segunda-feira, 15 de junho de 2020

ESCATOLOGIA UM ENSAIO

Escatologia é um termo que diz respeito aos fins últimos do homem, o objetivo do estudo de Escatologia Bíblica - a teologia sistematizada que trata da doutrina das últimas coisas, isto é, dos eventos por acontecer, segundo as Escrituras, como a morte, ressurreição e Segunda Vinda de Cristo, bem como o final dos tempos, o juízo final e o estado futuro.

Os eventos que estão acontecendo e ainda irão acontece são parte do eterno plano divino através dos séculos. Esse plano é revelado nas Escrituras através de muitas passagens, como, por exemplo: Efésios 3.11; Isaías 46.10; 2 Reis 19.25. Em Escatologia Bíblica estudamos parte desse plano, principalmente "... as coisas que em breve devem acontecer...” (Ap 1.1).

O Antigo Testamento olha para frente, dizendo: "Eis que os dias vêm..." Mas o Novo Testamento abre com uma dramática mudança de tempo. A hora "agora é". "O tempo é cumprido." "Este dia é esta escritura cumprida em seus ouvidos." Na plenitude do tempo, Cristo vem anunciar este ato decisivo e redentor de Deus e realizá-lo!

Vimos que a esperança do Antigo Testamento era fundamentalmente escatológica. O Novo Testamento em todos os lugares proclama que Jesus é o cumprimento dessa esperança. O evento de Cristo, portanto, é completamente escatológico. O reino de Deus e a vida da era vindoura são proclamados como fato presente na pessoa e obra de Jesus Cristo. A eternidade já entrou na história. Cristo é o novo Adão em quem a nova criação já se tornou uma realidade (2 Cor 5:

A menos que compreendamos a natureza escatológica do evento de Cristo, não podemos apreciar por que a mensagem do Novo Testamento foi um anúncio tão eletrizante. Jesus abriu o seu ministério com as palavras de prender: "O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo ..." (Marcos 1:14, 15). Jesus não precisou parar para definir suas palavras. Os judeus a quem ele falava sabiam o que ele queria dizer. "O Reino de Deus estava dentro do vocabulário de todo judeu. Era algo que eles entendiam e ansiavam desesperadamente." - John Bright, O Reino de Deus (Abingdon), pp.17,18. Jesus estava, portanto, dizendo: "Na minha pessoa e na obra, os eventos decisivos dos últimos dias chegaram". Não é de admirar que as esperanças dos discípulos tenham sido elevadas ao mais alto tom de excitação!

O que podemos dizer da pregação de Paulo? Escreve Ridderbos: "A vinda do reino como a vinda escatológica de Deus para o mundo é o grande princípio dinâmico da pregação de Paulo, embora a palavra 'reino dos céus' não ocupe um lugar central nela." Herman Ridderbos, Paul: Uma Introdução à Sua Teologia, p.48. Paulo declara: "... quando a plenitude do tempo chegou, Deus enviou Seu Filho ..." Gál. 4: 4 Aqui está um eco das palavras de Jesus registradas em Marcos 1: 14,15. "Nada menos é pretendido do que a vinda decisiva e esperada de Deus, a hora das horas, o dia da salvação no sentido satisfatório e escatológico da palavra.". O apóstolo proclama que o mistério que havia sido mantido em segredo por longas eras é agora revelado (Rm 16:25, 26; Cl 1:26; Ef 3: 4, 5; 2 Tim. 1: 9,10). No final da era de espera, a intervenção final de Deus, de acordo com Seu eterno conselho e propósito, ocorreu.

Então nós voltamos para o escritor de Hebreus e o ouvimos declarar: "Deus ... nestes últimos dias falou a nós pelo Seu Filho..." "... agora, uma vez no fim do mundo, Ele apareceu para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo". Hebr. 1: 1, 2; 9:26.

Pedro, a fim de mostrar o significado dos eventos no dia de Pentecostes, aproveita a profecia escatológica de Joel que diz: "(...) acontecerá nos últimos dias" (veja Atos 2:16). 17).

Existem numerosas expressões do Novo Testamento usadas para descrever o evento de Cristo - tais como glória, luz, justificação, efusão do Espírito, ressurreição, vida eterna, etc. - que são de caráter completamente escatológico.[1] O testemunho unificado dos escritores do Novo Testamento é que todas as promessas escatológicas do Antigo Testamento encontram seu cumprimento em Jesus Cristo (Atos 13:32, 33; 2 Coríntios 1:20). Nele, a esperança escatológica de Israel é realizada.

Isso não significa que todos os apóstolos expressem o poderoso ato de salvação de Deus em Jesus Cristo da mesma maneira. Há variedade e unidade no testemunho do Novo Testamento. Vimos que a esperança do Antigo Testamento foi expressa de várias maneiras. Assim é o cumprimento do Novo Testamento expresso de várias maneiras.

Sugerimos, no entanto, que o Novo Testamento usa quatro motivos principais do Antigo Testamento para interpretar o evento de Cristo.

(1) Os Sinóticos empregam o motivo do reino de Deus.

(2) Paulo interpreta o evento de Cristo como a justiça de Deus.

(3) O escritor para os hebreus usa o motivo Yom Kippur para dar seu testemunho característico da pessoa e obra de Cristo.

(4) João vê o evangelho como a vinda da vida eterna.

Sugere-se também que essas quatro caracterizações principais do evento de Cristo encontrem seu contexto não apenas no Antigo Testamento em geral, mas no livro de Daniel em particular.

I. Dúvidas e confusão em Escatologia

O fato de muitas pessoas não saberem distinguir os eventos bíblicos que ocorrerão no fim da presente era bíblica, iniciando com a Segunda Vinda de Jesus, resulta em muitas dúvidas, confusão e interpretações absurdas do texto bíblico. Algumas razões desse caos são:

a) Falta de afinidade do crente com o Espírito Santo. Daí falta de introspecção espiritual llC o 2.10,14). A Bíblia foi produzida pelo Espírito Santo, portanto não pensemos poder entendê-la só por sermos antigos na fé, por sermos cultos, por sermos jovens, por termos tais e tais cursos. O Espírito Santo é o intérprete real das Escrituras e conhece até mesmo as profundezas de Deus.

b) Falsa aplicação do texto bíblico nos seus variados aspectos. Falsa aplicação quanto a povos bíblicos; quanto a tempo; quanto a lugar; quanto aos sentidos do texto; quanto à mensagem do texto e quanto à procedência da mensagem do texto. Tudo isto em relação ao assunto que estamos estudando no momento. A aplicação correta da Palavra de Deus é: "... Maneja bem a palavra da verdade”, de que falou o apóstolo Paulo, em 2 Timóteo 2.15. E para manejá-la bem é necessário considerar os variados aspectos de aplicação mencionados. E dever de todo obreiro do Senhor, bem como de todo aquele que tem responsabilidade em Sua obra, manejar bem a Palavra da verdade. Tanto é réu o corruptor da sã doutrina quanto o omisso.

c) Conhecimento bíblico desordenado. Há crentes em nossas igrejas que são portadores de admirável conhecimento das Escrituras, mas que, infelizmente, por falta de estudo sistemático dos assuntos bíblicos, esse conhecimento fica vago, solto, sem sequência, desordenado, tipo catálogo de telefone, onde uma informação nada tem a ver com a outra. E conhecimento bíblico, sim, porém assimétrico, adquirido por meio da leitura da Bíblia e de outros livros; ouvindo aqui; conversando ali; mas sem organização e sem método. Isso muitas vezes ocorre por falta de cultura secular.

d) Conhecimento especulativo. Isto é, conhecimento que é apenas especulação do intelecto humano (1 Co 2.14). Especular é querer saber apenas por saber, sem intenção de glorificar a Deus, de consagrar a vida a Ele e muito menos de obedecer à Sua vontade. Há muita diferença entre “amar a Sua vinda” (2Tm 4.8) e especular sobre a Sua vinda.

e) Ação deletéria e vergonhosa de falsos ensinadores. Esta é outra causa de dúvidas, controvérsias e confusão em Escatologia Bíblica. E o pior é que os falsos ensinadores, distorcedores da verdade, têm livre acesso em muitas igrejas. Não há disciplina para eles. São praticamente intocáveis, especialmente se forem “pessoas importantes”. Todo crente pode sofrer disciplina, mas o falso ensinador, não. Eis o perigo!

II. O posicionamento da Escatologia no campo doutrinário

Para conhecer o posicionamento da Escatologia no campo da doutrina, é preciso que se dê pelo menos a classificação sumária das doutrinas da Bíblia. Há três classes gerais de doutrinas bíblicas, a saber:

a) Doutrinas da Salvação;

b) Doutrinas da Fé Cristã;

c) Doutrinas das Coisas Futuras. A Escatologia Bíblica situa-se aqui.

Seja qual for a classe de doutrinas, a Escatologia Bíblica requer sequioso e diligente estudo da revelação divina em atitude de oração, santo temor, receptividade, tudo isso aliado a um profundo amor à Palavra de Deus (Dt 6.6; SI 119.167).

III. As doutrinas escatológicas

Há pelo menos oito grandes doutrinas escatológicas, a seguir discriminadas:

a) A doutrina da morte e do estado intermediário. Estuda a morte como um agente; a morte como um ato; a morte como um estado.

b) A doutrina dos juízos:

1. O juízo dos pecados da humanidade Jo 12.31). Nesse juízo o homem é julgado como pecador. O resultado desse juízo foi morte para Cristo, como nosso substituto, e justificação para o pecador que nEle crê. Em Cristo nossos pecados foram julgados (2Co 5.21).

2. O juízo do crente pelo próprio crente (ICo 11.31,32). Nesse juízo o homem é julgado como filho de Deus. O resultado desse autojulgamento é sua isenção de castigo da parte do Senhor para o crente.

3. O juízo das obras do crente (2Co 5.10). Nesse juízo o homem é julgado como servo de Deus. Os pecados do crente foram julgados na cruz. Neste juízo são julgadas as obras feitas para Deus e o resultado é a recompensa ou perda da recompensa para o crente.

4. O juízo de Deus durante a Grande Tribulacão (Dn 12.1). Israel rejeitou Deus Pai (ISm 8.7); rejeitou Deus Filho (Lc 23.18); e rejeitou Deus-Espírito Santo (At 7.51). Por essa razão, Israel será julgado em meio à Grande Tribulação. O resultado desse juízo será o remanescente de Israel se voltar para Deus, aceitando Jesus como Messias, por ocasião da Sua vinda (Rm 9.27).

5. O juízo das nações viventes (Mt 25.31-46). O resultado deste juízo é que nações serão poupadas e nações serão aniquiladas.

6. O juízo do Diabo e seus anios (Ap 20.10; 2 Pe 2.4). O resultado deste juízo é para eles o estado eterno no inferno.

7. O juízo dos ímpios falecidos (Ap 20.11 -15). É também chamado Juízo Final e Juízo do Grande Trono Branco. O resultado deste juízo é a ida dos ímpios para o Lago de Fogo e Enxofre, para sempre e eternamente.

c) A doutrina da Ressurreição. Há duas ressurreições, a dos justos e a dos injustos, com um intervalo de mil anos entre elas Jo 5.28,29; Dn 12.2; Ap 20.5).

d) A doutrina da Vinda de Jesus. Pela sua natureza, esta é a principal doutrina escatológica. Abrange o arrebatamento da Igreja, o juízo da Igreja, as Bodas do Cordeiro, a ceia das Bodas do Cordeiro, a Grande Tribulação, a volta de Jesus em Glória e o julgamento das nações.

e) A doutrina do Milênio. O Milênio é o esplendoroso reinado de Cristo, implantado com justiça na terra por mil anos.

f) A doutrina da revolta de Satanás. Isto ocorrerá após o Milênio. Esta doutrina contém muitos ensinos abonados por referências através das Escrituras.

g) A doutrina do eterno e perfeito estado. Os capítulos 21 e 22 do livro de Apocalipse descrevem as glórias desse perfeito estado eterno.

h) A doutrina das Dispensações e Alianças da Bíblia. No ciclo da história humana a Bíblia trata de sete dispensações e oito alianças entre Deus e os homens. Na doutrina das dispensações e alianças é justo incluir o estudo das eras bíblicas, dos tempos bíblicos e dos dias bíblicos.

 ESTADO INTERMEDIÁRIO DOS MORTOS

O "estado intermediário" é o tempo entre a morte e a ressurreição. Alguns afirmaram que, durante esse tempo, estamos inconscientes ou possivelmente até mesmo desapareceremos. Nós não pensamos que isso é bíblico.

A evidência bíblica é que nossa alma continua após a morte e que permanecemos conscientes no estado intermediário enquanto aguardamos nosso destino final da existência ressuscitada nos novos céus e nova terra.

Primeiro, Paulo falou de ter o desejo de "partir e estar com Cristo, pois isso é muitíssimo melhor" (Filipenses 1:23). Observe antes de tudo que Paulo fala da morte como uma partida (do corpo) não para um nada temporário ou inconsciência, mas para estar com Cristo. Se estamos com Cristo uma vez que morremos, continuamos a existir. Segundo, observe que Paulo fala desse estado como "muito melhor" do que o estado presente. Seria difícil dizer tal coisa de um estado de completa inconsciência. Particularmente, quando consideramos que a paixão de Paulo era conhecer a Cristo, parece que a razão pela qual o estado além da morte é melhor do que a presente vida é porque estamos com Cristo e o conhecemos. Se fôssemos subitamente inconscientes na morte até a ressurreição, não seria melhor permanecer nesta vida, porque pelo menos teríamos comunhão consciente com Cristo?

Em segundo lugar, Paulo também disse que "enquanto estamos em casa no corpo estamos ausentes do Senhor" e que, portanto, ele "prefere antes estar ausente do corpo e estar em casa com o Senhor" (2 Coríntios 5: 6-8). Primeiro, é significativo que ele fale da possibilidade de estar ausente do corpo. Isso implica que de fato temos almas que continuam existindo depois que o corpo morre. Segundo, note novamente que ele fala desse estado como sua preferência, que indica (como em Filipenses 1:23) que nós não apenas continuamos a existir entre a morte e a ressurreição, mas que estamos cientes de nossa existência.

Terceiro, mesmo que o ladrão na cruz tenha sido usado para provar sobre cada ponto da teologia cristã, seu caso ainda é relevante aqui: "E Ele disse a ele: 'Em verdade eu te digo, hoje estarás comigo no Paraíso '"(Lucas 23:43) A Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová pontua as palavras de Jesus como "Em verdade vos digo hoje, estarás comigo no paraíso", dando a impressão de que "hoje" se refere simplesmente ao tempo da declaração de Jesus. Mas o contexto exige que o "hoje" se refira a quando o ladrão na cruz estaria com Jesus no paraíso, porque Jesus está respondendo ao seu pedido no versículo anterior: "Jesus, lembra de mim quando você vier ao seu reino!" A resposta, " você estará comigo no paraíso "neste contexto, só pode ser tomado como significando:" Não apenas me lembrarei de você quando eu vier em meu reino, mas já hoje você estará comigo no céu. "

Antes da ressurreição de Cristo

Para compreender os ensinos bíblicos sobre o lugar para onde vão os mortos é necessário observar o texto original em hebraico do AT, e o original grego do NT. A palavra SHEOL, no AT, equivale em sentido de HADES, no NT. Diferem na forma porque a primeira é hebraica e a segunda é grega. Ambas designam o lugar para onde, nos tempos do AT, iam todos após a morte: justos e injustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos, uma divisão para os justos e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível. Todos estavam ali plenamente conscientes. O lugar dos justos era de felicidade, prazer e segurança. Era chamado “Seio de Abraão” e “Paraíso”. Já o lugar dos ímpios era (e é) medonho, cheio de dores, sofrimentos, estando todos lá, plenamente conscientes.

No NT há três palavras diferentes, no grego, que são traduzidas pela palavra INFERNO em português. O Inferno, segundo Lucas 16.22,23, por exemplo, é tradução da palavra grega HADES. Por outro lado, o Inferno, segundo Mateus 23.33 é tradução do grego GEENA, enquanto que o Inferno conforme 2 Pedro 2.4, é tradução de TÁRTARO. Em cada versículo, o significado varia no original quanto ao lugar ocupado pelos espíritos dos mortos.

Depois da ressurreição de Jesus

Antes de morrer por nós, Jesus prometeu que as portas do Inferno não prevalecerão contra a Igreja (Mt 16.18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir dos dias de Jesus, não mais descerão ao Hades, isto é, à divisão reservada ali para os justos. O texto em apreço indica futuridade em relação à ocasião em que foi proferido por Jesus. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do Senhor, pois Ele disse ao ladrão arrependido: "... hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23.43). Sobre o assunto, diz o apóstolo Paulo: “.... Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro, e concedeu dons aos homens. Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até às regiões inferiores da terra?” (Ef 4.8,9).

Entende-se, pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o Céu os crentes do AT que estavam no “seio de Abraão”. Jesus ressuscitou muitos desses crentes por ocasião da Sua morte, certamente para que se cumprisse o tipo prefigurado na Festa das Primícias (Lv 23.9-11), que profeticamente falava da ressurreição de Cristo (ICo 15.20,23). Nessa festa profética havia pluralidade (o texto bíblico fala de “molho” ou “feixe”). Logo, no seu cumprimento deveria haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mateus 27.52,53. A obra redentora de Jesus no Calvário alcançou não só os vivos, mas também os mortos que dormiam no Senhor.

O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está no terceiro Céu (2Co 12.1-4). Portanto, o Paraíso está agora lá em cima, na imediata presença de Deus. Não embaixo, como dantes. A mesma coisa vê-se em Apocalipse 6.9,10, onde as almas dos mártires da Grande Tribulação permanecem no Céu, “debaixo do altar”, aguardando o fim desse período para ressuscitarem (Ap 20.4) e ingressarem no reino milenar de Cristo.

Os crentes que agora dormem no Senhor estão no Céu, pois o Paraíso está lá agora, como um dos resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo (2Co 5.8). No momento do arrebatamento da Igreja, seus espíritos virão com Jesus, unir-se-ão a seus corpos ressurretos e subirão com Cristo, já glorificados.

As Formas De Escatologia

A escatologia histórica aparece em uma das três formas distintas - messianismo, milenialismo ou apocalipticismo. As esperanças messiânicas são dirigidas a uma única figura redentora que, acredita-se, levará o povo de Deus, agora sofrendo e oprimido, a um futuro histórico melhor. O messianismo às vezes promove visões da vingança e a justiça que recai sobre líderes políticos e religiosos tirânicos. Nesses casos, as expectativas históricas locais moldam a crença no cumprimento da história antes de seu fim. O apocalipticismo, por outro lado, promete uma intervenção súbita e cataclísmica de Deus ao lado de uma minoria fiel. De acordo com essa visão, "este mundo", incapaz de suportar a "justiça de Deus", será destruído e substituído por um novo mundo fundado na justiça de Deus. A esperança milenarista, ou chilática, é dirigida ao reino terreno de 1.000 anos de paz, companheirismo e prosperidade sobre os quais Cristo e seus santos reinarão após a destruição das forças do mal e antes do final da história.

Messianismo

O termo messias, ou mashiah (hebraico: "ungido"), tem sido aplicado a uma variedade de "redentores", e muitos movimentos com um escatológico ou A mensagem revolucionária utópica foi denominada messiânica. Embora os movimentos messiânicos tenham ocorrido em todo o mundo, eles parecem ser especialmente característicos das tradições judaica e cristã. Portanto, muitos dos termos usados ​​para descrever os fenômenos messiânicos são derivados da Bíblia e das crenças judaico-cristãs - profética, milenarista e movimentos chilástica. Além disso, o estudo científico das crenças e movimentos messiânicos - originários da tradição teológica e acadêmica ocidental - inicialmente se referia a fenômenos ocorridos principalmente na história cristã ou em culturas expostas às influências coloniais e missionárias ocidentais. Como as origens ocidentais dos termos e conceitos messiânicos dão às discussões do messianismo uma inclinação judaico-cristã quase inevitável, os sociólogos e antropólogos preferem uma terminologia mais neutra - movimentos nativistas, de renovação ou de revitalização e cultos de crise. Muitos desses termos, no entanto, deixam de transmitir as características essenciais dos fenômenos. Assim, a erudição recente preferiu o termo milenar (usado pelos teólogos da Igreja) para descrever os movimentos de redenção coletiva.

Apocalipticismo

O apocalipticismo refere-se a visões e movimentos escatológicos ocidentais que focalizam revelações enigmáticas sobre uma intervenção súbita, dramática e cataclísmica de Deus na história, o julgamento de todos os homens e o governo dos eleitos com Deus em um céu e terra renovados. O trabalho arquetípico apocalíptico na tradição judaico-cristã, O Livro de Daniel, é o único livro apocalíptico a ser admitido no cânon da Bíblia hebraica, assim como o Apocalipse de João é o único apocalipse incluído no cânon da Bíblia Novo Testamento. Existem muitos trabalhos apocalípticos não-canônicos de autores judaicos e cristãos, incluindo os três livros de Enoque, o segundo livro de Esdras, a ascensão de Isaías e o Apocalipse de Pedro. No entanto, todas as obras apocalípticas escritas durante a primeira eflorescência do milenarismo, incluindo a Revelação a João, deve muito de sua forma e estilo a Daniel.

Milenarismo

O milenarismo (da palavra latina para “1.000 anos”) é o ramo da escatologia relacionado com as perspectivas terrenas da comunidade humana, em vez das perspectivas mundanas e eternas do indivíduo. O milenarismo se concentra na salvação coletiva e pública e afirma que a humanidade suportará os grandes cataclismos do fim do tempo antes de cumprir o antigo sonho de habitar em um paraíso terrestre. O termo é derivado de uma passagem no Apocalipse de João (Apocalipse 20), que descreve uma visão de Satanás amarrado e jogado em um poço sem fundo e de mártires cristãos ressuscitados dos mortos para reinar com Cristo por um período de 1.000 anos, o milênio.

O milenialismo teve amplo apelo ao longo da história. O original Tratados milenares judaicos e cristãos da Era Helenística (300 AC a c. 300 DC), particularmente os livros de Daniel e Apocalipse, forneceram os blocos de construção a partir dos quais as sucessivas estruturas milenares foram erguidas (como haviam feito para o apocalipticismo). Em constante repetição, os motivos, personagens principais, símbolos e cronologias desses trabalhos surgiram no ensino de algum profeta do fim do mundo, cada vez assumindo um novo significado a partir de associações com eventos contemporâneos. Jesus, de acordo com alguns estudiosos, foi um milenarista que anunciou a iminente chegada do terrestre reino de Deus. O milenialismo também permanece ativo em vários grupos protestantes modernos, incluindo os adventistas, as Testemunhas de Jeová e certas denominações cristãs evangélicas e fundamentalistas. Antropólogos, historiadores e sociólogos também encontraram correntes milenistas em culturas não-ocidentais.

Terminologia Escatológica

A linguagem escatológica normalmente usa dois elementos de estilo em conjunto: a negação do negativo e do analogia do futuro. Declarações objetivas sobre o futuro só são possíveis na forma da negação do negativo. Apocalipse 21: 4 fornece um exemplo desse estilo: “E não haverá mais morte, nem luto, nem choro, nem dor”. Assim, os aspectos positivos do futuro escatológico são circunscritos pelos aspectos negativos do presente. Se o futuro deve estar significativamente relacionado a essa vida, a existência corpórea também deve ser capaz de prenunciar a vida futura. As imagens e linguagem escatológicas, portanto, usam declarações da vida cotidiana (como "o Reino de Deus é como ..." analogias no Novo Testamento) e de eventos na história que prenunciam ou descrevem o futuro.

O uso da negação e da analogia coloca um problema para a linguagem escatológica que leva ao dualismo e ao misticismo ou a uma crença unilateral no progresso. Em ambos os casos, o novum da escatologia se torna inexprimível. Para interpretar as tradições escatológicas, é preciso discernir o resultado da história dos sinais negativos e positivos do futuro na história. A escatologia entende a história como uma crise crescente: o bem provoca o mal e o perigo crescente torna necessária a ação de redenção. A escatologia autêntica não é pessimismo negador do mundo nem fé desenfreada no progresso; antes, pode ser visto como antecipação da liberdade no meio da escravidão e da salvação no meio da alienação sem direção.

Igreja Primitiva

A igreja primitiva ensinou o que parece ser as doutrinas iniciais da escatologia pré-milenista. Os apóstolos esperavam o retorno iminente de Cristo (Atos 1). A igreja primitiva esperava um tempo de grande provação e tribulação, seguido pelo retorno de Cristo. Do judaísmo helenístico de Antioquia, Síria e Éfeso surgiu um proeminente grupo que ensinou os sete dias da criação iguais a sete idades milenares na história da Terra, que reflete em 2 Pedro 3: 8Abrir no Software da Bíblia Logos (se disponível). Eles também acreditavam que a encarnação de Cristo ocorreu no sexto milênio, e o sétimo milênio se abrigaria no retorno de Cristo.

Ensinamentos pré-milenistas são refletidos nos escritos dos pais da igreja primitiva. Papias, um pai da igreja do início do século II, escreveu sobre um governo literal de mil anos de Cristo na Terra após a ressurreição dos mortos. Ele citou passagens de Isaías para descrever o governo milenar de Cristo.

Justino Mártir, outro pai da igreja do segundo século, realizou ensinamentos consistentes com a teologia pré-milenista. Ele não fez da escatologia um elemento essencial da fé. Iraneus (130-200 dC) manteve ideias pré-milenares de seus antecessores e acrescentou a regra de três anos e meio do Anticristo. Isto seria seguido pelo retorno de Cristo que então envia o Anticristo para o Lago de Fogo e governa por mil anos. Depois do governo milenar de Cristo, o julgamento final ocorreria, seguido pelo estado eterno.

O pai da igreja do século III, Cipriano (200-258 dC), ensinou que um período de tribulação precederá o retorno de Cristo. Sua crença em um retorno iminente de Cristo estava presente em seus escritos.

Igreja Pós-Constantino (325 - 596 AD)

Um dos eventos mais significativos na história da igreja é a conversão do imperador romano Constantino, que ocorreu em 325 dC. Após a sua conversão ao cristianismo, a perseguição aos cristãos chegou ao fim e o cristianismo se tornou a religião oficial do Império. Em vez de enfrentar um período de tribulação, a Igreja tornou-se dominante no Império. A Igreja não parecia necessitar de um futuro livramento e vindicação, mas floresceria e se espalharia pelo mundo. A supremacia do pré-milenismo terminou com os ensinamentos de Santo Agostinho (354-430 dC). Ele rejeitou o pré-milenismo por causa de sua ênfase no prazer dos prazeres físicos na terra. Ele achava que apenas o carnal abraçaria tal teologia. Ele é creditado pelos historiadores como aquele que introduziu a interpretação alegórica à literatura profética. Como a era da igreja atual. Satanás estava sendo impedido por Deus no abismo de libertar toda a sua força do mal. A Igreja abraçou sua interpretação e, pelo Concílio de Éfeso, em 431 dC, ensinar sobre um reino literalmente milenar foi condenado como superstição.

Igreja Medieval (596-1517 dC)

O cristianismo nessa época se espalhou pelo antigo Império Romano e a igreja desfrutou de um papel influente na sociedade. Os ensinamentos pós-mileniais começam a ganhar popularidade e o reino milenar em Apocalipse 20foi interpretado como sendo a Igreja de Cristo na terra. A situação parecia apoiar a noção de que a Igreja seria triunfante e inauguraria uma era de ouro antes do retorno de Cristo. Para que isso finalmente acontecesse, a Igreja precisava se reformar e se purificar para que se tornasse o reino santo e justo na terra. Esta reforma viria, mas somente através da tribulação. O anticristo simbolizava aqueles que se opunham à reforma. Alguns viram reforma chegando na pessoa conhecida como o papa angélico. Sua vinda seria oposta pelo Anticristo.

Reforma (1517-1648)

Durante a Reforma, a Igreja continuou seus ensinamentos medievais no milênio com uma exceção. Reformadores como John Wycliffe e mais tarde Martin Luther começaram a identificar o anticristo com o papado. Os reformadores eram principalmente pós-milenistas em seus pontos de vista, mas viram a corrupção no papado impedindo a igreja de triunfar sobre o mundo. Os reformadores viam o milênio começando com os pais patrísticos e concluindo com o triunfo do papado purificado.

Igreja na Inglaterra

A Igreja da Inglaterra rompeu com a Igreja Católica em 1534 sob Henrique VIII. A Igreja da Inglaterra identificou a Igreja Católica como o anticristo. Acreditava-se que o Milênio era a era da igreja, época em que a igreja purificada daria início a uma era de ouro do cristianismo. Isso permanece consistente com o ensino pós-milenista. Os ensinamentos pré-milenares continuaram e cresceram principalmente entre os grupos que se separaram da Igreja da Inglaterra.

Igreja americana

As colônias da Nova Inglaterra ensinaram principalmente a teologia pós-milenista devido à influência puritana. Muitos acreditavam que a nova nação estabeleceria uma igreja reformada e purificada que influenciaria a igreja mundial. O Grande Despertar foi uma indicação da vinda de Cristo. Jonathan Edwards, um dos poderosos pregadores do Grande Despertar, é considerado por muitos como o pai do pós-milenismo americano. A febre pós-milenar cresceu quando a Guerra Civil acabou com o mal da escravidão e a Igreja parecia estar avançando no estabelecimento de leis justas e justas para a jovem nação. Esta nova nação seria a cidade na colina que influenciaria o mundo. As esperanças pós-milenistas chegaram ao fim com a Primeira Guerra Mundial e a II Guerra Mundial. Essas guerras despertaram muitos para a percepção de que o mundo estava se degradando e se tornando mais frio para a mensagem de Deus. O reinado do pós-milenismo como a teologia dominante terminou e o amilenismo e o pré-milenismo emergiram à frente. Com a influência das ideias modernas, o liberalismo varreu o país. Em resposta ao liberalismo, surgiu o movimento evangélico que trouxe um retorno ao ensino e autoridade bíblica. Entre os evangélicos na América, o pré-milenismo tornou-se a visão dominante. Entre os evangélicos, dispensacionalismo, um ramo do pré-milenismo evoluiu. Os dispensacionalistas ensinaram uma interpretação literal da Bíblia, incluindo o livro do Apocalipse e as profecias de Daniel. Essa teologia fez uma distinção entre a Igreja e Israel e reintroduziu Israel como central para a profecia. O ensino dispensacional dominou os conservadores. Eventualmente, escolas como o Moody Bible Institute e o Dallas Theological Seminary foram fundadas para substituir os seminários que se tornaram liberais. Essas escolas foram tremendamente bem-sucedidas no treinamento de líderes, na distribuição de publicações e no incentivo ao evangelismo. O dispensacionalismo ganhou ainda mais popularidade com o retorno de Israel à terra em 1948, a ascensão do Oriente Médio e o Mercado Comum Europeu.

Escatologia Básica - Escolas Proféticas de Interpretação

Três grandes escolas de interpretação profética são (1) Amilennial, (2) Pós-milenarista, e (3) Pré-Milenar. Dentro de cada escola de pensamento existem diferenças de opinião. Por essa razão, é difícil, se não impossível, representar cada posição doutrinária para a satisfação de todos.

AMILENISMO

Amilenismo é a crença de que haverá não ser um reinado 1.000 anos de Cristo sobre a terra. Aqueles que sustentam essa visão interpretam Apocalipse 20: 2-7 simbolicamente. Eles insistem que, fora desta passagem em Apocalipse, não há nenhuma base bíblica para um reinado milenar de Cristo. Primeiro eles negam o ensino do milênio, e então explicam isso.

Os primeiros amilenistas eram conhecidos como amilenistas agostinianos. Agostinho (354-430) foi o líder cristão mais influente do seu tempo. Ele escreveu um livro, A Cidade de Deus, que expressava sua crença milenar. Agostinho ensinou que o milênio seria cumprido espiritualmente na igreja cristã na terra. Ele também previu que os 1.000 anos terminariam na segunda vinda de Cristo em meados do século VII. Obviamente, essa previsão não aconteceu.

Por volta do final do século XIX, o amilenismo tinha um novo líder em BB Warfield, professor de teologia sistemática no Seminário Teológico de Princeton. Ele ensinou que o reino milenar era o reinado de Cristo sobre a igreja no céu. Ao contrário de Agostinho, ele não estabeleceu datas.

O amilenismo foi a doutrina aceita da igreja cristã desde Agostinho até que foi desafiada pelo pós-milenismo de Daniel Whitby (1638-1726). Martinho Lutero, João Calvino e outros líderes cristãos da Reforma eram amilenistas. Ainda hoje o amilenismo está vivo e bem em algumas igrejas cristãs, especialmente as da fé reformada.

Os amilenistas têm uma visão profética simples do futuro. Cristo retornará no fim do mundo. Todos os mortos serão ressuscitados e todos serão julgados. Haverá uma ressurreição geral e julgamento. Aqueles que são salvos irão para o céu. Aqueles que estão perdidos irão para o inferno.

Os amilenistas não fazem distinção entre o arrebatamento da igreja no ar e o retorno de Cristo. Os teólogos reformados não têm quase nada a dizer sobre a grande tribulação.

Existe uma base bíblica para sua crença? Eles apresentam as seguintes Escrituras para provar que a segunda vinda será simultânea com a ressurreição dos mortos. Veja Daniel 12: 2; João 5:28, 29; 6:40, 44; 11:24; 1 Coríntios 15:23; 1 Tessalonicenses 4:16; Apocalipse 20: 11-15.

Eles também acreditam em um julgamento geral na vinda de Cristo e oferecem os seguintes versículos para apoiar sua visão. Veja Mateus 7:21, 23; 13: 30-43; 16:27; 25: 31-46; Atos 17:31; Romanos 2: 5 e 16; 14:10; 1 Coríntios 3: 12-15; 4: 5; 2 Coríntios 5: 9-11; 2 Tessalonicenses 1: 6-10; Judas 15; Apocalipse 1: 7; 20:11; 21: 1

PÓS-MILENARISMO

O pós-milenismo ensinou que Jesus Cristo retornaria no final dos mil anos. Através de um alcance missionário mundial, o reino de Deus seria estabelecido sobre a terra ... e então o Senhor retornaria.

O pós-milenismo entrou em cena já no século XII e era especialmente popular na Holanda. No entanto, o pós-milenismo como um sistema é geralmente atribuído a Daniel Whitby. Seus pontos de vista de uma era de ouro para a igreja era algo que a maioria das pessoas queria ouvir. Seu verso bíblico favorito era Mateus 24:14: "E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo como uma testemunha para todas as nações, e então o fim virá."

O otimismo prevaleceu e o pós-milenismo tornou-se popular em muitas igrejas. Deu origem a muitas sociedades missionárias. Até hoje nós inconscientemente cantamos alguns hinos missionários pós-milenistas. O hino mais óbvio é que temos uma história para contar às nações.

Hoje o pós-milenismo está morto! Duas guerras mundiais colocaram essa escola de interpretação profética para descansar.

PRÉ-MILENARISMO

Os pré-milenistas acreditam que o Senhor Jesus Cristo retornará e reinará na Terra por 1.000 anos. Eles afirmam que a igreja primitiva era pré-milenista em sua crença. Até alguns amilenistas concordam, mas nem todos.

De acordo com Philip Schaff em sua História da Igreja Cristã, ele concorda que a igreja cristã primitiva era pré-milenista, mas acreditava que o reino milenar de Cristo ocorreria "antes da ressurreição geral e do julgamento". Justino Mártir, um dos primeiros líderes da igreja, escreveu que "aqueles que acreditaram em nosso Cristo passariam mil anos em Jerusalém, e daí em diante ... a eterna ressurreição e julgamento de todos os homens ocorreriam da mesma forma".

O maior impulso ao pré-milenismo veio da Scofield Reference Bible, publicada pela primeira vez em 1909. CI Scofield fundou a Philadelphia School of the Bible, e a doutrina do retorno pré-milenar de Cristo se espalhou através de um crescente movimento de conferências bíblicas, movimento do Instituto Bíblico e muitos outros. periódicos dedicados ao estudo da Bíblia. O pré-milenismo está esmagadoramente associado ao movimento teológico conservador nos Estados Unidos hoje.

Os pré-milenistas citam as seguintes Escrituras para apoiar sua crença no reino milenar de Cristo. Veja Isaías 2: 1-4; 11: 4-10; Jeremias 23: 5, 6; Daniel 2:44; Miquéias 4: 3, 4; Zacarias 9:10; Mateus 19:28; Apocalipse 20: 1-6.

Mesmo que o pré-milenismo na igreja primitiva possa ter acreditado em uma ressurreição geral e julgamento que o ensino mudou ao longo dos anos.

A maioria dos pré-milenistas acredita hoje em quatro fases do programa de ressurreição de Deus.

A ressurreição de Cristo.  1 Coríntios 15:23.

A ressurreição dos santos da era da igreja no arrebatamento.  1 Tessalonicenses 4:16.

A ressurreição dos santos da tribulação, juntamente com a ressurreição dos santos do Antigo Testamento no retorno de Cristo à terra.  Isaías 26:19; Daniel 12: 2; Apocalipse 20: 3-6.

A ressurreição final dos mortos não salvos no final do milênio.  Apocalipse 20: 5, 11-14.

As três primeiras ressurreições listadas acima são todas consideradas parte da "primeira ressurreição".   Apocalipse 20: 5 e 6.

Os pré-milenistas também ensinam que três julgamentos devem ocorrer no futuro.

O tribunal de Cristo, onde o julgamento aqui não é do incrédulo, mas do crente.  1 Coríntios 4: 5; 2 Coríntios 5:10; Colossenses 3: 4.   Para o cristão não há condenação.  Romanos 8: 1.   Contudo, Deus responsabilizará cada crente por suas obras.  1 Coríntios 3: 10-15.

O julgamento das nações gentias, que sobrevivem à grande tribulação, no retorno de Cristo à terra.  Mateus 25: 31-46.

O grande julgamento do trono branco, onde os incrédulos mortos de todas as idades serão julgados após o reinado de mil anos de Cristo.  Apocalipse 20: 11-15.

Como mencionado anteriormente, os amilenistas e pós-milenistas não acreditam no arrebatamento da igreja e são um tanto silenciosos quanto à grande tribulação. No entanto, os pré-milenistas acreditam tanto no arrebatamento quanto na tribulação, mas são divididos em três grupos.

Arrebatamento pré-tribulação. Os pré-tribulacionistas acreditam que Jesus virá ao ar por Sua Igreja antes do período da tribulação. A natureza da tribulação é de ira e juízo. Veja Apocalipse 11:18; 14: 7, 8; 15: 1, 4, 7, 19; 17: 1; 18:10; 19: 2 Uma base bíblica para essa crença é encontrada em 1 Tessalonicenses 5: 9 e Apocalipse 3:10.

Arrebatamento Midtribulacionismo. Aqueles que aderem ao arrebatamento midtribulacionismo acreditam que a igreja será arrebatada no final dos primeiros três anos e meio da 70ª semana de Daniel 9. Eles ensinam que a sétima trombeta de Apocalipse 11:15, e a última trombeta de 1 Coríntios 15:52 e a trombeta de Deus em 1 Tessalonicenses 4:16 são idênticas. Essa visão coloca o arrebatamento da igreja no meio do período da tribulação.

Arrebatamento pós-tribulação. Os pós-tribulacionistas acreditam que a igreja passará pela grande tribulação. Quando Cristo voltar, eles serão arrebatados no ar para encontrá-Lo e depois retornarão à Terra com Ele para reinar por 1.000 anos. Eles ligam a ressurreição de 1 Tessalonicenses 4:16 com a primeira ressurreição de Apocalipse 20: 5, 6.

 

CONCLUSÃO: O estudo da escatologia é o estudo da esperança da igreja, aguardado a vinda do Senhor e o desdobramento histórico eu Ele controlará.



[1] Veja Alan Richardson, Uma Introdução à Teologia do Novo Testamento , pp.62-83; George Eldon Ladd, art. "Unidade e Variedade na Fé do Novo Testamento", Christianity Today, 19 de novembro de 1965.


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