terça-feira, 14 de agosto de 2018


A LETRA MATA MAIS O ESPÍRITO VIVIFICA: TENSÕES, OPOSIÇÕES E O ESTABELECIMENTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR TEOLÓGICO DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS.
Rossi Aguiar da Silva


INTRODUÇÃO.
A marginalização ao pentecostalismo se deus nas esferas sociais, como também no âmbito cognitivo, por se expandir inicialmente entre as classes mais pobres do Brasil, encontrou nestes um baixo nível de escolaridade, muitas das vezes quase nenhum. Criando uma despreocupação da busca da formação teológica, atualmente o quadro se inverteu, ainda não totalmente, mas já há o reconhecimento da necessidade do estudo teológico, que ocorreu de forma tardia.
A intenção deste trabalho é relatar o difícil e demorado estabelecimento da educação formal nas assembleias de Deus no Brasil, desde a implantação das Escolas Dominicais, o surgimento da imprensa como auxílio de veicular as suas doutrinas, fortalecer os seus membros da fé pentecostal.
Passando e expondo os entraves que surgiram de se reconhecer a necessidades do estabelecimento de uma escola teológica pentecostal, pois havia vozes favoráveis como também aqueles que reconheceram sua importância, e sua criação para os pentecostais brasileiros.
Pois havia cursos teológicos no Brasil, mas muitos deles contrário a fé pentecostal, como os presbiterianos, fundada no dia 14 de maio de 1867, inicia-se as aulas do primeiro seminário protestante no Brasil[1].
O batista Salomão Luís Ginsburg, missionário vinculado à Junta de Richmond, nos Estados Unidos, fez a instalação do primeiro seminário batista no Brasil, a 1º de abril de 1902.[2]
A pesquisa se deu pelo método bibliográfico, com estudos sistematizados através de livros, artigos impressos e em redes eletrônicas. Nesta pesquisa realizou uma revisão da literatura, organizou ideias identificando categorias que possibilitasse explicar a resposta ao problema focalizado.
A pesquisa teve como norte uma revisão histórica da preocupação de estabelecer um critério a formação ministerial na Assembleia de Deus, pois o movimento pentecostal não é de origem brasileira, mas de missionários vindo da Suécia e dos Estados Unidos, em sua maioria. Com isto verificamos inicialmente uma satisfação na formação não formal, e depois o desejo de se buscar a educação formal, como hoje já existente.

1. A ORIGEM DA EDUCAÇÃO CRISTÃ
A Educação Cristã surge junto com o próprio cristianismo, Jesus foi reconhecido como um rabino, Rabi é uma expressão que aparece em alguns textos bíblicos, mais nos evangelhos, outra expressão relacionada a esse assunto é o termo Raboni.
Rabi vem do grego rhabbi (ou rhabbei) e é uma transliteração de uma palavra hebraica usada como uma expressão de respeito e honra. Ellison[3] explica que no hebraico, o termo rav significa “grande”, “mestre”, e acabou tomando o sentido de “professor” (NDITNT 1918, 2000).
Originalmente, a expressão “Rabi” era usada como um tipo de marca de respeito, no sentido de reverência. Logo, Rabi significa literalmente “meu mestre”, “meu grande mestre” ou “meu ilustre senhor”.
Ellison explica que há outra duas expressões usados pelos evangelistas que vem a designa Jesus como mestre, por exemplo Marcos usa o termo didaskale Mc 4:38, enquanto Lucas epistata ‘ Mestre’ (Lc 8:24) (1918, 2000).
Educação foi o meio encontrado pelo cristianismo de propagação e também de perpetuar as suas doutrinas, este método podem ser percebidos e continuados por Paulo, Pedro, João, em suas epístolas. E será uma preocupação nos principais defensores e pensadores na história da igreja. Por isto pode-se afirmar que o cristianismo é uma religião do ensino, pois as tradições de seus dogmas se perpetuam e aperfeiçoado através deste método, e muitos deles foram escrito, por isto estes textos são lidos e estudados até hoje.
Neste caso todo segmento que se diz cristão e não tem esta característica da preocupação do ensinar seus dogmas, sua fé, naquilo que a faz ser cristã, está comprometendo sua identidade como tal, ficando fadada a entrar pelos meandros da heresia, permitindo todo tipo de ensino, ou doutrinas que não faz parte da fé tradicional, levando a se perder, e se corromper.
Pois cristianismo são embates, debates, crítica a todo tipo de pensamento contrário ao que crer, e isto se faz no ambiente educacional cristão, pois neste momento a lembrança, a pesquisa, a apologética aflora e perpetua a fé tradicional. O cristianismo precisa da educação em todas as formas existentes. E o pastor que nega este princípio, compromete sua comunidade, seu ofício, e principalmente a doutrinas bíblicas, que claramente explicam como se processa a comunhão com Cristo.
Para Santos (3, 2008) “educação cristã é uma forma particular de educar. Ela pode ser simplesmente definida como a instrução formal feita sob a perspectiva do cristianismo”[4].
Para Neto a Educação Cristã tem um aspecto objetivo metafísico, conforme explica:
objetivo da Educação Cristã deve ser o de proporcionar à pessoa que está sendo educada, não apenas a obtenção de conhecimentos variados uns dos outros e da sua própria constituição física e moral, mas sim o de conceder uma visão integrada e coerente de vida, relacionada com o Criador e com os Seus propósitos.


2. A ESCOLA DOMINICAL COMO PRIMEIRA IMPLEMENTAÇÃO DA EDUCAÇÃO NA ASSEMBLEIA DA DEUS.

 A educação se processa de três diferentes maneiras, denominadas em formais, informais e as não formais, conforme Costa (2014, 3) esta distinção foi elaborada pela primeira vez em 1973 por  Philip H. Coombs, Roy C. Prosser e Manzoor Ahmed[5].
Para Fernandes (2006, 96) no processo educativo vivido pela Assembleia de Deus no Brasil, manifestam estas três formas de educação.
Para cada um deles Fernandes irá contextualizar a realidade encontrada na Assembleia de Deus, na educação informal, explica Fernandes “é aquela na qual qualquer pessoa adquire e acumula conhecimentos, através de experiência dentro da comunidade, com o mundo, nas práticas religiosas e cotidianas”[6]. Já para a educação não-formal “é definida como qualquer tentativa educacional organizada e sistemática que, normalmente, se realiza fora dos quadros do sistema formal de ensino”[7], neste caso inclui-se as EBD. Quanto a educação formal “trata do ensino escolar institucionalizado, cronologicamente gradual e hierarquicamente estruturado”[8], que seria o surgimento do controverso Institutos Bíblicos nas Assembleia de Deus.
Vamos nos ater inicialmente no sistema de ensino não-formal que foi, pode-se dizer, o primeiro passo de estabelecer um ensino dirigido nas Assembleias de Deus, que foi as EBD’s e ela se perpetua até os dias atuais no encontros dominicais, na maioria das igreja de forma matinal, outras preferem num encontro vespertino.
Em muitas igrejas as EBD’s não estão mais na programação dos cultos oficiais, enquanto outras transferiram para um dia da semana, sem ser necessariamente aos domingos, em uma programação noturna.

2.1. Origem da Escola Dominical.
Tudo deu-se início com Robert Raikes e Thomas Stock primeiro estabeleceram uma escola dominical para os pobres e órfãos em Gloucester em 1780. Embora houvesse escolas dominicais anteriores, Raikes e Stock tornaram-se os originadores reconhecidos. Seus esforços levaram o clero e os leigos a estabelecer escolas semelhantes em toda a Inglaterra, pondo assim em movimento o Movimento da Escola Dominical. Em 1800, 200 mil crianças estavam matriculadas em escolas dominicais inglesas e, em 1850, esse número havia aumentado para 2 milhões.
 Uma das preocupações de Raikes conforme explica  Al Maxey (2005) foi sobre a situação dos filhos mais pobres de sua cidade. Ele observou o quão fácil era para eles entrarem em uma vida de crime e, assim, acabar no sistema prisional. Depois que Raikes começou esse esforço, a taxa de criminalidade caiu surpreendentemente tanto na cidade como no condado, onde Raikes vivia. Na verdade, em 1786, os magistrados da área aprovaram unanimemente o agradecimento pelo impacto que Robert Raikes e sua Escola Dominical tiveram sobre a moral da juventude dessa área.[9]
As escolas dominicais eram organizadas por pessoas que descobriram que as crianças da classe trabalhadora precisavam de alguma forma de disciplina. Escolas dominicais e noturnas foram criadas para ensinar leitura, escrita, aritmética e catequese aos pobres “merecedores”: as matrículas eram decididas por visitas aos pais, indicações de inscritos e solicitações individuais dos alunos. Os alunos deveriam frequentar a escola de quatro a cinco horas por semana, e era a única escola que a maioria das crianças da classe trabalhadora recebia. Embora originalmente aclamada como uma grande e nobre façanha, as escolas dominicais lutavam constantemente pela sobrevivência.
Muitas vezes houve pressão eclesiástica para não ensinar a escrever num domingo discutiam-se debates sobre se ensinar as classes mais baixas era, de fato, uma boa ideia; havia preocupações de que tal educação os levaria a esquecer sua posição na vida a Igreja da Inglaterra foi muitas vezes incapaz de apoiar as escolas, ou fornecer-lhes espaço ou fundos adequados
Consequentemente, as escolas foram financiadas por assinantes, que foram incentivados a nomear crianças para matrícula. Eles também foram encorajados a visitar as escolas para ouvir as crianças repetirem suas lições; esses assinantes, como tais, foram os precursores dos inspetores escolares. Os professores (homens e mulheres) eram pagos, e as aulas eram frequentemente realizadas na casa de uma pessoa, ou em quartos alugados. Hannah More, por exemplo, ocupou a escola em Blagdon, em 1795. Mais tarde, ela se tornou ainda mais influente para o movimento da escola dominical com o estabelecimento de seus Cheap Repository Tracts.
As escolas dominicais se multiplicaram rapidamente e foram eficazes porque eram simples, tornaram-se uma distração para as crianças e um meio para os pais elevarem socialmente a família como um todo. Eles eram frequentemente também um meio de educação para adultos, que ocasionalmente frequentavam as escolas; as crianças foram ativamente encorajadas a levar lições e livros para casa para compartilhar com seus pais.
A escola dominical também se tornou um importante centro de interação social para uma classe de crianças e pais que estavam rapidamente se afastando de comunidades rurais pequenas e unidas para centros urbanos grandes e populosos. Por fim, as escolas ensinavam catecismo a uma população que, até então, só aprendia através de um sistema de memorização mecânica com o sacerdote recitando a oração do Pai Nosso uma vez por semana, uma vez por semana, durante o culto. Como as escolas ganharam em popularidade e eficácia, a Igreja da Inglaterra começou a ativamente fornecer-lhes instalações e finanças. Isso também significava um controle mais rígido sobre sua gestão e currículo, em vez de permitir que os leigos continuassem administrando as escolas.
A educação religiosa era, é claro, sempre será um componente central. A Bíblia era o livro usado para aprender a ler, da mesma forma, muitas crianças aprenderam a escrever copiando as passagens das Escrituras. Também foi ensinado um catecismo básico, assim como práticas espirituais, como oração e cântico de hinos. Inculcar moralidade cristã e virtudes foi outro objetivo do movimento. Os alunos da escola dominical muitas vezes se formaram para se tornar professores da escola dominical, ganhando assim uma experiência de liderança que não pode ser encontrada em outras partes de suas vidas. Mesmo alguns historiadores marxistas creditaram as escolas dominicais do século XIX com poderes para as classes trabalhadoras.
Tanto na Grã-Bretanha quanto na América, a educação universal e obrigatória do estado foi estabelecida pela década de 1870. Depois disso, a leitura e a escrita foram aprendidas durante a semana na escola e o currículo da escola dominical foi limitado à educação religiosa. No entanto, muitos pais continuaram a acreditar que a frequência regular da escola dominical era um componente essencial da infância. A tendência para o parto permissivo na década de 1960, no entanto, significou que uma cultura generalizada de insistir que as crianças vão para a escola dominical se queriam ou não (especialmente quando os próprios pais não estavam indo à igreja) foi abandonada.
As Escolas Dominicais trouxeram impactos profundas na sociedade inglesa, o apoio à alfabetização continuou a ser crucial até o desenvolvimento da educação estatal, logo a EBD[10] foram o prenuncio da formalização da educação inglesa.

2.2 A Origem das Escola Dominical no Brasil.
Tem havido divergências quanto os primeiros a implantar a EBD no Brasil, para o teólogo assembleianos Antônio Gilberto a EBD teve início em 19 de agosto de 1855, no Rio de Janeiro, em Petrópolis, na época morada de verão da família imperial, onde os “missionário Robert Kalley e sua esposa, Drª Sarah Poulton Kalley, vindos pela Igreja Congregacional[11] (GILBERTO, 1998, 135).
Enquanto para Rodrigues (Slreck, 1995, 35):
O metodismo chegou ao Brasil por iniciativas missionárias da Igeja Metodista Episcopal dos EUA. A primeira tentativa, no ano de 1835, deu-se com a chegada de Fountain Pitts. Ele organizou uma escola dominical (matriculou brancos e negros!) e abriu uma escola para educação formal.[12]
Rodrigues não só demonstra o início das EBDs no Brasil, como também registra que o Srº Pitts como um dos primeiros na manifestação de inclusão social, ao permitir a participação de negros nas suas reuniões de estudo dominical, entendendo que neste período o Brasil ainda era um império e não havia também assinado a lei Aurea, que trouxe a libertação total dos negros no Brasil, conforme Nabuco (2000, 26) foi apenas em 1850 que começou a surgir às primeiras leis que garantia liberdade da escravatura brasileira, primeiro veio a de Lei Eusébio de Queiroz que proibiu a chegada de embarcações negreiras no país, depois a Lei do Ventre Livre Aprovada em 1871, temos ainda a Lei dos Sexagenários promulgada pelo governo brasileiro em 1885 e por fim a Lei Áurea promulgada em 1888 pela Princesa Isabel.[13]
Gilberto reconhece que houve um princípio de educação dominical, sendo que para ele ocorreu “em caráter interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana” (1998, 136).
Costa (2010, 2) vai corroborar a informação de Rodrigues, em que Rev. Fountain E. Pitts um Metodista foi o primeiro a iniciar a EBD no solo tupiniquim em 1835.[14]
Rodrigues completa que em 1837, chegaram Daniel Kidder e sua esposa com um casal de professores, ele não nos fornece o nome destes professores, que retornaram após a morte da esposa de Kidder, de febre amarela, e falta de recursos econômico (1995, 36).
2.3 O Surgimento da EBD nas Assembleias de Deus.
A Assembleia de Deus é uma denominação protestante resultada da chegada de dois missionários vindo dos EUA, Daniel Berg e Gunnar Vingren, ambos suecos de origem, chegaram a Belém do Pará, em 19 de novembro de 1910, conforme explica Araújo, foi por meio de uma revelação divina dada ao irmão Olof Uldin de que o lugar para onde deveriam ir era o Pará, no Brasil. [15]
A princípio reuniram-se com as igrejas batistas aqui já instaladas, Conde (2000, 29) explica que foram apresentados por Justo Nelson, pastor metodista na região, ao pastor Batista Raimundo Nobre,[16] que era pastor batista. Conde em uma linguagem denominacional registra desta forma o início do pentecostalismo assembleianos
... como traziam na bagagem a doutrina pentecostal do batismo no Espírito Santo com a evidência do falar em línguas e a atualidade da concessão de dons espirituais como nos tempos apostólicos, não demorou para que o Senhor Jesus começasse a batizar os membros daquela igreja que, não aceitando a nova doutrina, decidiram desligar da comunhão os crentes que se uniram aos missionários.
Conforme Conde entre eles a irmã Celina Albuquerque, que na madrugada de 2 de junho de 1911 recebeu o batismo no Espírito Santo e falou em línguas.[17]
Araujo (2011, 15, 16) relata que um total de 18 membros[18] deixou a igreja Batista em Belém do Pará para juntar-se aos missionários e fundarem em 18 de junho de 1911 a igreja Missão da Fé Apostólica.[19] Muitos estavam curiosos para conhecerem a nova doutrina. Houve rejeição por parte de alguns, mas muitos abraçaram a doutrina.
A essa altura as reuniões de oração que no início aconteciam na residência dos missionários, passaram à residência da irmã Celina de Albuquerque. Reunidos na casa da irmã Celina, por sugestão de Gunnar Vingren, em 11 de janeiro de 1918, registrou-se a igreja Assembleia de Deus, nome que traz até hoje.
Em 1911 dois meses após a fundação das Assembleias de Deus (na verdade Igreja Apostólica da Fé), são realizados a primeira aula de Escola Dominical, na casa do irmão José Batista Carvalho, na Av. São Jerônimo, em Belém, PA. Conforme Samuel (2008, 109) oficialmente a EBD nas Assembleias se deu em 1922 com uma lição de Samuel Nyström sobre o Dispensacionalismo[20] [21], Pommerening (2015, 2) explica que esta lição durava um mês, possuía a seguinte característica que ele observa “Embora tinha até uma certa ideia de sistematização, na verdade, não era regida por nenhum plano de curso, ementa ou orientação que lhe assegurasse que os conteúdos seriam rigidamente seguidos”[22].
Um dos benefícios do ensino dispensacionalismo nas Assembleias de Deus, conforme atesta Pommerening,  foi a introdução de uma hermenêutica na leitura da Bíblia dos novo membros que eram introduzidos na Assembleia pois esta crescia vertiginosamente no solo brasileiro,[23] com isto trouxe uma ferramenta preciosa, e trouxe a facilitação de memorização dos textos bíblicos, e disputas de conhecimento, e de como o texto se aplica ao conhecimento dispensacional.
Pois o dispensacionalismo tornou-se o parâmetro teológico principal da denominação, principalmente a expectativa da escatologia eminente no imaginário pentecostal.
Nyström considerado o grande patrono da educação assembleiana, vindo a ser depois substituído por Lars Erik Bergstén, em termos de contribuição, conforme Daniel escreveu cerca de 40 lições de EBD, é claro que houve outros que participaram desta façanha, dentre estes Daniel (2004, 34) registra que Frida Vingren foi a única mulher a escrever comentários da revista de Escola Dominical Lições Bíblicas na história das Assembleias de Deus até hoje.
2.4 A Imprensa complementa a difusão da teologia assembleiana.
Outro fator a contribuir na proliferação das doutrinas e do ensino das assembleias de Deus foi a imprensa, primeiro veio o jornal “Voz da Verdade” (1917 a1918), por Almeida Sobrinho e João Trigueiro da Silva. Depois  Boa Semente entre 1919 até 1921, Lima adverte que “Deve-se lembrar, que o que se vê publicado nas páginas do jornal Boa Semente não se tratava ainda de ensino teológico formal, ou sistematizado, porém já é possível perceber a sua gênese, pois os articulistas demonstravam o cuidado pelo ensino das doutrinas”[24]. O Som Alegre” (1929 a1930), por Gunnar Vingren.
Todos foram substituídos pelo Mensageiro da Paz, que até hoje são publicados artigos que expões as doutrinas das assembleias de Deus. Enquanto no periódico Mensageiro da Paz, foi publicado o artigo “O que ensinamos” de Otto Nelson no jornal Mensageiro da Paz, o missionário sueco Otto Nelson publicou no jornal Mensageiro da Paz de janeiro de 1931, p. 6, 2ª quinzena, o artigo doutrinário sob o título “O que ensinamos”. Otto Nelson chegou ao Pará em 1914. Ele foi o primeiro missionário sueco a vir para o Brasil depois de Gunnar Vingren e Daniel Berg. Ele havia imigrado para os Estados Unidos em 1910 e ali se converteu, recebeu o batismo no Espírito Santo e frequentou uma igreja pentecostal em Chicago.
Como explica McGrath (2014, 29) a imprensa “exerceu um impacto muito substancial no desenvolvimento e na propagação das ideias da Reforma”[25], Johann Gutemberg ao inventar a imprensa, teve como primeira obra imprimida a Biblia em latim.
McGrath (2014,30) explica que era possível produzir mais rápido e mais barato obras em defesa do programa da Reforma, por meio desta herança o protestantismo, mas precisamente o pentecostalismo no início de seus movimento, verifica na imprensa a necessidade em esclarecer seus objetivos, mas além disto manter registrada a história de suas crenças e de sua experiência religiosa, e a perpetuação de sua construção.

3. A ORIGEM E FORMAÇÃO DO ENSINO TEOLÓGICO FORMAL E SUPERIOR DA SEMBLEIA DE DEUS.

O estabelecimento dos cursos teológicos na Assembleia de Deus se deu não com poucos debates, alguns contrários, como no caso os suecos, e outros favoráveis. GOMES (2013, 67-70) explica que o modelo de formação teológica seguia um princípio e influência de Lewi Pethrus, pois este que era favorável a uma formação teológica, mas contrário a uma institucionalização da igreja, por isto era contrário a construção de cursos teológicos formais, defendia reuniões curtas, denominadas Escolas Bíblicas.
Conforme GOMES (2013, 26-28) há uma caminhada perigosa da formulação teológica para um enrijecimento espiritual, gerando um escolasticismo protestante posterior, para na Alemanha o pietismo foi o movimento que reagiu ao sistema rígido do luteranismo escolástico, na Inglaterra diversos movimentos opôs-se ao modelo de protestantismo inglês, exemplo clássico foi John Wesley, juntamente com o seu irmão, Charles, protagonizaram um movimento de despertamento do fervor religioso na Inglaterra, posteriormente o pietismo e o metodismo wesleyano influenciaram o pentecostalismo.
3.1 Uma definição e o desenvolvimento do anti-intelectualíssimo cristão recente.
O anti-intelectualismo é um fenômeno social adverso caracterizado pela destruição, rejeição e a postura de subestimar qualquer tentativa humana de reflexão, criatividade, filosofia social, e uma deliberação intelectual sobre a vida do homem, incluindo a abordagem dos problemas da humanidade,  e seu ajuste na sociedade e na natureza.
Richard Hofstadter o anti-intelectualismo é um ressentimento e uma suspeita de vida da mente e daqueles que são considerados para representá-la; e uma disposição constantemente para minimizar o valor dessa vida.
Na linguagem Hofstadteriana, o anti-intelectualíssimo religiosos muitas vezes vem dos agrupamentos religiosos conservador que veem apenas a razão como a causa de o homem se afastar ou ser indiferente a certos fundamentos absolutos.
Anti-intelectualíssimo significa rejeitar a busca da realização intelectual ou do desenvolvimento, quase todos os estudos sobre o fundamentalismo e evangelicalismo escrito nas últimas décadas declara que os fundamentalistas, especialmente durante o início do século XX, foram (e, geralmente, ainda são) “anti-intelectual”, rejeitam o “progresso” intelectual da era moderna.
Uma das primeiras causas foi, e não se pode esquecer, que as faculdades religiosamente fundadas na América começaram a dar lugar ao modelo universitário alemão, que foi baseado no predomínio da ciência e uma busca por um método científico para cada disciplina. Intelectuais cristãos começaram a entender que “a secularização metodológica” era uma ameaça para a compreensão da  teologia; como o foco da universidade e formação de pós-graduação deslocada para modelos naturalistas e técnicos, o espaço para considerações teológicas desapareceu gradualmente do ensino superior americano.
Que tiveram forte resistência através de Charles Hodge, Archibald Alexander, e BB Warfield, teólogos velha escola de Princeton. Mas não foi suficiente, em muitos casos gerou um movimento anti-intelectual na teologia cristã. Em alguns segmento passaram a ver o curso de teologia com desconfiança. Vale ressaltar que as universidades de Harvard (1636), Yale (1701) e Princeton (1746), nasceram fruto do trabalho cristão e com a prioridade da formação teológica.[26]
3.2 O desenvolvimento anti-intelectualista em Lewi Pethrus.
GOMES explica uma possível origem anti-intelectualista em Pethrus, foi em associar as obras de Hofstadter[27] com Rick Nañez[28] , pois ambos descrevem uma postura anti-intelectualista do avivalista estadunidense Charles Finney, e com a afirmação de Araujo (2013, 36) de que Pethrus lia biografia de Finney, e que este criticava a formação teológica, e dos sermões escritos.
A grande contradição encontrada e denunciada nos relatos de Gomes que tanto Moody, e Jimmy Swaggart, e Finney, que faziam crítica publica aos ensinos teológicos, haja vista que os primeiros criaram uma instituição teológica, enquanto Finney foi reitor de um instituto teológico.
Uma das características do pentecostalismo foi criar o pressuposto de que, por meio do poder carismático vindo e manifestado pela xenolália, podia capacitar as pessoas sem a necessidade do preparo intelectual, foram-se negando a importância de qualquer recurso que parecesse substituir a ação do Espírito. Parece provável que a postura de rejeição à formação acadêmica nas origens do pentecostalismo tanto norte-americano tenha tido um efeito e repercussão em outros contextos pentecostais, incluindo assim na Suécia por Pethrus. Isto pode não ocorrer necessariamente por uma influência direta, numa relação de causalidade, mas pelo fato de haver uma correspondência de elementos comuns entre o pentecostalismo nascido nos Estados Unidos e o de outros países.
A proposta de Pethrus, na sua resistência e uma faculdade teológica para formação e aperfeiçoamento ministerial, foi a de implantar cursos breves, que duravam alguns meses, no verão da Escandinávia.
3.3. O nascimento das Escoas Bíblicas no Brasil..
A influência dos suecos no comportamento pastoral brasileiro se deu em cinco vertentes, conforme analisa Fernandes (2006, 86), a questão econômica:  “podemos ressaltar que forçosamente a vida dos missionários foi marcada pela simplicidade, um exemplo que ajudou a primeira geração de líderes brasileiros a ligar pouco para a ascensão econômica”.
Outra influência sueca foi o sistema de pastorado, conforme registra Freston (93, 72): “O sistema de governo (...) oligárquico e caudilhesco (...) sendo reforçado pelo coronelismo nordestino. (...) uma complexa teia de rede composta por igreja-mãe e(...)  congregações dependentes”.
Uma terceira e determinante influência sueca foi a de voltar para o lado da sociedade brasileira mais pobre e iletrada, num país predominantemente rural na época do surgimento da Assembleia de Deus, e “com o rápido crescimento da igreja, as lideranças foram sendo escolhidas entre estes homens iletrados, pobres e migrantes de situações sociais, econômicas e políticas adversas. Portanto, estas pessoas viam com desconfiança a educação que geralmente era elitista”[29].
A outra influência foi a de como se formaria a extensão denominacional, seguiam um modelo Pethrus, de igreja livre, sem as amarras denominacional, pois em 1910 Pethrus assumiu o pastorado de uma igreja batista em Estocolmo, a qual foi excluída da denominação em 1913 (por causa e seu pentecostalismo). Sendo marginalizado pela denominação dominante o luteranismo Pethrus preferiu um sistema livre, sem a ambição de se forjar uma denominação pentecostal sueca, pois via este sistema perverso e perseguidor.
Por fim a influência de Pethros pode ser vista na formação académica dos líderes da igreja, vivenciado a decadência espiritual do sistema teológico na sua nação pela invasão do sistema liberal, Pethrus desenvolve uma aversão aos cursos teológicos vigentes na época, tem preferência a encontros esporádicos, e rápidos na formação de sua liderança. E é com este perfil que os missionários suecos chegam ao Brasil para implantar algum tipo de formação formal na liderança brasileira. [30]
Conforme GOMES (2013, 69)  “A primeira ação de treinamento bíblico-teológico para os líderes assembleianos se deu de 4 de março a 4 de abril de 1922, na cidade de Belém”, liderada por Samuel Nyström, o segundo evento ocorreu novamente na cidade de Belém, Pará, de 24 de março a 28 de abril de 1924[31].
Pommerening faz uma análise destes encontros com os seguintes critérios:
As Escolas Bíblicas não eram sistemáticas, regulares e avaliatórias, embora apresentassem abundantes e profundos ensinamentos bíblicos, principalmente quando Samuel Nyström estava à sua frente. Eram de caráter eminentemente devocional, com uma teologia formatada no exterior, não incentivava à reflexão, nem utilizava manuais teológicos de grandes pensadores, mas estavam plenamente de acordo com a ênfase na experiência com o Espírito Santo presente no pentecostalismo[32].
Nelson (2008, p. 108- 109) descreve os assuntos tratados por Nyström, e o de maior ênfase foi o dispensacionalismo, doutrina que marcou profundamente o pensamento assembleiano, das quatro semanas de estudo as duas últimas foram para este tema. Devido ser uma escatologia mais elaborada e cheia de detalhes, criou-se uma expectativa imensa neste assunto, enquanto que o amelinarismo das denominações históricas não possui um atrativo como o este modelo escatológico, que foi depois mais divulgada pelos missionários americanos.
3.3 Nasce a proposta dos Seminários Teológico na Assembleia de Deus – O Início da Formação Formal Teológica Brasileira.
Os cursos teológicos tinham como proposta uma presença mais integral dos alunos, além de apresentar um currículo pré-estabelecido, enquanto que os Estudos Bíblicos suecos eram um tanto sem critério curricular, pois estes impunham uma seleção dos assuntos a serem debatidos, no que eles achavam ser necessário, e eram esporádicos, sem compromisso com um período a ser cumprido.
Este perfil foi confrontado com a chegada dos missionários americanos (GOMEZ 2013, 69-72), que coincide com uma abertura e invasão da cultura estadunidense no Brasil, pois o EUA desejava expandir seu comércio, e sua indústria, havia também a ambição de se destacar como um domínio além de seu território.
Pois os missionários americanos traziam financiamento, para os projetos da denominação, como a modernização da imprensa com o surgimento da CPAD, programas radiofônicos e na televisão, além da inovadoras cruzadas evangelísticas, e para concluir os cursos teológicos denominados Seminários teológicos[33] , com  maior duração, e melhores conteúdo, com isto surge um estreito relacionamento com a Assembleia de Deus americana. Conforme Gomes desde a década de 20 a Assembleia americana já havia estabelecido centro teológicos, e isto se deu com 8 anos de fundação.
O primeiro debate de se criar uma instituição teológica ocorreu em 1943, Nels Lawrence Olson, que chegou ao Brasil em 1938, e John Peter Kolenda, que chegou em 1939. que teve forte resistência sueca e de alguns brasileiros, sendo  criado o curso por correspondência, uma proposta de Olson (POMMERENING 2015, 35).
O medo reinante era esfriamento espiritual, e fábrica de pastores, sob o holofotes de Nyström, que era resistente a vinda dos americanos, que chegou propor a não aceitação deste missionários americanos nas igrejas brasileiras. Fazia um proselitismo contra os seminários teológicos.
Depois de intensos debates foi autorizado a implantação de institutos teológicos vinculados às Assembleias de Deus no Brasil começou a ser concretizado em 15 de outubro de 1958, com a fundação do IBAD – Instituto Bíblico das Assembleias de Deus, na cidade de Pindamonhangaba- SP, pelo casal de missionários americanos João Kolenda Lemos e sua esposa, Ruth Doris Lemos. Em 1961, através da iniciativa do missionário N. Lawrence Olson, foi fundado no Rio de Janeiro o IBP - Instituto Bíblico Pentecostal. A fundação desses institutos bíblicos de Educação Teológica formal não foi iniciativa da liderança nacional das Assembleias de Deus. E não parou por ai em 1979 é fundado a EETAD, do também missionário Benhard Johnson, e muitos outros viriam a surgir dentro das Assembleias de Deus.
Os livros textos usados foram livros texto de autores pentecostais de outros países, alguns estrangeiros radicados no Brasil e alguns poucos autores nacionais, como: Donald Gee, Eurico Bergsten, Myer Pearlman, Orlando Boyer e Emílio Conde. A EETAD que era um curso por módulos tinha diversos autores, a maioria americano.
O fruto desta empreitada e difícil foi o surgimento de núcleos teológicos hoje registrado n MEC, a primeira foi a FAESP (Faculdade Evangélica de São Paulo) em 2007, mantida pelas Assembleias de Deus do bairro Belém presidida pelo Pr. José Wellington Bezerra da Costa. FAECAD (Faculdade Evangélica de Ciências e Tecnologia) obteve o reconhecimento do MEC e as atividades da mesma começaram no mês de agosto de 2005. , no Rio de Janeiro.
Bem verdade que a primeira instituição associada a Assembleia de Deus foi FACEL – Faculdade de Administração, Ciências, Educação e Letras, em 1999, mantida pela AEADEPAR - Associação Educacional das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus no Estado do Paraná, sendo que não havia uma formação teológica no seus cursos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS.
Apesar da demora, e das oposições da Assembleia de Deus no Brasil, tem entendido a importância da formação formal, e do seu reconhecimento no MEC, além de uma grade curricular que possibilite conhecer teologias distintas da sua fé, e as que são contrárias das doutrinas da Assembleia de Deus.
Pois isto valoriza o seminarista, amplia seus alcances sociais, além de conseguirem construir uma visão crítica e apologética de sua fé.
Mais há muito a ser feito, pois existem muitos pastores sem a devida formação, e com o velho ranço de resistir uma formação, perpetrando a ideia que a formação teológica tira ‘unção’, nessa cultura de resistência à academia criada pelos fundadores das Assembleias de Deus no Brasil, conforme Bitun cria-se algo parecido a uma “coleta seletiva” de um segundo evangelho dentro do próprio Evangelho.
Muitos ainda citam e selecionam  textos na Bíblia para endossar um comportamento, conforme apresentou neste trabalho de anti-intelectualizante, fazendo uma interpretação descontextualizada, como se as Escrituras fosse contrário ao estudo e a formação pessoal.
Mas há muito a ser feito, conquistado, estudado, e pesquisado, ampliado, e acima de tudo os preconceitos serem superados, e entender a necessidade da construção do conhecimento.





[1] MATOS, Alderi Souza de. O Colégio Protestante de São Paulo. Disponível em: http://www.mackenzie.br/10283.html. Acessado em: 30/11/2017.
[2]  de Oliveira, Zaqueu Moreira. 108 anos do STBNB: abordagem histórica e desafios do mais antigo seminário batista brasileiro () http://www.stbnb.com.br/site/pagina.php?PAG_ID=3
[3] ELLISON, H. I. Rabi. In, Colin Brown, Lothar Coenen (orgs.); Dicionário internacional de teologia do Noyo Testamento, tradução Gordón Chown. 2. ed. — São Pauio ; Vida Nova, 2000.
[4]
[5] COSTA, Rodrigo Heringer . Notas sobre a Educação formal, não-formal e informal, ANAIS DO III SIMPOM 2014. Disponível http://www.seer.unirio.br/index.php/simpom/article/viewFile/4578/4100. Acesso 10/02/2018.
[6] Fernandes, Rubeneide Oliveira Lima.  Movimento Pentecostal, Assembléia de Deus e o Estabelecimento da Educação Formal. Graduação para mestrado, disponível http://livros01.livrosgratis.com.br/cp021241.pdf, acessado 23/12/2017.
[7] FERNANDES 2017
[8] FERNANDES 2017
[9]  Maxey, Al. Raikes' Ragged Regiment Reflecting on the Sunday School and Non-Sunday School Movements;  REFLECTIONS April 14, 2005. http://www.zianet.com/maxey/reflx184.htm.
[10] Escola Bíblica Dominical.
[11] Gilberto, Antônio Manual da Escola Dominical: um curso de treinamento para professores iniciantes e de atualização de professores veteranos da Escola Dominical. 178 ed. Melhorada e aum. — Rio de Janeiro : Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1998.
[12] Rodrigues, Hélerson Bastos.  Um movimento educacional (Igreja Metodista). In Slreck, Danilo R. (organizador); EDUCAÇÃO E IGREJAS NO BRASIL UM ENSAIO ECUMÊNICO, Editoral Sinodal, 1995.
[13] NABUCO, Joaquim. O abolicionismo. São Paulo : Publifolha, 2000. (Grandes nomes do pensamento brasileiro da Folha de São Paulo).
[14] Costa Hermisten Maia Pereira da. Introdução à Educação Cristã:  Reflexões, Desafios e Pressupostos 2010.http://www.mackenzie.br/fileadmin/Graduacao/EST/DIRETOR/Introducao_a_Educacao_Crista__15__-_Final.pdf. Acesso 8/2/18.
[15] ARAÚJO, Isael de. Dicionário do Movimento Pentecostal, editora CPAD, 1ª edição, 2007, Rio de Janeiro
[16] CONDE, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 2000.
[17] CONDE, 2000, 30.
[18]ARAÚJO, Isael. 100 acontecimentos que marcaram a história das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 2011. Nesta obra podem-se ler todos os nomes que participaram da fundação da Assembleia de Deus (na época Missão da Fé Apostólica). 
[19] CONDE 2000, 32.
[20] NELSON, Samuel. Samuel Nyström: pioneiro do ensino pentecostal em Escolas Bíblicas. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.
[21] Segundo Thomas Ice “O Dispensacionalismo é um sistema de teologia que vê o mundo como um ‘lar’ que é gerenciado por Deus. A palavra ‘dispensação’ em si significa ‘administração’ ou ‘mordomia’ e é usada por Paulo no Novo Testamento (Ef 1.10; Ef 3.2; Cl 1.25).
Uma dispensação é uma economia, uma etapa distinta na realização do Plano Mestre de Deus. O Dispensacionalismo afirma que há sucessivas dispensações durante toda a história e que cada uma envolve um teste ou uma responsabilidade, na qual o homem falha, e que é seguida pelo juízo de Deus. Assim, a graça de Deus, através de Jesus Cristo, torna-se a única base de esperança para a humanidade.
A presente dispensação é conhecida como a ‘Era da Graça’ ou ‘a Era da Igreja’. A dispensação anterior foi chamada de Lei ou de Israel. Há dois povos de Deus: Israel e a Igreja. Entretanto, o plano de Deus para Israel ainda não terminou, e Ele voltará a tratar com os judeus durante a Tribulação de sete anos e durante o Milênio.
O Dispensacionalismo é caracterizado por: (1) uma interpretação literal e consistente da Bíblia (desde Gênesis até o Apocalipse); (2) produzir uma distinção entre Israel e a Igreja; e (3) resultar na glorificação de Deus como Seu propósito principal para o mundo. O Dispensacionalismo é uma teologia deduzida da Bíblia, que enfatiza a glória e a graça de Deus. O que é Dispensacionalismo? http://www.chamada.com.br/perguntas_respostas/o_que_e_dispensacionalismo.html, acesso 10/2/2018.
[22] Pommerening, Claiton Ivan.  EDUCAÇÃO TEOLÓGICA NAS ASSEMBLEIAS DE DEUS: RELAÇÕES ENTRE A ESCOLA BÍBLICA, O INSTITUTO BÍBLICO E A ACADEMIA. Anais do Congresso ANPTECRE, v. 05, 2015, p. ST0507.
[23] Ibid, pg 4.
[24] Daniel Barros de Lima. A educação pentecostal por meio do jornal Boa Semente (1919-1921); Anais do Congresso Internacional da Faculdades EST. São Leopoldo: EST, v. 3, 2016.
[25] MCGRATH, Alister. O Pensamento da Reforma; Trd. Jonathan Hack. São Paulo: Cultura Cristã. 2014.
[26] Matos Alderi Souza de. Universidades protestantes: benefícios e riscos. http://www.ultimato.com.br/revista/artigos/329/universidades-protestantes-beneficios-e-riscos. Acesso 13/2/18.
[27] HOFSTADTER, Richard. Anti-intelectualismo nos Estados Unidos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.
[28] NAÑEZ, Rick. Pentecostal de coração e mente. São Paulo. Editora Vida. 2007.
[29] POMMERENING CLAITON IVAN. FÁBRICA DE PASTORES: INTERFACES E DIVERGÊNCIAS ENTRE
EDUCAÇÃO TEOLÓGICA E FÉ CRISTÃ COMUNITÁRIA NA TEOLOGIA PENTECOSTAL. Tese de Doutorado. São Leopoldo, 2015, p. 26.
[31] GOMES,, JOSÉ OZEAN. DA OBJEÇÃO AO RECONHECIMENTO: uma análise da política eclesiástica da
Assembleia de Deus brasileira com respeito à educação teológica formal (1943-1983). Dissertação de mestrado, UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO. São Bernardo do Campo, SP 2013.
[32] EDUCAÇÃO TEOLÓGICA NAS ASSEMBLEIAS DE DEUS: RELAÇÕES ENTRE A ESCOLA BÍBLICA, O INSTITUTO BÍBLICO E A ACADEMIA (2015, 2).
[33] GOMES, José Ozean. Educação teológica no pentecostalismo brasileiro. São Paulo:  Fonte Editorial, 2013.

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