Devido a depressão ser hoje uma
dos piores males psicológicos na sociedade contemporânea, a questão do suicídio
vem ganhando cada vez mais um debate sério, principalmente nos contornos
bíblicos e cristão, a grande questão é que por um bom tempo o suicídio foi
considerado pecado, e praticá-lo implica na perda da salvação do indivíduo.
O suicídio contemporâneo tem
ganhado força nas perspectivas psicológicas, pois acreditam que o suicídio é
fundamentalmente uma expressão da busca existencial de uma pessoa por um
significado, já que em vida nunca a alcançou. Existencial se refere à existência ou vida das pessoas. As pessoas
encaram a vida de certa maneira e seu objetivo é encontrar e experimentar o
significado da vida.
Para muitos suicidas questionam,
de forma franca ou não, o significado de sua vida. Por que esse sofrimento
mental se abateu sobre mim? O que eu fiz errado? O que eu fiz da minha vida?
Quem sou eu de fato? Como posso viver com esse sofrimento mental? Como posso
viver com outras pessoas? Qual é o meu futuro? Quando o sentido da vida é
perdido, a própria vida pode se tornar uma insuportável e desesperadora condição existencial.
Hoje atualmente este perfil tem mudado
drasticamente, pastores e pesquisadores, principalmente na psicologia e psicanálise,
tem defendido uma visão mais tolerante com respeito ao suicídio, mais diretamente
ao tipo de suicídio provocado pela depressão, pois este modelo de suicídio não
é causado por uma pessoa mentalmente saudável, antes atormentada
emocionalmente, e com isto sem forças comete este suicídio, pos veem como sua única forma de sair desta dor.
No Brasil, foram registrados
13.467 casos, a grande maioria (10.203) entre homens, segundo a entidade. O
suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo,
atrás apenas de acidentes de trânsito. E a cada 40 segundos uma pessoa se
suicida, sendo que 79% dos casos se concentram em países de baixa e média
renda.
O suicídio foi proibido pela
Igreja numa tentativa de impedir o automartírio por inúmeros cristãos, outro
fator que levava ao suicídio, principalmente pelos donatistas, é que após o
batismo nenhum cristão poderia pecar, pois por este pecado perderia sua
salvação, um erro gravíssimo sobre santificação concertada na Reforma. Assim
como não poderia ser re-batizado, estes cristão se suicidavam em penhascos, se
afogavam em rios caudalosos, se martirizavam se crucificando, etc., pois criam
que com o ‘batismo pelo sangue’ (era assim que eles chamavam es automatírio)
alcançavam seu perdão e assim sua salvação. Para inibir estas práticas a Igreja
decretou o suicídio em pecado, e a proibição de receber uma cerimônia cristã ao
suicida.
Existe um grande consenso social
sobre a inviolabilidade da vida. Isso é fundado em uma tradição filosófica e
religiosa ocidental, especificamente o pensamento de Aristóteles e Tomás de Aquino,
existem três argumentos éticos contra o suicídio: é uma ofensa do homem contra
si mesmo, contra a sociedade e contra Deus.
Para Aquino o suicídio é uma
ofensa à própria vida, porque as pessoas têm um natural tendência de
autopreservação, as pessoas querem viver naturalmente e se esforçam para
preservara vida delas. A razão humana ensina que a vida é um bem e a morte um
mal. Consequentemente, a autopreservação da vida pertence à lei natural.
Preservação da vida, portanto, é um bem ético, enquanto o suicídio é um mal.
Continuando em Aquino um segundo
argumento é que o suicídio é um crime contra a sociedade, sem a presença de
indivíduos que lutam pelo bem comum, nenhuma comunidade é possível de se
sustentar, se manter e preservar a humanidade. Pessoas que morrem por suicídio
causam danos à sociedade porque a sociedade não pode mais contar com sua
contribuição para o desenvolvimento desta, imagine se todos começasse a ter o
direito de suicidar, criaríamos um caos da sobrevivência desta humanidade.
Levando para o pensamento
religioso, Aquino entende que este suicídio também é uma ofensa contra Deus, crendo
que Deus é o Criador da vida. Por amor, Deus criou o ser humano à sua imagem e
semelhança. Quando as pessoas causam danos à vida ou tentam da fim ou acabar
com a sua própria vida, eles também ofendem o Criador. A vida é um presente de
Deus. No mesmo tempo Deus também é o Senhor da vida e Ele deseja que esta vida
seja cuidada, preservada, e devemos
lutar para sua sobrevivência.
Deus no seu quinto mandamento 'não
matarás’, também traduzido por ‘assassinar
'. 'Matar' apenas descreve o ato de acabar com a vida das pessoas,
principalmente por defesa própria, enquanto 'assassinato' acrescenta algo a esta
ação, a saber, que essa morte não tem justificativa. O caráter injustificado é
então determinado pela intenção ou os motivos, e pelas circunstâncias ou
contexto, neste caso o suicídio se encontra nesta esfera, por isto torna-se
pecado, e um tipo de pecado que não consegue perdão, pois a morte é
irreversível.
Cremos que o debate do suicídio
mudou na teologia atualmente, o suicídio reprovado pela ética cristã exige uma
nova postura, creem que o suicídio precisa ser interpretado no contexto pessoal,
do individuo. Nosso propósito sempre será pela vida, pela superação, pelo
triunfo e por aquilo que as Escrituras defende.
O ASSUNTO NÃO ESTÁ ESGOTADO BREVE
IREMOS AMPLIAR O TEMA.
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