos, para o bem da
Igreja e para o bem do mundo, para atender a Bíblia críticos de frente e para
responder a todos os principais desafios para a inspiração e autoridade das
Escrituras.
2. COMO É QUE SABEMOS
QUE DEUS EXISTE?
Apologistas clássicos
defendem um ou mais dos argumentos teístas, que comprovam a existência de um
Deus. Evidencialistas normalmente retrabalhar esses argumentos em, formas de
prova com base em fatos. apologistas reformados afirmam uniformemente que estes
argumentos são desnecessários e que a crença em Deus pode ser (ou mesmo deveria
ser) uma crença apropriadamente básica. Eles também costumam argumentar que as
provas teístas em ambas as suas formas dedutiva e indutiva são logicamente
falho. Para Clark, isso significa que as provas teístas, como o argumento
cosmológico deve simplesmente ser abandonada. Van Til, por outro lado, defende retrabalha-los
em uma prova de que é transcendental, em vez de dedutivo ou indutivo, em forma.
Esta prova é que a menos que Deus é um pressuposto, não há contabilidade para o
mundo, a sua ordem, ou padrões morais.
Dez argumentos para a
existência de Deus
1. Argumento
cosmológico: Também chamado o argumento da causalidade universal ou o argumento
da contingência, o argumento cosmológico é provavelmente o mais conhecido e
bem-amado entre os apologistas teístas. O argumento básico é que todos os
efeitos tem uma causa eficiente. O universo, e tudo o que está nele, devido à
sua natureza (dependente) contingente, é um efeito. Portanto, o universo tem
uma causa ... mas isso causa não pode ser um efeito, ou um teria que explicar a
sua causa. Portanto, deve haver uma causa última, um motor imóvel, uma causa
não causada que iniciou o processo. Esta causa deve transcender tempo e espaço,
a fim de transcender a lei de causa e efeito. Esta entidade transcendentes deve
ser pessoal, a fim de provocar o efeito voluntariamente. Esta última causa é
Deus.
2. Argumento
teleológico: (Gr. Telos, "fim" ou "propósito") Isso também
é conhecido como o argumento do design. Este argumento se move de complexidade
a uma causa explicativa necessária para tal complexidade. O universo tem o
projeto definitivo, ordem e arranjo que não pode ser suficientemente explicado
fora de uma visão de mundo teísta. A partir das complexidades do olho humano à
ordem e à disposição da cosmologia, a voz de Deus é ouvida. Portanto, a
existência de Deus é a melhor explicação para tal design. Deus é o designer não
premeditado.
3. Argumento moral:
Este argumento argumenta a partir da realidade das leis morais para a
existência de uma necessária legislador moral. A ideia aqui é que, se existem
leis morais (o assassinato é errado, o egoísmo é errado, auto-sacrifício é
nobre, torturar bebês inocentes por diversão é mau), então deve haver uma
explicação transcendente e justificação para tais leis. Caso contrário, eles
são apenas convenções que não são moralmente obrigatórias para ninguém. Uma vez
que existem leis morais, então deve haver um doador lei moral que transcende
espaço e tempo. Este legislador moral é Deus.
4. divinitatus sensus (
"senso do divino"): Embora este argumento vai por muitos nomes, o
divinitatus sensus defende a existência de Deus a partir do senso inato do
divino que existe dentro de seres humanos. Este sentido do divino, pode-se
argumentar, é o "vazio em forma de Deus" dentro de todos nós. Isso
explica por que as pessoas, sociedades e culturas de todos os tempos têm, por
natureza, sentiu uma necessidade de adorar algo maior que eles mesmos.
5. O argumento da
experiência estética: Este é o argumento da beleza universal e prazer. Beleza e
prazer são universalmente reconhecidos como tal. Mesmo variações subjetivas em
sua definição do que é belo não são distintas o suficiente para relativizar
esse princípio. Desde a beleza do pôr do sol sobre as Montanhas Rochosas ao
prazer de comer certos alimentos, não é uma experiência estética comum que
transcende o individual. Essa transcendência deve ter uma fonte definitiva.
Esta última fonte é Deus.
6. O argumento da
existência de Argumentos: A ideia aqui é que não há tal coisa como um argumento
sem ordem e racionalidade. Na ausência de Deus, tudo o que existe é o caos. O
caos não dar à luz a ordem. Argumentos assumir ordem. Ordem assume propósito e
design, que por sua vez exigem um ser transcendente para a sua génese. Até
mesmo para argumentar contra a existência de Deus assume sua existência e,
portanto, auto-referencialmente absurdo. Portanto, não existe tal coisa como um
"argumento" contra Transcendência (Deus).
7. O argumento da
existência de Argumentos livre-arbítrio: Se Deus não existe, então tudo o que
temos é uma série sentido de causa e efeito que se estende de volta para a
eternidade. Esta série de causas e efeitos é necessário e determinado, sendo o
resultado da causa e efeito anterior. Como uma bola de bilhar é atingido por
outro e não tem movimentos auto-motivadas próprias, por isso toda a existência
humana opera sob as mesmas condições. Todas as coisas são determinadas, não é
auto-motivado, incluindo crenças. Portanto, se alguém não crê em Deus, não é o
resultado da auto-motivado livre-arbítrio crenças, mas por causa de uma série
determinada e fatalista de causas e efeitos que remontam à eternidade. Para
argumentar contra a existência de Deus não seria o resultado de olhar para as
evidências e tomar uma decisão mais racional para não acreditar em Deus, mas
porque é isso que as pessoas foram fatalista determinado a fazer. Portanto,
todos os argumentos são absurdas e injustificadas sem Deus.
8. O argumento da
existência do mal: Como o argumento moral, este argumento pressupõe a
existência de uma característica universal que não tem sentido sem Deus. Alguns
argumentam que a existência do mal refuta Deus (ou, pelo menos, um Deus bom),
mas para argumentar constituir formalmente um absurdo uma vez que um teria que
ter um padrão último e transcendente do bem, a fim de definir o mal. Se o mal
existe, existe bondade. Se ambos existem, deve haver uma norma transcendente do
qual obter o seu significado. Desde o mal existe, Deus existe.
9. Argumento dos
Milagres: Existem eventos da história humana, que não podem ser explicadas fora
da existência de Deus. Muitas pessoas têm suas histórias subjetivas que os
dobrar na direção do teísmo, mas há também eventos históricos, como a
ressurreição de Cristo e profecia preditiva, que não pode ser explicado sem um
aviso de Deus. Em suma, do ponto de vista cristão, se Cristo ressuscitou dos
mortos, então Deus existe. Não há nenhuma explicação razoável alternativa que é
responsável por um evento como esse fora de uma crença em Deus. A história
demonstra de forma convincente que Cristo ressuscitou dentre os mortos.
Portanto, Deus existe.
10. Aposta de Pascal:
Popularizado pelo filósofo francês Blaise Pascal, a aposta de Pascal argumenta
que a crença em Deus é a escolha mais racional devido às consequências de estar
errado. Se fosse para acreditar em Deus e estar errado, não há consequências.
No entanto, se um fosse a negar Deus e estar errado, as consequências são
eternamente trágico. Portanto, a escolha mais racional, considerando a ausência
de absoluta certeza, não é o agnosticismo ou ateísmo (qual definitivamente não
poderia estar certo sobre), mas uma crença em Deus.
11. Argumento
ontológico: O argumento ontológico é um argumento para a existência de Deus
baseado inteiramente na razão. De acordo com este argumento, não há necessidade
de sair à procura de provas físicas da existência de Deus; podemos perceber que
ele existe apenas pensando sobre isso. Os filósofos chamam de tais argumentos a
priori.
O argumento ontológico
é o mais complicado de todos os argumentos que os apologistas clássicos usam.
Ele tenta provar a existência de Deus por meio de raciocínio abstrato sozinho e
foi a mais famosa proposta por Anselmo de Canterbury. Este argumento é a que
tem recebido mais críticas. O argumento de Anselmo é assim:
1. A nossa compreensão
de Deus é um ser do qual nada maior pode ser concebido.
2. A ideia de Deus
existe na mente.
3. Um ser que existe
tanto na mente e na realidade é maior do que um ser que existe apenas na mente.
4. Se Deus só existe na
mente, então podemos conceber um ser maior, o que existe na realidade.
5. Não podemos ficar
imaginando algo que é maior que Deus.
6. Portanto, Deus
existe.
3. SE DEUS EXISTE, POR
QUE PERMITE O MAL? (TEODICEIA)
Apologistas clássicos
concentrar no problema dedutivo do mal: Como Deus pode ser todo-poderoso,
onisciente e todo-amoroso, existe ainda o mal? A resposta usual é que Deus
permite o mal por causa do bem maior resultante da criação de seres com livre-arbítrio.
Evidencialistas caracteristicamente lidar com o problema indutiva do mal: Será
que a grande quantidade de mal contagem de evidências tão significativa contra
a existência de Deus? Eles argumentam no sentido de que a prova positiva da
existência de Deus mais do que contrabalança a evidência negativa do mal.
Apologistas reformados
geralmente opõem-se a defesa do livre-arbítrio porque ele entra em conflito com
a visão bíblica da soberania de Deus. (Plantinga é uma notável exceção). Eles
também tomar exceção à abordagem evidencialista de pesar as evidências a favor
e contra a existência de Deus: em uma visão reformada das coisas, tudo no mundo
de Deus deve contar como evidência da existência de Deus. A realidade de Deus
deve ser pressuposta até mesmo para fazer o julgamento de que algo está mal.
Apologistas reformados
conservadores, como Clark e Van Til defender o ensino calvinista que Deus
preordena tudo o que acontece. Eles argumentam que Deus não é responsável pelo
pecado, porque, embora ele seja a causa final de tudo, ele não é a causa direta
ou próxima de pecado. Clark descaradamente descreve sua posição como
determinismo. Van Til adere a uma forma de determinismo teológico, mas rejeita
o determinismo físico, enfatizando que a causa final é a pessoa transcendente
de Deus.
4. NÃO SÃO OS MILAGRES MITOS OU LENDAS ESPIRITUAIS BÍBLICOS E NÃO UM
FATO LITERAL?
Para a questão de se os
milagres são mitos ou fatos, as respostas apologista clássicos: olhar para a
visão de mundo que os milagres são uma parte. As respostas evidencialista
simplesmente, olhar para as provas. O apologista reformada essencialmente os
lados com o apologista clássica aqui, mas tem o ponto mais um passo: olhar para
a toda visão de mundo que os milagres são uma parte. Teísmo em abstrato não
prova que milagres aconteceram. Os milagres bíblicos estão a ser acreditado,
porque eles são parte da auto-revelação de Deus para nós. Apologistas
reformados criticar o argumento evidencialista para a ressurreição de Jesus por
não desafiar a filosofia do cético de fatos e provas. Mesmo se um não-cristão
estavam convencidos de que Jesus ressuscitou dos mortos, os apologistas
reformados sugerem, ele sempre podia rejeitá-lo como um acontecimento fortuito
incomum.
5. POR QUE EU DEVERIA
ACREDITAR EM JESUS?
A resposta de Van Til a
esta pergunta é desconcertantemente simples: porque Jesus é Deus. Para
colocá-lo mais plenamente, uma vez que Jesus é Deus, o que ele diz sobre si
mesmo nas Escrituras (que é a própria palavra de Cristo para nós) carrega sua própria
autoridade e é auto-validação. Não há padrão mais elevado pelo qual a
auto-identificação de Deus pode ser feita. A base do nosso apologético, então,
deve ser o Cristo auto-comprovação da Escritura.
6. NÃO TODAS AS
RELIGIÕES LEVAM A DEUS?
apologistas clássicos
argumentam que o pluralismo religioso é irracional, porque as diferentes
religiões têm diferentes visões de mundo e diferentes concepções de Deus.
Evidencialistas argumentam que o pluralismo religioso não considera o fato de
que apenas o cristianismo oferece evidência factual verificável de Deus tomando
a iniciativa de tornar-se conhecido para nós. apologistas reformados geralmente
consideram estes pontos para ser basicamente correta, mas insuficiente (e eles
advertem contra convidando os não-cristãos para verificar essas afirmações em
seus próprios termos).
Eles respondem ao
pluralismo religioso com dois pontos básicos. Em primeiro lugar, é realmente
uma posição inexistente; o pluralista religioso é, na verdade, assumindo uma
postura exclusivista baseado em alguma perspectiva religiosa, declarada ou não
declarada. Em segundo lugar, os apologistas reformados, como Clark e Van Til
argumentam que apenas o teísmo cristão apresenta uma visão de mundo ou um ponto
transcendente de referência em termos de que o conhecimento ea ética são
possíveis ou inteligível. religiões não-cristãs tornar o homem ou o acaso
final; Só o cristianismo faz Deus realmente final e só apresenta as médias (na
obra redentora de Cristo), pela qual o homem pecador pode vir a reconhecer e
honrar a Deus como o Criador pessoal absoluta.
O pluralismo
De acordo com a
característica básica da corrente pluralista no que concerne à relação entre o
cristianismo e as demais religiões, entende-se que cada religião representa uma
forma de compreensão distinta, embora igualmente válida, acerca de uma
realidade espiritual superior, que algumas tradições chamam de “Deus”, ao passo
que outras a definem em termos ateístas ou que, no mínimo, não apresentem
qualquer ligação com o teísmo. Por essa razão, os escritores ligados a essa
corrente têm a tendência de referir-se à realidade espiritual, que acreditam estar
por trás de todas as religiões, por meio de termos como, por exemplo, “realidade
superior” ou “o Real”, evitando assim o uso expresso da palavra “Deus”.
John Hick é o
representante de maior peso da corrente pluralista. Em obras como [Deus e o universo das fés] (1973) e [O
segundo cristianismo] (1983), ele defende a necessidade de passar de uma
perspectiva cristocêntrica para uma perspectiva teocêntrica.
Descrevendo essa
mudança como uma espécie de “revolução como a de Copérnico”, Hick afirma ser
necessário abandonar “o dogma de que o cristianismo está no centro e passar a
crer que é Deus quem está no centro, assim como que todas as religiões, inclusive
a nossa, giram em torno dele e o servem”.
O inclusivismo
Karl Rahner, o
influente escritor jesuíta, é o defensor mais importante desta corrente. No
quinto volume de seu livro, [Especulações teológicas], ele traça quatro teses
que estabelecem a visão de que não apenas aqueles que não são cristãos podem
ser individualmente salvos, mas que também todas tradições religiosas em geral,
mesmo as não-cristãs, podem ter acesso à graça redentora de Deus. As quatro
teses são as seguintes:
1 O cristianismo é a
suprema religião que se fundamenta no evento único da auto-revelação de Deus em
Cristo. No entanto, essa revelação aconteceu em um momento específico da
história. Aqueles que viveram em uma época anterior a esse evento, ou os que
ainda terão de ouvir sobre ele no futuro pareceriam, assim, todos ter sido
excluídos da hipótese de salvação — o que contraria a vontade redentora de
Deus.
2 Por essa razão,
apesar de seus equívocos e falhas, as tradições religiosas que não são cristãs
também são tidas como válidas e capazes de intermediar a graça redentora de
Deus, até que o evangelho seja conhecido por seus membros. No entanto, depois
que seus membros tiveram a oportunidade de ouvir a proclamação do evangelho,
essas tradições deixam de ser legítimas, conforme a ótica da teologia cristã.
3 Assim, o adepto fiel
e zeloso de uma tradição religiosa não-cristã deve ser considerado um “cristão
anônimo”.
4 As demais tradições
religiosas não serão todas substituídas pelo cristianismo. O pluralismo religioso
continuará a ser um aspecto integrante da existência humana.
O particularismo
Talvez a declaração
mais conhecida dessa corrente possa ser encontrada nas obras de Hendrik Kraemer
(1888-1965), particularmente na obra [Mensagem cristã em um mundo não-cristão]
(1938). Kraemer destacava que “Deus havia revelado em Jesus Cristo o Caminho, a
Verdade e a Vida, e queria que isso fosse revelado por todo o mundo”. Essa
revelação é sui generis, possui uma categoria ímpar e sem paralelos com as
demais ideias de revelação encontradas em outras religiões.[10]
CONCLUSÃO:
Finalmente, devemos
reafirmar nosso compromisso com a noção de que a apologética deve ser prática e
devocional. A paixão do povo brasileiro é evidente em seu jeito festivo de
celebrar sua fé. A popularidade das práticas sincretistas pode ser atribuída ao
desejo do povo de encontrar soluções concretas para os problemas e desafios da
vida. Nenhum argumento apologético que queira falar ao contexto brasileiro pode
omitir esta realidade. Isto vem de encontro ao nosso entendimento do propósito
da apologética. O propósito da apologética consiste em ajudar o povo a encontrar
o Deus verdadeiro e a salvação que ele oferece. Ela existe para edificar o povo
que frequenta as igrejas, semana após semana, levando-os a conhecer a Deus mais
profundamente e a encontrar os meios bíblicos para se ter uma vida mais santa e
mais alegre.
A apologética é um
exercício intelectual que existe para satisfazer nossa curiosidade. Também não
é apenas uma tarefa para teólogos e pastores. A tarefa de fazer apologia
pertence a todo povo de Deus, e assim deve ser feita, estudada e ensinada.[11]
Qualquer apologia que não tenha este foco, que não exista para levar os
cristãos a conhecer mais a Deus e aprofundar sua comunhão com Ele e com seu
povo, é pura perda de tempo. O resultado final do estudo da apologética deve
ser o de produzir no fiel amor e santidade voltados para o Deus Trino.
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[11] SOARES,
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